segunda-feira, 16 de setembro de 2013

LUTAR COM A ARMA DA VITÓRIA

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?”
(João 18.10-11)

Todos nós temos problemas na vida, quer seja em maior ou menor escala, e isso não é novidade para ninguém. Mas o ponto focal, que difere a situação em cada caso, está na maneira como tentamos administrar as questões e, principalmente, que instrumento é utilizado por cada um na busca de soluções.

O texto de hoje descreve uma situação bíblica bastante delicada: Jesus está prestes a ser preso injustamente, como um malfeitor, na frente dos seus discípulos; Pedro toma a iniciativa da sua defesa, empunha uma espada e fere o servo do sumo sacerdote. É muito comum que as pessoas ajam exatamente assim também nos dias de hoje, e podemos tirar algumas lições dessa passagem.

Primeiro, percebendo que existem aqueles que agem sem pensar nas consequências. Pedro, desconsiderando tudo o que poderia acontecer depois, decepa a orelha de um mensageiro comissionado, e com toda autoridade, para efetuar a prisão de Jesus. A própria citação do seu nome – Malco – sugere que ele era uma pessoa importante, o que agravava ainda mais a situação.

As intenções de Pedro em defender Jesus eram nobres, mas ele agiu por conta própria, sem consultar o Senhor. Assim, vemos que não basta ter boas intenções, é preciso fazer as coisas de modo sensato e corretamente. Agir no calor das emoções geralmente não traz bons resultados.

Segundo, entendendo que, para alguém que age assim, só resta a misericórdia de Deus. Da passagem vemos que, rapidamente, Jesus concerta a besteira que Pedro fez: ele toma a orelha do servo, a recoloca no lugar, e o milagre acontece. Se você hoje está sofrendo por conta de algum ato impensado, peça ao Senhor que conserte o que foi feito de errado. Só Deus pode reparar todos os nossos erros. Pedir perdão é um bom recomeço, e Jesus restaura os corações quebrantados.

Por fim, aceitando a repreensão do Senhor: recolha suas armas à insignificância humana, e é assim que deve ser. O mundo sempre guerreou em busca de vitória usando espadas, lanças, fuzis, metralhadoras e até a bomba atômica. Mas a verdadeira vitória só virá por intermédio daquele que deu a sua vida por nós na cruz.

A conquista mais significativa não vem da superioridade, mas do sacrifício; não é decorrente da morte, mas de possibilitar a vida, e vida em abundância. Muitas vezes perdemos nossas batalhas por estarmos usando as armas erradas. Assim, se houver algo a conquistar, que demanda uma luta pessoal, é bem melhor fazer a opção por LUTAR COM A ARMA DA VITÓRIA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO