quinta-feira, 23 de abril de 2015

O PERIGO DA INDIFERENÇA

Esposo
Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.
Esposa
Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los?
O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se comoveu por amor dele.
Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos mirra preciosa sobre a maçaneta do ferrolho.
Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor.
(Cântico dos Cânticos 5.2b-6, 8)

Entre quem se ama o relacionamento conjugal pode ser prejudicado por algum tipo de indiferença, mesmo que involuntária. Quando isso ocorre, é preciso agir rápido para reparar o dano causado e evitar um mal maior. Sem perceber – por motivo de cansaço, sono ou mesmo preguiça – podemos deixar de dar a atenção devida à pessoa amada, gerando algum desconforto e até um desgaste maior no relacionamento.

Esse tipo de situação torna-se mais comum com o passar dos anos, na medida em que aumenta a familiaridade entre o casal. É nesse ponto que a união fica passível de perder o seu brilho original: os elogios já não produzem a mesma emoção que antes, cedendo lugar a desculpas cada vez mais constantes.

Esse processo pouco a pouco vai esfriando o relacionamento, podendo levar ao extremo da indiferença mútua. Para evitar isso, o casal precisa identificar as causas e agir rápido na renovação do relacionamento. Falar do amor sincero de um pelo outro pode ser um bom começo, lembrando os bons momentos passados juntos e o compromisso assumido diante do Senhor. Se necessário, não hesitar em buscar ajuda. Nessas horas difíceis um bom aconselhamento pode ser essencial na prevenção contra O PERIGO DA INDIFERENÇA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO