terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NÃO FOSSE O SENHOR DEUS...

“Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio.”
(Salmos 94.17)

Após mais um ano de muitas lutas e tantas vitórias, é possível fazer um balanço de tudo o que se passou. Ao mesmo tempo em que idealizamos os nossos projetos para o ano que se aproxima, devemos refletir sobre o papel que atribuímos a Deus em nossas vidas no ano que se encerra. Se esse balanço for feito a partir de uma reflexão sincera, tal como o salmista no texto em evidência, vamos certamente concluir que, não fosse o auxílio do Senhor, tudo teria sido muito diferente.

Não fosse o Senhor, como enfrentar as enfermidades persistentes, sem saber quando virá uma cura definitiva? Nessas horas de incertezas, o auxílio de Deus nos mantém firme na posição, em decorrência da confiança absoluta nas suas promessas de vitória.

Não fosse o Senhor, em seu auxílio constante na preparação de cada mensagem pastoral, cada planejamento de eventos e cada reunião de coordenação, como ter uma Igreja cada vez mais vibrante, acolhedora e parecida com Jesus? Reconhecemos claramente a sua mão, agindo poderosamente, em auxílio providencial a cada gesto em todas as ações que empreendemos no ano que termina.

Não fosse o Senhor, nos momentos de saudades da família, que mora tão distante, como manter o espírito alegre, em comunhão fraternal, longe da presença dos entes queridos? Em tudo isso, a mão invisível de Deus foi suficiente e poderosa, mantendo o nosso foco firme todo o tempo no cumprimento da nossa missão.

Enfim, temos que ser sinceros em reconhecer o auxílio de Deus em nossa vida, suprindo tudo aquilo do que precisamos no ano que se passou. Temos a certeza de que, NÃO FOSSE O SENHOR DEUS, a nossa história teria sido muito diferente.

Desejamos a todos um Ano Novo pleno da presença abençoadora do Senhor, a fim de que possamos seguir adiante na sua obra em 2014. Amém!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NINGUÉM ESCAPA AO SEU ALCANCE

"Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”
(Lucas 2.8-11)

Inadvertidamente, detendo-se naquilo que lhe é secundário, às vezes é comum não dar a importância devida à mensagem principal de um texto. Alguns intérpretes, por exemplo, prendem-se ao fato do nascimento de Jesus ter ocorrido no auge do inverno, estação na qual os pastores não teriam saído à noite com seus rebanhos. No entanto, certamente esse não é o objeto principal desse texto. Ao ler com atenção o relato do nascimento do Cristo, vemos que o interesse do escritor é mostrar como a vinda de Jesus alcançaria toda a humanidade.

Realmente, o fato mais extraordinário da História afetou, desde logo, a tudo e a todos, como por exemplo: a política de César, que parecia inabalável em sua estrutura; o ministério dos anjos, que vieram a terra para prestar seu louvor; e as atividades dos homens comuns, como os pastores, que se encontravam nos campos a cuidar de seus rebanhos. Sobre a política controladora de César, vale ressaltar o pequeno relato contido no versículo inicial desse capítulo: Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.” Mas essa também não seria a principal notícia daquele dia singular. Outros aspectos do contexto ressaltam a mensagem que seria definitivamente a mais importante.

Em lugar do trono de César, uma manjedoura surge no cenário, e nela repousa tranquilamente o verdadeiro Rei. A simplicidade daquele cenário contrasta com os cânticos de louvor e as manifestações de alegria que ressoaram nas colinas de Belém.  Longe do olhar das multidões, uma celebração celestial estava ocorrendo. Como que incapaz de conter a boa nova, um anjo brada: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (vv. 10-12).

Em vez de poderosos do reino da terra, entram em cena pastores de ovelhas. A grande notícia foi primeiramente dada a pessoas simples, e não a sacerdotes ou príncipes, ou muito menos a escribas e fariseus. O anjo proclamou: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova (...)” (v. 10), e eles não duvidaram! Indo a Belém, lá encontraram tudo exatamente como lhes tinha sido dito. Pela fé, receberam a rica recompensa e o especialíssimo privilégio de ver o Messias. Como muitos outros até hoje, os poderosos da época, ao contrário dos pastores, rejeitaram a vinda do Cristo Jesus. Mas isso não significa que não tenham sido (e ainda hoje sejam) afetados por seu nascimento, pois NINGUÉM ESCAPA AO SEU ALCANCE.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

FIEL ESCUDEIRO

“Sucedeu que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez saber a seu pai.”
(1 Samuel 14.1)

Mais um fim de ano se aproxima rapidamente, chegando aquele momento de saber com quantos podemos realmente contar nas batalhas do ano vindouro.  Na maioria das vezes, os desafios são inversamente proporcionais ao número de pessoas efetivamente comprometidas com a Igreja. Essa realidade, no entanto, não impede que a obra de Deus continue crescendo mais e mais, para honra e glória do seu Reino.

No texto de hoje não há apenas os dois personagens descritos - Jônatas e o seu escudeiro - mas também, e principalmente, o real protagonista de todo a História: o Senhor dos Exércitos! No contexto da situação descrita, um grande desafio: os filisteus. Enquanto esse povo detinha o monopólio da fabricação de espadas, os israelitas já não dispunham mais de armas para enfrentar o inimigo. Ameaçado, Israel está aparentemente encurralado, sem saída. Em meio ao impasse, Jônatas toma a iniciativa de atacar, levando consigo não apenas a espada e seu fiel escudeiro, mas também a firme convicção de que Deus lhe daria a vitória.

A identidade do herói escudeiro não é revelada, mas podemos conhecê-lo um pouco mais pelo papel que sua classe desempenhava nas batalhas. Geralmente eram jovens, inexperientes em matéria de combate, cuja principal responsabilidade era transportar as armas do guerreiro a quem estavam às ordens. A tarefa de apoio como coadjuvante nas batalhas acabava sendo, por vezes, fundamental para o sucesso nas campanhas. Essa participação, com humildade, nos ensina ao menos duas lições significativas, muito importantes para aqueles que querem alcançar vitórias ao lado do Senhor.

Primeiro: devemos entender como escudeiro todo aquele que, humildemente, está disposto a fazer qualquer coisa que lhe seja atribuído. Sua fidelidade incondicional é o que prevalece na hora da convocação. Ele atende ao chamado, mesmo que as perspectivas sejam desfavoráveis no momento.  Ele não tem nome, nem reconhecimento, nem fama... Apenas o fervoroso e incondicional desejo de servir ao seu senhor.

Aprendemos ainda que é sempre possível realizar grandes coisas na vida, quando a ação de Deus trabalha em proveito do servo fiel. Convencido de que o Senhor estava com ele, Jônatas entrou no acampamento dos filisteus, acompanhado apenas do seu escudeiro, e obteve uma significativa vitória. Embora possa ser difícil nos dias atuais contar com muitas pessoas, podemos ter a convicção, como Jônatas, de que haverá sempre em Cristo Jesus um FIEL ESCUDEIRO em nosso favor. Ele e somente ele nos garante a certeza da vitória nas batalhas da vida, sob toda e qualquer circunstância adversa.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO