“Disse, porém, Rute: Não me instes para que te
deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e,
onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é
o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o
Senhor o que bem lhe aprouver, se
outra coisa que não seja a morte me separar de ti.”
(Rute 1.16-17)
Seguir na direção correta, quando
estamos em meio a tempestades, não é uma tarefa fácil. No transcurso das
aflições tudo fica mais difícil, e cada passo que damos é incerto e
potencialmente perigoso. A nossa fragilidade se revela com maior clareza nas
crises, e tomar a decisão acertada pode ser o divisor de águas entre vitória ou
fracasso.
Entre outros assuntos, o processo decisório
na vida das pessoas é ressaltado no livro de Rute. De fato, em suas breves páginas
os personagens centrais – Noemi, Rute e Boaz – tomam grandes decisões. O livro ressalta
o rumo posterior de cada personagem dessa passagem bíblica, demonstrando a importância
das decisões tomadas.
Nos dois versículos citados vemos que
Rute tomou as decisões que normalmente afetam a história de toda uma vida, como
escolher o rumo certo a seguir: “seguir-te; porque, aonde quer
que fores irei eu”, o lugar adequado para se
morar: “onde quer que pousares, ali pousarei eu”, os melhores amigos
para se relacionar: “o teu povo é o meu povo”, o Deus
verdadeiro a quem servir: “o teu Deus é o meu Deus” e,
finalmente, o futuro segundo a vontade de Deus: “faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver, se outra
coisa que não seja a morte me separar de ti”.
Todos nós precisamos decidir pelos
caminhos certos a seguir na vida. Muitas pessoas simplesmente estão enganadas
em sua caminhada e, assim, seguem a passos largos para a sua própria destruição.
Quando estamos no rumo certo, mesmo que devagar no trajeto, chegaremos num
“porto seguro”. Ao contrário, a pressa só aproxima da ruína e destruição.
Muitos não conseguem enxergar a
importância de viver no lugar certo. As boas oportunidades – ou a ausência
delas – têm a ver com o contexto a nossa volta. A vizinhança, por exemplo, traduz
bons pretendentes ao casamento de nossos filhos, segurança da família e muitos
outros aspectos. Da mesma forma, a escolha dos amigos pode parecer algo simples
e de menor peso, mas garantirá momentos melhores ou piores de convivência. Bons
amigos influenciarão positivamente, estando sempre ao nosso lado nos momentos
difíceis da vida. Já os falsos amigos podem nos induzir a situações equivocadas
e até desastrosas.
Acima de tudo, porém, está a decisão
mais importante, que é a escolha do Deus a quem servir. A opção pelo Deus verdadeiro
significa vitória, fazendo ver o mundo sob uma ótica totalmente nova. Tudo
passa a ter, assim, uma perspectiva vista dos céus, e não mais da terra. A nova
vida em Cristo Jesus transforma por completo o crente e as suas relações, dando
significado completo quando se ressalta A IMPORTÂNCIA DAS DECISÕES EM NOSSAS
VIDAS.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO