“Sucedeu
que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem,
passemos à guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez
saber a seu pai.”
(1 Samuel 14.1)
Mais
um fim de ano se aproxima rapidamente, chegando aquele momento de saber com
quantos podemos realmente contar nas batalhas do ano vindouro. Na maioria das vezes, os desafios são
inversamente proporcionais ao número de pessoas efetivamente comprometidas com
a Igreja. Essa realidade, no entanto, não impede que a obra de Deus continue
crescendo mais e mais, para honra e glória do seu Reino.
No
texto de hoje não há apenas os dois personagens descritos - Jônatas e o seu
escudeiro - mas também, e principalmente, o real protagonista de todo a História:
o Senhor dos Exércitos! No contexto da situação descrita, um grande desafio: os
filisteus. Enquanto esse povo detinha o monopólio da fabricação de espadas, os
israelitas já não dispunham mais de armas para enfrentar o inimigo. Ameaçado,
Israel está aparentemente encurralado, sem saída. Em meio ao impasse, Jônatas
toma a iniciativa de atacar, levando consigo não apenas a espada e seu fiel
escudeiro, mas também a firme convicção de que Deus lhe daria a vitória.
A
identidade do herói escudeiro não é revelada, mas podemos conhecê-lo um pouco
mais pelo papel que sua classe desempenhava nas batalhas. Geralmente eram jovens,
inexperientes em matéria de combate, cuja principal responsabilidade era
transportar as armas do guerreiro a quem estavam às ordens. A tarefa de apoio
como coadjuvante nas batalhas acabava sendo, por vezes, fundamental para o
sucesso nas campanhas. Essa participação, com humildade, nos ensina ao menos
duas lições significativas, muito importantes para aqueles que querem alcançar
vitórias ao lado do Senhor.
Primeiro:
devemos entender como escudeiro todo aquele que, humildemente, está disposto a
fazer qualquer coisa que lhe seja atribuído. Sua fidelidade incondicional é o que
prevalece na hora da convocação. Ele atende ao chamado, mesmo que as perspectivas
sejam desfavoráveis no momento. Ele não
tem nome, nem reconhecimento, nem fama... Apenas o fervoroso e incondicional desejo
de servir ao seu senhor.
Aprendemos
ainda que é sempre possível realizar grandes coisas na vida, quando a ação de
Deus trabalha em proveito do servo fiel. Convencido de que o Senhor estava com ele, Jônatas entrou no
acampamento dos filisteus, acompanhado apenas do seu escudeiro, e obteve uma significativa
vitória. Embora possa ser difícil nos dias atuais contar com muitas pessoas,
podemos ter a convicção, como Jônatas, de que haverá sempre em Cristo Jesus um FIEL
ESCUDEIRO em nosso favor. Ele e somente ele nos garante a certeza da vitória nas
batalhas da vida, sob toda e qualquer circunstância adversa.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO