segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

SEM MEDO NAS BATALHAS DA VIDA


“Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”.
(Isaías 41.10)

O medo faz parte da vida, sendo muito comum encontrar alguém que tenha medo de morrer, de perder a pessoa amada, ou os filhos ou o emprego, de ter alguma doença ou de viajar de avião, entre outros receios. Numa definição simples, o medo consiste no sentimento que aflora ao se ter a consciência de um perigo, quer seja ele real ou imaginário. Conhecendo a fragilidade humana, Deus olha para nós e diz “Não temas”!  Sabemos, no entanto, que normalmente não basta apenas sermos induzidos a não ter medo, para então afastá-lo. Precisamos ter a plena certeza de que, de fato, estamos seguros. Assim, o imperativo de Deus é completo, pois está assegurado por ele mesmo, como no seguimento do texto.

Primeiramente, pela garantia da sua presença junto a nós, sendo isso repetido continuamente na passagem: porque eu sou contigo”,  “sou o teu Deus”,  “te fortaleço”,  “te ajudo”,  “te sustento com a minha destra fiel”. A imagem da mão poderosa de Deus nos protegendo já é suficiente para gerar uma serena traquilidade. Porém, além disso, o que afirma a Palavra é que não somos nós que seguramos na mão de Deus (como na letra de certo louvor), mas sim que o próprio Deus é quem segura a nossa mão. Então, podemos confiar.

Em segundo lugar, embora certas vezes possa parecer que os nossos inimigos vão prevalecer sobre nós, chegará o dia em que Deus pedirá a sua “fatura”. Há pessoas que, dominadas pelo Mal, fazem guerra contra o povo de Deus, sendo isto por certo uma das grandes realidades da vida. Mas não devemos temer, pois “envergonhados e confundidos serão” (v. 11), e ainda “reduzidos a nada” (v. 12). Não devemos ter medo, mas apenas esperar confiantes pelo tempo de Deus.

Finalmente, o Senhor nos torna fortes o suficiente até para “aterrorizarmos” os que antes nos aterrorizavam, como descrito na continuidade da passagem em referência (vv. 14-16). Às vezes nos sentimos tão pequenos, fracos e indefesos, tal como um pequeno inseto a rastejar no chão. Mesmo nessa condição, diz o Senhor: "Não temas, vermezinho de Jacó (...) eu te ajudo (...)" (v. 14), “(...) farei de ti um trilho cortante e novo (...) e os outeiros reduzirás a palha (v. 15). Sob a mão de Deus, qualquer instrumento nos será suficiente para vencer todos obstáculos que tivermos pela frente.

Deus, além de garantir nossa vitória, ainda restaura a alegria perdida no transcurso das batalhas: "mas tu te alegrarás no Senhor e te gloriarás no Santo de Israel" (v. 16b). O medo é uma realidade em nossas vidas, mas podemos vencê-lo no poder de Deus. Todas as promessas de vitória se concretizaram definitivamente na cruz do calvário. Ao conhecermos a gloriosa realidade do Evangelho de Cristo, temos a plena certeza de que Deus já providenciou tudo o que precisamos para combater o bom combate da fé: Jesus é o único e suficiente intrumento, a mais completa resposta para todas as nossas aflições.

A graça de Deus dá conforto nas acidentadas estradas da vida, garantindo a nossa felicidade apesar de nossas ansiedades, que afinal são involutárias. Com Jesus Cristo no coração temos segurança para seguir confiantes e SEM MEDO NAS BATALHAS DA VIDA.

Rev. João Figueiredo de Araújo

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

FALSOS PROFETAS DO APOCALIPSE


“Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.”
  (1 João 4.1)

O ano de 2012 apresentou ao mundo uma nova categoria de falsos profetas. Ao contrário de algumas seitas, não tentaram usar a Bíblia para fundamentar falaciosamente suas doutrinas, mas usaram o calendário Maia e até a própria ciência. Em lugar de igrejas, fizeram de púlpito a televisão, hoje um dos “templos” mais frequentados nos dias de domingo. 

Mas afinal, o que essas e outras categorias similares têm em comum? Todas são mentirosas, controladas por espíritos malignos. Disso a Palavra nos adverte, como no texto de João: "(...) provai se os espíritos são de Deus (...)"! Cristãos devem ser capazes de detectar falsos ensinamentos, examinando a sua procedência espiritual. É preciso saber que há duas esferas espirituais neste mundo: uma é domínio do Espírito Santo e a outra de Satanás.

Embora os falsos profetas não mencionem o Maligno, não significa que não estejam sob sua influência, pois o Diabo é o pai da mentira: Vós sois do Diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44).

Todos eles têm em comum a sede de audiência, “(...) porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo fora.” Assim, os falsos mestres usam o mundo como sua sala de aula, sempre ambicionando a maior audiência possível. A persistência na falsa “pregação” normalmente leva muitas pessoas a acreditarem nas suas mentiras. Podemos deduzir que os destinatários dessa epístola estavam prestes a acreditar em falsos profetas, pois João os exorta a distinguir cuidadosamente que ensinamentos provêm realmente do Espírito de Deus.

Claro está, também, que alguns tentavam se passar por pessoas guiadas pelo Espírito Santo. Como nem todo ensino vem de Deus, João aconselha os cristãos a provar se os espíritos eram mesmo do Senhor. Os falsos profetas da atualidade nem mesmo cuidam em tentar falar no nome de Deus, pois têm terreno fértil para disseminar suas novas crenças no denominado mundo pós-moderno. Os perigos são os mesmos, sendo preciso distinguir o que é verdadeiro.

Primeiramente, pela doutrina: Jesus, o Filho de Deus, veio em carne. Essa confissão nunca será feita por falsos profetas. As seitas que surgiram ao longo dos séculos são a melhor confirmação dessa assertiva, pois sempre negaram a encarnação do Verbo e, com isso, a divindade de Jesus. As alegadas profecias do povo Maia nem sequer consideram o Cristo. Em seu lugar, disseminaram uma cosmogonia alheia à Palavra de Deus.

Em segundo lugar pela cosmovisão: a forma equivocada de enxergar o mundo produz um estilo de vida baseado em valores mundanos. O apóstolo João assim afirma quanto a esse aspecto: "porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo” (1 João 2.16). Quando supostos profetas ministram sob o ponto de vista do mundo, o que falam não provém de Deus, podendo ser enquadrados na categoria de FALSOS PROFETAS DO APOCALIPSE.

Rev. João Figueiredo de Araújo

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

A ESPERANÇA DOS ESQUECIDOS


"Então, Faraó mandou chamar a José, e o fizeram sair à pressa da masmorra; ele se barbeou, mudou de roupa e foi apresentar-se a Faraó. Este lhe disse: Tive um sonho, e não há quem o interprete. Ouvi dizer, porém, a teu respeito que, quando ouves um sonho, podes interpretá-lo."
(Gênesis 41.14-15)

O balanço ao fim do ano nem sempre é positivo para muitos. Mais tempo se passou e a sensação de frustração às vezes continua. Há um sentimento de abandono ao constatar que sonhos não foram realizados. Apesar das individualidades, a trajetória humana tem suas similaridades, principalmente quanto às frustrações. E estas são mais significativas quando decorrentes de injustiças. O texto dessa semana lança uma luz de esperança para quem se encontra nessa situação, e podemos depreender dele alguns ensinamentos importantes.

A principal lição é que o tempo de Deus agir nunca é cedo ou tarde demais. No caso de José podemos deduzir que eram mínimas as chances de que um escravo, numa prisão egípcia daquele tempo, fosse retirado da masmorra por ordem do Faraó. E muito menos após isso ser colocado em posição de destaque. A cada dia enclausurado José esperava que um mordomo pudesse se lembrar do que havia feito por ele e intercedesse a seu favor: Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa; porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra” (Gênesis 40.14-15).

Enquanto mantinha firme sua esperança, a postura de José foi de serenidade: não reclamou nem tinha raiva ou indignação no coração. O tempo passava e quem ele havia ajudado parecia que não iria mais se lembrar dele. Até que o Faraó se sentiu atormentado, por não encontrar um significado para seu sonho. Assim, tudo indica que não bastava o mordomo interceder: era preciso ser no momento certo, preparado pelo próprio Deus.

As maiores oportunidades normalmente vêm quando menos esperamos. Se confiamos nessa assertiva, a pergunta passa a ser: estamos preparados para o inesperado? O grande problema é que passam os anos e não buscamos estar de fato prontos para as grandes oportunidades da vida. Quanto tempo, por exemplo, desperdiçamos em coisas fúteis que, bem aproveitado, poderia render melhores frutos em nossas vidas!

Vemos no relato um jovem bem preparado para a vida, que mantinha o seu relacionamento com Deus. Assim, quando foi preciso, estava firme no Senhor, pronto para fazer face ao inesperado. Não haveria como interpretar os sonhos do Faraó sem a intimidade devocional que José mantinha com Deus. E ele deixa isso bem claro: Respondeu-lhe José: Não está isso em mim; mas Deus dará resposta favorável a Faraó” (Gênesis 41.16).

Devemos todos esperar sempre o tempo certo de Deus em nossas vidas. Mas a espera não deve ser ociosa quanto à nossa intimidade devocional. Assim como José, apesar das "prisões da vida" devemos manter um relacionamento vivo, verdadeiro e constante com o nosso Senhor, pois somente em Deus logramos encontrar A ESPERANÇA DOS ESQUECIDOS.

Rev. João Figueiredo de Araújo