“Oh! Como é bom e
agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o
qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É
como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o
Senhor a sua bênção e a vida para sempre.”
(Salmos 133)
Nossa peregrinação na terra pode ser muito mais agradável
se desfrutarmos do bálsamo da união fraternal. O Salmo 133, em evidência, traduz
o prazer que temos em caminhar alegremente com outras pessoas. É um tipo de
benção que não temos como desfrutar sozinhos. É preciso estar na companhia de
outros para vivenciar a experiência por completo.
O salmista apresenta essa união coletiva como um sacerdote
a ungir a família, e todos em sua volta, com o óleo perfumado que simbolizava
paz, saúde e alegria. O Monte Hermon, permanentemente coberto de neve, é uma
fonte de água e orvalho abundante, representando a perenidade das bênçãos
sucessivas na vida das pessoas. Vejamos, então, como o salmista apresenta essas
bênçãos da união.
A união fraternal é boa e agradável. Infelizmente nem
tudo que é bom é agradável, e nem tudo que é agradável é bom. Mas aqui temos
essa combinação perfeita do que é bom e agradável ao mesmo tempo. Os benefícios
de algo totalmente bom são evidentes. Primeiro para nós mesmos, que desfrutamos
do prazer da harmonia; segundo, pelo exemplo que transmitimos para o mundo,
atraindo as pessoas para perto de nós; e terceiro, pela cooperação que
naturalmente surge quando estamos unidos.
A união fraternal tem um preço. O óleo utilizado na unção
era especialmente preparado para esse fim, tinha alto
valor, e era caro. A unidade exige esforço, dedicação e mostra, de fato, a
nossa disposição em pagar um preço para servir a Deus e ao próximo, com todo o
nosso coração. A comunhão não é algo que surge naturalmente, mas depende da
dedicação e esforço de cada um. Pessoas podem ser difíceis no relacionamento,
mas são indispensáveis para alcançarmos essa benção. Por isso a fraternidade
humana tem um preço.
A união fraternal se espalha. Assim como o óleo não se
detinha apenas na cabeça do sacerdote, descendo pela gola e pela sua veste,
também é assim com os benefícios da comunhão. Estes se propagam por toda a sua
vida, na vida da sua família e de toda a Igreja de Cristo. Esse “contágio
santo” se torna atraente pelo agradável perfume que é sentido por quem chega e
logo percebe A BENÇÃO DA COMUNHÃO FRATERNAL.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO