sexta-feira, 12 de julho de 2013

MENTES CONFUSAS COM VISÕES INVERTIDAS

“Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.”
(Marcos 8.24)

Algumas pessoas não conseguem ver as coisas como elas de fato são.  Os meios de comunicação e a mídia induzem a pensarem que, por exemplo, estão acima do peso normal, pois é assim que elas se imaginam. Esse grupo se recusa a comer porque todos se sentem gordos. Já outros, mesmo nascidos com sexo definido anatomicamente, se sentem como se fossem do sexo oposto. Nesse caso, muitos têm optado até pela mudança de sexo por intervenção cirúrgica. Mas o que tudo isso tem a ver com o personagem subentendido do texto bíblico? Pessoas desorientadas não enxergam as coisas como de fato são, e as suas mentes desfiguram a realidade. Como o problema daquele que era cego foi então resolvido? Algumas pessoas o levaram até Jesus!

Diferentemente de outros cegos da história bíblica, esse não expressava fé suficiente para ir até Jesus por si mesmo. O que vemos então é o esforço conjunto de pessoas que lutam pela solução do seu mal. Eles suplicam para que Jesus o toque (v.22). A oração é atendida e Jesus o toma pela mão e o leva para fora da Aldeia (v. 23). Algumas lições podem ser tiradas desse relato.

Nem sempre as pessoas buscam ajuda para as suas mazelas, mesmo sabendo da existência de cura! Este homem, envolto em trevas, já havia se acomodado à sua condição. Pessoas como essa precisam de ajuda. Foi pela disposição de um grupo de outras pessoas, que o amavam, que O seu problema foi resolvido. Nosso desafio é levar pessoas até Jesus. Ele fará o que precisa ser feito.

Quando Jesus cura, ele o faz completamente, nunca deixando nada pela metade. Primeiramente Jesus tomou o cego pela mão e o levou para fora da aldeia. Passou então saliva nos seus olhos e pôs as mãos por cima: "Pode ver alguma coisa agora?" perguntou-lhe Jesus. O homem olhou em volta e disse: "Sim!", disse ele, "Vejo homens! Mas não posso vê-los claramente; eles parecem troncos de árvores andando de um lado para o outro!" Então Jesus colocou novamente as mãos em cima dos olhos do homem e, quando ele olhou bem, a sua vista estava completamente recuperada. Agora ele via tudo claramente (v. 25).

Aprendemos, assim, que algumas curas são graduais, e devemos ter paciência até que sejam completadas. No primeiro momento o homem passou a ver. Já era um grande passo, mas ainda faltava muito. No segundo momento vemos a cura definitiva. Agora ele via as coisas como elas realmente eram. Quantas pessoas hoje sofrem desse mal! Não podemos ignorá-las. Devemos fazer todo esforço necessário para que cheguem a Cristo e possam ser curadas. Só o toque de Jesus poderá curar a cegueira espiritual; só o Senhor pode curar MENTES CONFUSAS COM VISÕES INVERTIDAS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

DEUS É A CONSOLAÇÃO DOS ABATIDOS

“Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito.”
(2 Coríntios 7.6)

Todos os relacionamentos podem sofrer desgastes, e então a dor é inevitável. Sofremos nos dois sentidos: quando magoamos e quando somos magoados. Depois de uma crise de relacionamento faz-se necessária uma oportunidade para a reconciliação. Só assim é possível restabelecer a alegria no convívio. No contexto citado, Paulo retoma 2 Coríntios 6.13 tornando a pedir: “Dai-nos espaço”! Espaço em vossos corações, e ele traduz isso dizendo: Acolhei-nos em vosso coração” (2 Coríntios 7:2a).

O apelo foi para que houvesse reconciliação entre aqueles irmãos, que eles voltassem ao companheirismo de antes, particularmente em função da sua visita, que se aproximava. Porém, para que isso fosse possível, ele precisava de “espaço”. Na primeira parte de sua carta Paulo se refere às aflições que vinha passando desde que saíra de Éfeso. Aquela situação entre ele e a Igreja em Corinto lhe tirava a paz.

Qual foi, então, a solução para o problema? A chegada de um irmão! Que maravilha! Depois de semanas de aflição, finalmente Tito chegou. Por mais atribulados que possamos estar jamais devemos perder a esperança. No momento certo, Deus vai providenciar a solução. Nunca nos esqueçamos disso! O “Tito” pode ser alguém da nossa família, um membro da igreja, um colega de trabalho, um amigo ou até o vizinho, que você nunca o vê. Pode ser aquela pessoa que você jamais imaginou que tivesse algo a oferecer. Mas uma coisa é certa: o “Tito” virá de algum lugar.

Quando Paulo estava sendo passado pelo “espremedor de frutas divino”, abatido tanto emocional como fisicamente, ele recebe uma consolação diretamente da mão de Deus. Observe a sua visão centrada no Senhor, espelhada na expressão Porém Deus...”, que aparece no início do versículo. O nosso Deus é Pai misericordioso, que traz a consolação necessária aos abatidos que nele confiam. Na sua imensa graça, não cabe a nós determinar os seus métodos para o alívio da nossa dor. Ele pode e irá usar quem e o que quiser. Naquela situação não foi Paulo, mas um discípulo dele. As consolações de Deus surgem de onde menos esperamos.

É evidente que a consolação não se limitou a chegada de Tito, mas as notícias que ele trouxe de Corinto. Ou seja, as boas notícias foram uma chave para resolver a aflição de Paulo. Se ele houvesse regressado de Corinto sem novidades, e também deprimido, Paulo não teria recebido nenhuma ajuda decisiva. No entanto, o próprio Tito havia sido alvo das consolações do Senhor: “não somente com a sua chegada, mas também pelo conforto que recebeu de vós” (v.7).  Somente pessoas que são objeto de conforto do Senhor podem, de fato, confortar o próximo. Em momentos de angústia não devemos nos desesperar. O Senhor enviará um “Tito”, e nossa situação de tristeza se converterá em alegria. Por isso a certeza de que DEUS É A CONSOLAÇÃO DOS ABATIDOS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 3 de julho de 2013

CHAMADOS PARA SERVIR

“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.”
(Atos 6.1-3)

Na medida em que a Igreja cresce novos desafios surgem, exigindo a contrapartida de uma resposta rápida, direta e eficaz na solução dos problemas. Uma desavença entre os membros da Igreja de Jerusalém foi assim sabiamente tratada e resolvida. A solução para o impasse foi selecionar pessoas dispostas e capacitadas para servir a Deus, configurando o fato como a primeira escolha de diáconos (servos) na Bíblia.

Esses homens escolhidos devem ter algumas características para exercer suas funções. A primeira delas é integridade. A reputação do diácono valida o seu trabalho. A comunidade sente paz quando pode recorrer a verdadeiros homens de Deus. A segunda qualidade é piedade. Homens cheios do Espírito Santo percebem a necessidade do próximo, e não hesitam em socorrer. Pelo poder do Espírito Santo, são totalmente livres da tentação da cobiça ao lidarem com o dinheiro que é depositado na Casa do Senhor. A gestão dos recursos financeiros requer esta bênção do Senhor. Por fim, sabedoria. Na Casa de Deus tudo deve ser feito com bom entendimento, muito tato (habilidade) e a mais pura das intenções.

Vemos, no decorrer deste texto bíblico, que sete homens preencheram os requisitos para as novas funções. Foram eles: Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau (v.5). Duas particularidades devem ser destacadas nessa passagem. Primeiramente que Estêvão era, de fato, um homem cheio do Espírito Santo, mostrando que alguns irmãos se destacam em relação a outros, mesmo tendo sido escolhidos pelos mesmos parâmetros. Segundo, que eram todos gregos, demonstrando que devemos reconhecer a capacidade das pessoas independente da sua procedência, e sabemos que isso, principalmente para o judeu, é uma questão complicada.

Amados! As lutas que surgem na medida em que a Igreja cresce não são carnais, mas espirituais. Em todo tempo somos confrontados com o Diabo e seus emissários. O Maligno usa estratégias variadas para afetar a Igreja. No texto de hoje vimos como o murmúrio das viúvas começou a gerar descontentamento dentro da Casa do Senhor. Ora, se o problema é espiritual, a solução deve estar ao encargo de pessoas espiritualizadas. Homens cheios do Espírito Santo neutralizaram o intento de Satanás na ocasião. O serviço é um ótimo antídoto contra as obras do Mal. No dia 9 de julho comemoramos o Dia do Diácono. Aqui então, ficam a nossa singela homenagem e os sinceros cumprimentos aos valorosos irmãos em Cristo Jesus que, pelo poder do Espírito Santo, na graça de Deus, foram CHAMADOS PARA SERVIR.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO