“Ora, como recebestes
Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e
confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.”
(Colossenses 2.6-7)
Não é necessário realizar uma pesquisa mais aprofundada
para constatar que muitas pessoas, autodenominadas cristãs, não levam a sério o
seu relacionamento com o Cristo que professam. Na realidade, é muito possível
que a maioria não tenha ultrapassado o ato de “aceitar” Jesus com simples
palavras, no momento da sua “conversão”. Mas nós sabemos que só isso não basta,
não é suficiente para produzir os frutos que demonstram a experiência íntima de
um relacionamento pessoal com Deus, em Cristo Jesus.
Nesses casos, o problema começa já no início da pretensa caminhada.
O termo “aceitar” Jesus, como utilizado por muitas igrejas, não é o que melhor
define o ato da conversão à doutrina cristã. A palavra “receber”, utilizada por
Paulo no versículo em evidência, procede da palavra grega παραλαμβάνω (transliterado como paralambano), que significa: “tomar a, levar
consigo, associá-lo consigo”. Portanto, todo aquele que é alcançado por Jesus,
muito mais do que apenas “aceitar”, deve estar bem consciente da sua nova condição
de submissão a Cristo.
O apóstolo Paulo já havia tido uma grande decepção
anteriormente, ao perceber como algumas pessoas “convertidas” passavam a viver
um evangelho diferente daquele ensinado por Jesus. Na sua mente ainda pairava a
lembrança dos Gálatas, que haviam se afastado da graça, passando rapidamente “para
outro evangelho” (Gálatas 1:6). Assim, ele exorta os irmãos de Colossos,
após receberem a Cristo Jesus como o Senhor,
para que vivessem como tal.
Infelizmente a nossa realidade atual não é diferente
daquele tempo. Para muitos, ainda hoje, a conversão não passa de um ato da
vontade pessoal, do simples levantar de mãos. Mais do que nunca, precisamos da
exortação de Paulo em nossa igreja. Suas palavras nos desafiam a viver uma vida
com Jesus, enraizada nele, construída nele. Para crescer na graça de Deus, em
Cristo Jesus, é preciso muito MAIS DO QUE UM SIMPLES GESTO.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO