“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho
dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos
escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.”
(Salmo 1.1-2)
Enquanto o primeiro versículo dos
Salmos da Bíblia Sagrada afirma que feliz é quem recusa o mal, sabendo quando deve
dizer “não” – NÃO anda no conselho dos ímpios, NÃO se detém no caminho dos pecadores,
NÃO se assenta na roda dos escarnecedores – a propaganda de uma
conhecida marca de cerveja disse exatamente o contrário em sua campanha
publicitária para esse carnaval: “ESQUECI O NÃO EM CASA”!
Ora, pensando bem, como seria esse ato
de deixar em casa a nossa capacidade de dizer “não”? Seria talvez para que
disséssemos sempre SIM a tudo – drogas, prostituição, álcool, prazer,
violências – propostas mais efusivas nesse período do ano? A campanha foi tão
absurda que gerou revolta pela internet, culminando com a substituição da frase
infeliz.
Não foi por acaso essa reação. O
direito de dizer NÃO pode ser às vezes uma questão de vida ou morte, de bênção
ou maldição! Conhecer o caminho certo na vida evita que tomemos aqueles que
conduzem à miséria e ruína. O equilíbrio da felicidade está em nossa capacidade
de dizer SIM e NÃO. O medo de dizer NÃO desequilibra o processo da felicidade.
Essa combinação balanceada de SIM e
NÃO, entretanto, nem todos conseguem fazer: “Os ímpios não são assim...” (v.4a), é declarado a seguir pelo salmista. Aqueles
que não meditam na Lei do Senhor não conseguem dizer NÃO quando necessário. Sem
a sábia instrução da Palavra de Deus somos levados por apologias falsas que,
afinal, levam ao caminho da infelicidade. Somos mais felizes mantendo sempre conosco
A CAPACIDADE DE DIZER NÃO.
Rev.
JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO