“Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida, porque melhor me é
morrer do que viver. E disse o Senhor: É razoável essa tua ira?”
(Jonas 4.3-4)
Algumas pessoas têm dificuldades
em lidar com a contrariedade. Quando as coisas não saem como elas querem, ficam
muito chateadas e acabam tomando decisões irracionais. Isso normalmente
acontece com quem tem temperamento forte, que muitas vezes não aceitam ver os
seus planos contrariados.
No contexto do versículo citado,
vemos que Jonas não ficou nada satisfeito com a decisão que o Senhor havia tomado em relação aos
assírios, e a sua reação foi de irritação e raiva. Assim, pediu para Deus lhe tirar
vida. Como podemos perceber, foi uma decisão extremada para um problema básico:
não aceitar alternativas que contrariem as suas próprias convicções.
A irritação do profeta é bem clara,
e Deus, em sua misericórdia, se propõe ao diálogo. A principal questão em sua
pergunta em tom amoroso é: existe uma boa razão para sua indignação pela
libertação de Nínive? Sem responder, Jonas sai da cidade, a ver o que vai
acontecer: “Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali
fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria
à cidade” (v.5).
A história de Jonas é um alerta
àqueles que se colocam como donos da verdade, como senhores da situação e não
servos diante de Deus. Sempre que ficarmos irritados por algo não ter saído como
planejamos devemos fazer essa pergunta a nós mesmos: “É razoável essa tua ira?”.
Ser flexível é estar atento à vontade do Senhor.
Um coração duro se torna obstinado, e invariavelmente nos leva a tomar ATITUDES
IRRACIONAIS diante de Deus.
Rev.
JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO