terça-feira, 26 de agosto de 2014

EM NOME DO AMOR

“Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas.”
(Filemon 1.8-10)
               
Há muitas pessoas que se respaldam na sua autoridade (e muitas vezes até abusam dela), quando querem fazer prevalecer os seus interesses. O autoritarismo, assim, passa a ser o caminho mais curto para conseguir aquilo que querem. Em nome de si mesmas, agem como se fossem donas do mundo, sobre o qual pensam ter algum poder.

Na contramão desse modo de agir vemos o exemplo do apóstolo Paulo, que se coloca de forma bastante humilde em relação à autoridade que lhe foi conferida. Na posição em que Deus o colocou poderia ter exigido o que desejava naquele momento e situação. Mas preferiu humildemente pedir, em lugar de exigir.

A característica mais marcante de um presente está exatamente no fato de ser algo dado livremente, sem obrigação por parte de quem dá. Se, ao contrário, o presente for dado por uma obrigação devida, deixa de ser presente, por definição. Quando aquilo que recebemos obedece ao critério de ser fruto de um pedido, as nossas conquistas passam a ter um significado muito mais especial, com toda certeza.

O modelo de liderança utilizado por Paulo é simples. Porém, até por isso mesmo, seja difícil para muitos de nós. Isso é devido à pré-disposição da nossa carne em querer se impor em suas vontades. Por essa razão, o que prevalece na maioria das vezes é o modo autoritário. Ao agir pelo Espírito, Paulo reverte essa situação. Ele faz uma abordagem diplomática, cautelosa e com muito amor em suas palavras.

O que podemos concluir desse belíssimo exemplo? Que existem formas diferentes da autoritária para conseguirmos aquilo que queremos. Porém, apenas uma só dessas formas é investida de valor que excede ao objeto das nossas conquistas. Essa forma não é truculenta e nem autoritária, mas acima de tudo é feita EM NOME DO AMOR.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO