“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres,
atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos
ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus;
assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.”
(Hebreus 5.12)
O
crescimento é algo normal e intrínseco à natureza. O pai não precisa dizer a
cada dia: “filho, cresça mais um centímetro!”. Não, isso não é necessário. Estando
com saúde, os filhos crescerão a cada dia, quer queiram, quer não. Da mesma
forma, o crescimento espiritual deve ocorrer naturalmente com o passar do tempo
na vida cristã.
Mas,
infelizmente, alguns irmãos não crescem na sua fé, ficando presos no que
podemos chamar de infância espiritual. Existem alguns que, apesar do tempo de
permanência em uma igreja, convivendo com outros irmãos em franco crescimento
cristão, ainda permanecem crianças na fé. E o mais grave: muitos, como crianças
mimadas, estão sempre querendo mais para si mesmos, quando já poderiam estar se
dedicando no serviço ao próximo e na realização de suas próprias necessidades
espirituais.
Essas
“crianças grandes” são bem caracterizadas como aquelas que ficam apáticas ao
conhecimento da Palavra. Normalmente não fazem questão de alcançar maior
sabedoria, que careça um pouco mais de esforço e dedicação para ser apreendida.
Como crianças, gostam de cantar, pular, dançar e se divertir, junto com outras
crianças. Tentam, assim, dar a impressão de um conteúdo mais sólido à sua vida
cristã. Mas, com sua hipocrisia, na maioria das vezes apenas transformam algo
saudável numa atividade desagradável aos olhos de Deus.
Essas
“crianças grandes” nunca crescerão no comportamento e na estatura espiritual. Como
crianças, só querem receber a “graça” que acham ser merecedoras. Por isso,
escolhem igrejas que prometem tudo que venha a satisfazer de imediato,
principalmente sob o ponto de vista material. Para essas “crianças”, o lugar ideal
não é aquele que elas tenham que servir ao Senhor
e ao próximo, mas aquele que lhes prometa maior retorno imediato. Também
como as crianças, ficam facilmente “emburradas”, ao terem contrariadas as suas
expectativas de prazer e reconhecimento.
Assim,
como Ministro da Palavra, tal qual o autor da carta aos hebreus, resta desafiar
a nossa comunidade a buscar cada um a sua maturidade espiritual. Do contrário, teremos
que lidar com uma Igreja que nunca sairá da sua infância espiritual, convivendo
em um mundo muito perigoso, pois jaz no Maligno. Com certeza, um de nossos
maiores desafios hoje é sensibilizar e resgatar os irmãos que ainda são
PRISIONEIROS DA INFÂNCIA ESPIRITUAL.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO