“Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de
Tito.”
(2 Coríntios 7.6)
Todos os relacionamentos podem sofrer
desgastes, e então a dor é inevitável. Sofremos nos dois sentidos: quando
magoamos e quando somos magoados. Depois de uma crise de relacionamento faz-se
necessária uma oportunidade para a reconciliação. Só assim é possível restabelecer
a alegria no convívio. No contexto citado, Paulo retoma 2 Coríntios
6.13 tornando a pedir: “Dai-nos
espaço”! Espaço em vossos corações, e ele traduz isso dizendo: “Acolhei-nos em vosso coração” (2 Coríntios
7:2a).
O apelo foi para que houvesse
reconciliação entre aqueles irmãos, que eles voltassem ao companheirismo de
antes, particularmente em função da sua visita, que se aproximava. Porém, para
que isso fosse possível, ele precisava de “espaço”. Na primeira parte de sua
carta Paulo se refere às aflições que vinha passando desde que saíra de Éfeso.
Aquela situação entre ele e a Igreja em Corinto lhe tirava a paz.
Qual foi, então, a solução para o
problema? A chegada de um irmão! Que maravilha! Depois de
semanas de aflição, finalmente Tito chegou. Por mais atribulados que possamos estar
jamais devemos perder a esperança. No momento certo, Deus vai providenciar a
solução. Nunca nos esqueçamos disso! O “Tito” pode ser alguém da nossa
família, um membro da igreja, um colega de trabalho, um amigo ou até o vizinho,
que você nunca o vê. Pode ser aquela pessoa que você jamais imaginou que tivesse
algo a oferecer. Mas uma coisa é certa: o “Tito” virá de algum lugar.
Quando Paulo estava sendo
passado pelo “espremedor de frutas divino”, abatido tanto emocional como
fisicamente, ele recebe uma consolação diretamente da mão de Deus. Observe a sua
visão centrada no Senhor, espelhada na expressão “Porém Deus...”, que
aparece no início do versículo. O nosso Deus é Pai misericordioso, que traz a
consolação necessária aos abatidos que nele confiam. Na sua imensa graça,
não cabe a nós determinar os seus métodos para o alívio da nossa dor. Ele pode e
irá usar quem e o que quiser. Naquela situação não foi Paulo, mas um discípulo
dele. As consolações de Deus surgem de onde menos esperamos.
É evidente que a consolação
não se limitou a chegada de Tito, mas as notícias que ele trouxe de Corinto. Ou
seja, as boas notícias foram uma chave para resolver a aflição de Paulo. Se ele
houvesse regressado de Corinto sem novidades, e também deprimido, Paulo não
teria recebido nenhuma ajuda decisiva. No entanto, o próprio Tito havia sido
alvo das consolações do Senhor: “não
somente com a sua chegada, mas também pelo conforto que recebeu de vós”
(v.7). Somente pessoas que são
objeto de conforto do Senhor podem, de fato, confortar o próximo. Em momentos
de angústia não devemos nos desesperar. O Senhor enviará um “Tito”,
e nossa situação de tristeza se converterá em alegria. Por isso a certeza de
que DEUS É A CONSOLAÇÃO
DOS ABATIDOS.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO