“Ora,
naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos
helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária. Então, os doze convocaram a
comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a
palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre
vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais
encarregaremos deste serviço.”
(Atos 6.1-3)
Na medida
em que a Igreja cresce novos desafios surgem, exigindo a contrapartida de uma
resposta rápida, direta e eficaz na solução dos problemas. Uma desavença entre os
membros da Igreja de Jerusalém foi assim sabiamente tratada e resolvida. A
solução para o impasse foi selecionar pessoas dispostas e capacitadas para
servir a Deus, configurando o fato como a primeira escolha de diáconos (servos)
na Bíblia.
Esses
homens escolhidos devem ter algumas características para exercer suas funções. A
primeira delas é integridade. A reputação do diácono valida o seu
trabalho. A comunidade sente paz quando pode recorrer a verdadeiros homens de
Deus. A segunda qualidade é piedade.
Homens cheios do Espírito Santo percebem a necessidade do próximo, e não
hesitam em socorrer. Pelo poder do Espírito Santo, são totalmente livres da
tentação da cobiça ao lidarem com o dinheiro que é depositado na Casa do
Senhor. A gestão dos recursos financeiros requer esta bênção do Senhor. Por fim,
sabedoria. Na Casa de Deus tudo deve
ser feito com bom entendimento, muito tato (habilidade) e a mais pura das
intenções.
Vemos,
no decorrer deste texto bíblico, que sete homens preencheram os requisitos para
as novas funções. Foram eles: Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau
(v.5).
Duas particularidades devem ser destacadas nessa passagem. Primeiramente que
Estêvão era, de fato, um homem cheio do Espírito Santo, mostrando que alguns
irmãos se destacam em relação a outros, mesmo tendo sido escolhidos pelos
mesmos parâmetros. Segundo, que eram todos gregos, demonstrando que devemos
reconhecer a capacidade das pessoas independente da sua procedência, e sabemos
que isso, principalmente para o judeu, é uma questão complicada.
Amados!
As lutas que surgem na medida em que a Igreja cresce não são carnais, mas
espirituais. Em todo tempo somos confrontados com o Diabo e seus emissários. O
Maligno usa estratégias variadas para afetar a Igreja. No texto de hoje vimos
como o murmúrio das viúvas começou a gerar descontentamento dentro da Casa do
Senhor. Ora, se o problema é espiritual, a solução deve estar ao encargo de
pessoas espiritualizadas. Homens cheios do Espírito Santo neutralizaram o
intento de Satanás na ocasião. O serviço é um ótimo antídoto contra as obras do
Mal. No dia 9 de julho comemoramos o Dia do Diácono. Aqui então, ficam a nossa
singela homenagem e os sinceros cumprimentos aos valorosos irmãos em Cristo
Jesus que, pelo poder do Espírito Santo, na graça de Deus, foram CHAMADOS PARA
SERVIR.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO