“Então,
Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote,
cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a
Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me
deu?”
(João 18.10-11)
Todos nós temos problemas na
vida, quer seja em maior ou menor escala, e isso não é novidade para ninguém. Mas
o ponto focal, que difere a situação em cada caso, está na maneira como
tentamos administrar as questões e, principalmente, que instrumento é utilizado
por cada um na busca de soluções.
O texto de hoje descreve uma situação
bíblica bastante delicada: Jesus está prestes a ser preso injustamente, como um
malfeitor, na frente dos seus discípulos; Pedro toma a iniciativa da sua
defesa, empunha uma espada e fere o servo do sumo sacerdote. É muito comum que as
pessoas ajam exatamente assim também nos dias de hoje, e podemos tirar algumas lições
dessa passagem.
Primeiro, percebendo que
existem aqueles que agem sem pensar nas consequências. Pedro, desconsiderando tudo
o que poderia acontecer depois, decepa a orelha de um mensageiro comissionado,
e com toda autoridade, para efetuar a prisão de Jesus. A própria citação do seu
nome – Malco – sugere que ele era uma pessoa importante, o que agravava ainda mais
a situação.
As intenções de Pedro em
defender Jesus eram nobres, mas ele agiu por conta própria, sem consultar o Senhor. Assim, vemos que não basta ter
boas intenções, é preciso fazer as coisas de modo sensato e corretamente. Agir
no calor das emoções geralmente não traz bons resultados.
Segundo, entendendo que, para
alguém que age assim, só resta a misericórdia de Deus. Da passagem vemos que,
rapidamente, Jesus concerta a besteira que Pedro fez: ele toma a orelha do
servo, a recoloca no lugar, e o milagre acontece. Se você hoje está sofrendo
por conta de algum ato impensado, peça ao Senhor
que conserte o que foi feito de errado. Só Deus pode reparar todos os nossos erros.
Pedir perdão é um bom recomeço, e Jesus restaura os corações quebrantados.
Por fim, aceitando a
repreensão do Senhor: recolha suas
armas à insignificância humana, e é assim que deve ser. O mundo sempre guerreou
em busca de vitória usando espadas, lanças, fuzis, metralhadoras e até a bomba
atômica. Mas a verdadeira vitória só virá por intermédio daquele que deu a sua
vida por nós na cruz.
A conquista mais significativa
não vem da superioridade, mas do sacrifício; não é decorrente da morte, mas de
possibilitar a vida, e vida em abundância. Muitas vezes perdemos nossas
batalhas por estarmos usando as armas erradas. Assim, se houver algo a
conquistar, que demanda uma luta pessoal, é bem melhor fazer a opção por LUTAR
COM A ARMA DA VITÓRIA.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO