“Apareceu-lhe o Anjo do SENHOR numa chama de fogo, no meio de uma
sarça; Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo e a sarça não se
consumia”.
(Êxodo 3.2 ARA)
Não é sábio, e nem mesmo pudente,
tirar conclusões pessimistas em face de circunstâncias difíceis que possamos eventualmente
estar passando. A vida não pode ser medida apenas por um momento ou período ruim
vivido. Deve, sim, ser considerada em toda a sua trajetória, marcada por todas
as suas lutas e, principalmente, vitórias.
Na passagem acima Moisés estava já
com seus oitenta anos. Com precisão e simetria, a sua vida havia sido dividida por
Deus em períodos de quarenta anos. Cada parte dela foi vivenciada em realidades
completamente distintas das anteriores, como podemos constatar da sua
trajetória no relato bíblico.
Seus primeiros quarenta anos
foram vividos em um palácio. Mesmo nascido como escravo, Moisés foi criado como
filho da realeza, desfrutando de todas as benesses do império egípcio. Ele foi,
por isso, ensinado na mais alta cultura da sua época, tendo tudo do bom e do
melhor ao seu dispor.
Os quarenta anos que se
seguiram, no entanto, foram de exílio, pobreza e coração em pedaços. A decepção
dele com a vida, nesse período, está em sua oração: “Os dias da nossa vida sobem a
setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é
canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos” (Salmos 90.10
ARA).
Numa tarde, porém, algo repentino
acontece, e o cenário da sua vida se torna especial. Em uma sarça comum,
envolta em chamas, Deus fala diretamente com Moisés. Como eleito de Deus, ele
não estava vagando por acaso e sem rumo naquele deserto. Que o Espírito Santo,
pelo Evangelho de Jesus Cristo, possa testemunhar O MOMENTO MAIS ESPECIAL DA
NOSSA VIDA: quando Deus nos chama e fala ao nosso coração, por meio da sua
Palavra.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO