“Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos
galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos
realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais
pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não
eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente
perecereis.
(Lucas 13.1-4)
O termo “oportunidade” está
relacionado à expressão ob portus, que
quer dizer “para o porto”, originalmente um termo utilizado no âmbito da
navegação, significando a possibilidade de uma embarcação chegar a determinado
porto. Na vida alguns acontecimentos têm potencial para melhorar o estado das
coisas, bastando apenas que esses momentos sejam identificados como tal e,
assim, aproveitados adequadamente.
O texto em questão mostra algumas
pessoas expondo a Jesus uma das tragédias que haviam acontecido recentemente. Coisas
horríveis tinham sucedido aos galileus. Primeiramente, o governador romano Pilatos
havia matado alguns e misturado o sangue deles ao de seus sacrifícios. Depois,
uma torre cai e mata dezoito de uma única vez. Será que a causa desses males foi
por merecimento de suas vítimas?
A resposta de Jesus é um enfático
“Não”!
Aqueles galileus não haviam sido selecionados para uma punição especial. Eles
não eram mais culpados do que quaisquer outros, como inclusive nós nos dias de
hoje. Os eventos sucedidos, segundo o Mestre, deviam ser entendidos como um
aviso de que todos iremos morrer um dia. A questão, assim, se resume a como aproveitamos
as boas oportunidades oferecidas por Deus ao longo dessa vida.
Ao contar a seguir a parábola da
figueira estéril – vv. 6-9 de Lucas 13 – Jesus ilustra bem essa situação. Uma figueira
havia sido plantada em um lugar especial, no meio da vinha. Apesar de sua
situação privilegiada, não produzia os frutos esperados. Pela misericórdia do
seu dono, mais um tempo lhe foi dado antes de ser cortada. Se depois disso não
reagisse, seria removida para dar lugar a outra que não desprezasse A
OPORTUNIDADE DE VIDA.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO