sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES EM NOSSAS VIDAS


“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti.”
(Rute 1.16-17)

Seguir na direção correta, quando estamos em meio a tempestades, não é uma tarefa fácil. No transcurso das aflições tudo fica mais difícil, e cada passo que damos é incerto e potencialmente perigoso. A nossa fragilidade se revela com maior clareza nas crises, e tomar a decisão acertada pode ser o divisor de águas entre vitória ou fracasso.

Entre outros assuntos, o processo decisório na vida das pessoas é ressaltado no livro de Rute. De fato, em suas breves páginas os personagens centrais – Noemi, Rute e Boaz – tomam grandes decisões. O livro ressalta o rumo posterior de cada personagem dessa passagem bíblica, demonstrando a importância das decisões tomadas.

Nos dois versículos citados vemos que Rute tomou as decisões que normalmente afetam a história de toda uma vida, como escolher o rumo certo a seguir: seguir-te; porque, aonde quer que fores irei eu”, o lugar adequado para se morar: “onde quer que pousares, ali pousarei eu”, os melhores amigos para se relacionar: “o teu povo é o meu povo”, o Deus verdadeiro a quem servir: “o teu Deus é o meu Deus” e, finalmente, o futuro segundo a vontade de Deus: “faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti”.

Todos nós precisamos decidir pelos caminhos certos a seguir na vida. Muitas pessoas simplesmente estão enganadas em sua caminhada e, assim, seguem a passos largos para a sua própria destruição. Quando estamos no rumo certo, mesmo que devagar no trajeto, chegaremos num “porto seguro”. Ao contrário, a pressa só aproxima da ruína e destruição.

Muitos não conseguem enxergar a importância de viver no lugar certo. As boas oportunidades – ou a ausência delas – têm a ver com o contexto a nossa volta. A vizinhança, por exemplo, traduz bons pretendentes ao casamento de nossos filhos, segurança da família e muitos outros aspectos. Da mesma forma, a escolha dos amigos pode parecer algo simples e de menor peso, mas garantirá momentos melhores ou piores de convivência. Bons amigos influenciarão positivamente, estando sempre ao nosso lado nos momentos difíceis da vida. Já os falsos amigos podem nos induzir a situações equivocadas e até desastrosas.

Acima de tudo, porém, está a decisão mais importante, que é a escolha do Deus a quem servir. A opção pelo Deus verdadeiro significa vitória, fazendo ver o mundo sob uma ótica totalmente nova. Tudo passa a ter, assim, uma perspectiva vista dos céus, e não mais da terra. A nova vida em Cristo Jesus transforma por completo o crente e as suas relações, dando significado completo quando se ressalta A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES EM NOSSAS VIDAS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DO OUTRO LADO DO RIO


“Porém os sacerdotes que levavam a arca da Aliança do Senhor pararam firmes no meio do Jordão, e todo o Israel passou a pé enxuto, atravessando o Jordão.”
( Josué 3.17)

A maioria de nós teme passar por uma situação de crise e, se possível, gostaria de nunca ter que enfrentar uma. Antes, preferimos momentos de tranquilidade e conforto, a ter que enfrentar o estresse de momentos de tensão, que são normalmente gerados pelas crises. O que muitos não percebem é que nesses momentos temos a oportunidade de experimentar mudanças de atitude importantes, que não ocorrem no curso normal da vida. Se você, agora mesmo, está passando por uma crise aguda, não desanime: haverá sempre um despojo esperando por aquele que se dispõe a “passar para o outro lado do rio”. Quando meditamos na passagem de hoje podemos tirar dela valiosas lições para tempos de crises.

A primeira lição é que os obstáculos nunca resistem à fé do povo de Deus. Não importa o tamanho dos problemas, pois certamente, com fé, poderemos enfrentá-los sem temer. Não devemos ficar imobilizados pelo medo, mas continuar avançando, mesmo quando surgem obstáculos à nossa frente. Agora mesmo, muitos de nossos irmãos e irmãs podem estar com medo de atravessar o “Rio Jordão” de suas vidas. O medo faz parte da natureza humana, mas não deve impedir a caminhada. Se olharmos para Deus, nosso Senhor e Sumo Sacerdote, que vai sempre à nossa frente, teremos coragem de tocar com os nossos pés as águas do Jordão, e elas vão se abrir para nossa passagem por terreno seco e seguro, como aconteceu aos israelitas naquela situação.

Aprendemos também a lição de que o Senhor sempre faz completa a sua benção, visto que o texto nos informa que eles passaram em terra enxuta, e nenhuma lama ou lodo foi deixado no caminho. Quando nos abençoa, Deus o faz de forma completa e não parcialmente. Nós é que não temos a capacidade de compreender plenamente a sua ação em nossas vidas, e o modo como tudo o que ele faz é sempre na medida certa. Deus fez o universo por completo, nos deu um Salvador completo, uma Palavra – a Bíblia – completa, e também nos abençoa por completo. Ele não concedeu a passagem do Jordão pela metade, mas sim a travessia inteira. Assim também ele faz quando opera em nossas vidas.

A derradeira lição é a de que, na vida, haverá sempre rios de dificuldades para serem atravessados. As “uvas grandes” e a “boa terra” estavam do outro lado do Jordão. Eles precisavam atravessar o rio para poder desfrutar dessas bênçãos. O custo das travessias nunca será em vão. Todos nós devemos lutar por aquilo que realmente achamos importante e, sempre que surgir algo que se interponha ao caminho da nossa promessa, devemos confiar em Deus, olhar para o alto, e seguir em frente. É bem certo que nossas bênçãos são submetidas ao crivo de uma vida em santidade. A nossa vitória será edificada sobre os alicerces da nossa santidade: Disse Josué ao povo: Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” (Josué 3.5). Não devemos nunca nos esquecer de que apenas os santos poderão desfrutar das bênçãos que estão nos esperando DO OUTRO LADO DO RIO.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

OCUPADOS DEMAIS PARA DEUS


Indo eles caminho fora, alguém lhe disse: Seguir-te-ei para onde quer que fores (...) Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.
(Lucas 9.57-62)

Como é comum em qualquer tempo, a fama sempre atrai pessoas desejosas de estar por perto daqueles que são o foco da sua admiração. E no tempo de Cristo isto não foi diferente. Em certa altura do seu ministério, muitos foram os voluntários para o seguir. No entanto, Jesus deixou bem claro que exigia muito mais do que apenas voluntários, pois o Reino de Deus é reservado aos verdadeiros servos.

O primeiro voluntário disse: Seguir-te-ei para onde quer que fores.  Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (v. 57-58). Jesus não ofereceu nenhuma estabilidade material aos seus discípulos. A sua missão era totalmente dirigida pela vontade do Pai, independentemente de qualquer segurança ou conforto. O verdadeiro servo sabe que a prioridade é sempre fazer a vontade do seu Senhor.

O segundo voluntário também o queria seguir, mas tinha algo mais importante a fazer antes: nada menos do que enterrar o pai. Naquele tempo essa expressão também significava cuidar até que o pai morresse:  "Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Mas Jesus insistiu: Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e prega o reino de Deus" (v. 59-60). Para Jesus o chamado do Pai deve estar acima de qualquer outra coisa terrena. Mesmo frente a um compromisso compreensível e nobre, como cuidar da própria família, o verdadeiro servo de Deus deve entender que a sua obra não pode ser adiada por isso. Não há nada de errado em cuidar dos nossos entes queridos. Mas essa atitude se transforma em problema quando impede a completa e integral dedicação à Deus.

Enfim, temos o voluntário gentil e educado: A outro disse Jesus: Segue-me! Ele, porém, respondeu: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus (v. 61-62). Ele só queria despedir-se dos seus, e não há nada de errado em ser gentil com o próximo, muito menos com a própria família. Mas, segundo Jesus, para o grande compromisso até a despedida é um tempo perdido.

O texto de hoje é uma boa lição para os crentes voluntários de nossos dias. Há pessoas que muitas vezes se entusiasmam ao participar de programações da igreja e, depois, querem contribuir de alguma forma para que essa sua euforia seja mantida. Infelizmente existe uma grande distância entre ser voluntário e ser servo. Nas palavras de Jesus, diante do tamanho dos desafios, só servos conseguem manter a missão; os voluntários têm dificuldades frente a tão grande compromisso. Os servos conseguem manter o olhar sempre à frente, para onde vai o seu Senhor. Eles sabem que olhar para trás significa tirar os olhos de Cristo e, portanto, não hesitam em seguir determinados até o fim. Ao contrário dos verdadeiros servos, aqueles que são apenas voluntários estarão sempre OCUPADOS DEMAIS PARA DEUS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

CONSELHO DE QUEM JÁ VIVEU UM POUCO MAIS


“Dura resposta deu o rei ao povo, porque desprezara o conselho que os anciãos lhe haviam dado; e lhe falou segundo o conselho dos jovens, dizendo: Meu pai fez pesado o vosso jugo, porém eu ainda o agravarei; meu pai vos castigou com açoites; eu, porém, vos castigarei com escorpiões.”
(1 Reis 12.13-14)

O desprezo ao potencial daqueles que já alcançaram idade mais avançada pode trazer consequências muito graves. A ênfase exagerada na juventude, colocando os mais vividos em segundo plano, despreza a grande contribuição que eles podem nos dar. Muitas vezes a opinião dos mais velhos é considerada ‘retrógrada’ e, por isso, rejeitada por aqueles que se consideram ‘modernos’.

O texto de hoje é um exemplo de que essa opinião está equivocada, nos ensinando a considerar com muito respeito o conselho daqueles que já viveram mais do que nós. Suas experiências e observações devem ser levadas em conta com todo o carinho, e desconsiderá-las pode custar muito caro.

A passagem retrata não só diferentes opiniões sobre uma mesma situação, mas também a diferença de abordagem entre duas gerações. De um lado os jovens, cheios de sonhos e pouca experiência. No vigor da sua juventude se elevam à condição de ‘semideuses’, desprezando a experiência acumulada por aqueles mais experimentados pelo tempo.  Do outro os idosos, sem sonhos ou idealismos exagerados, mas apoiados na prudência de quem já viveu o bastante para compreender o valor do seu aconselhamento: Tomou o rei Roboão conselho com os homens idosos que estiveram na presença de Salomão, seu pai, quando este ainda vivia, dizendo: Como aconselhais que se responda a este povo? Eles lhe disseram: Se, hoje, te tornares servo deste povo, e o servires, e, atendendo, falares boas palavras, eles se farão teus servos para sempre” (1 Reis 12.6-7).

O texto mostra o perigo de rejeitarmos completamente os conselhos dos mais vividos, em favor da insensatez de pessoas inexperientes. Muitos jovens seguem apenas as orientações de outros jovens, porque agradam às suas vaidades e incitam ao prazer. Mas isso é muito perigoso, pois normalmente os melhores amigos são os mesmos que na maioria das vezes levam à ruína.

O conselho da juventude foi oposto ao dos idosos. Roboão tinha dois caminhos diferentes a seguir: um o levaria a glória, o outro ao fracasso, e preferiu seguir o conselho que, em verdade, mais gostou de ouvir. Ele não era um jovem adolescente, pois tinha 41 anos idade como diz o texto: Roboão, filho de Salomão, reinou em Judá; de quarenta e um anos de idade era Roboão quando começou a reinar (...)” (1 Reis 14.12a). Nem tão pouco tomou sua decisão forçado pelo calor das emoções. Pelo contrário, foi uma decisão pensada, provavelmente com base no que ele imaginava ser o melhor. Talvez como muitos jovens igualmente façam hoje, quando rejeitam o CONSELHO DE QUEM JÁ VIVEU UM POUCO MAIS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAUJO

domingo, 4 de novembro de 2012

O ÚNICO REMÉDIO PARA O MEDO


“No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.”
(1 João 4.18)

Muitas pessoas vivem atormentadas por algum tipo de medo, quer seja medo da violência, medo de perder a pessoa amada, medo de perder os filhos, medo de perder o emprego, medo de perder o status social e medo até de engordar! Enfim, tudo a nossa volta contribui para manter situações que criam ambientes de medo.

Em busca de uma saída para esse problema, os estudos na área da psicologia tiveram grande impulso na sociedade moderna. Em casos mais graves, a conclusão é a de que o tratamento com base em medicamentos é o mais indicado para alguns problemas dessa natureza. Sem desconsiderar a contribuição de outras áreas interessadas na solução dessa problemática, queremos apresentar a resposta da Palavra de Deus para essa situação. Porém, diferentemente das terapias e intervenções médicas, o remédio aqui apresentado é acessível a todos, bastando haver uma predisposição no coração: estamos falando do amor.

O amor é algo indispensável para uma vida emocional equilibrada. O apóstolo João constatou esse amor personificado em Jesus. Sabia da importância de ter certeza do amor de Deus para conosco. Conhecia a origem desse amor e o valor do relacionamento com o Pai quando disse: E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele” (1 João 4.16). Só conhecendo a Deus podemos aprender a amar, e só no exercício desse amor podemos lançar fora nossos medos.

Mas como assim, “lançar fora os medos”? Quando entendemos a grandiosidade do amor de Deus, passamos a ter absoluta confiança nele. Só então compreendemos que tudo o que acontece conosco, em todo e qualquer momento, é o melhor de Deus para cada um de nós. Assim pensando, nada pode abalar o nosso equilíbrio emocional. Tudo estará sempre em uma esfera de paz, que transcende a todo o entendimento e circunstâncias. Essa confiança será sempre mais relevante do que a palavra cética do médico, ou do que o resultado apavorador de um exame, ou de uma gravidez não programada, ou de qualquer outra situação inesperada. Quando, de fato, temos certeza do amor de Deus, nunca ficamos atemorizados.

Dessa forma, a resposta às nossas ansiedades não está em correr a enfrentá-las, ou simplesmente correr delas. A melhor resposta ao medo é estar em plena comunhão com Deus, pois só o amor perfeito do Pai pode lançar fora as ansiedades. Toda vez que tirarmos o pensamento desse amor perfeito e incondicional, vamos temer diante dos desafios da vida. Pouco adianta a consulta feita a profissionais, de qualquer área da ciência humana, quando nosso coração não está inundado por Deus. Qualquer coisa feita sem esse elemento essencial será apenas agente paliativo, e não a verdadeira cura para a nossa mais íntima ansiedade. Não há outro remédio para os temores da vida, quando se está longe do Criador. Assim é que podemos afirmar ser o amor a Deus a verdadeira solução para as nossas ansiedades, por ser ele O ÚNICO REMÉDIO PARA O MEDO.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAUJO