“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que
estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua
vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e
perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos
devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é
o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!”
(Mateus 6.9-13)
A “Oração
do Pai Nosso” é uma das mais difundidas entre seguidores das mais
diversas religiões. Independente de qual seja a crença, lá estará sempre alguém
“rezando” um “Pai Nosso...” Mas qual seria o problema disso? Bom, em
primeiro lugar devemos dizer que esta é uma oração que Jesus ensinou aos seus
discípulos, e tanto Mateus quanto Lucas deixa isso bem claro.
Mateus
coloca a oração no contexto do ensino de Jesus no Sermão do Monte aos seus
discípulos (Mateus 5.1-2). Lucas nos diz que Jesus ensinou essa oração a pedido
de um dos seus discípulos (Lucas 11:1). Fazemos bem em chamar a Oração
do Senhor, porque foi ele mesmo que nos ensinou. Mas essa expressão só
faz sentido para quem reconhece Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e
Salvador da sua vida!
Os
três primeiros pedidos da oração exaltam a soberania de Deus. Isto é, você deve
começar a orar dando a Deus o lugar supremo que merece. Só após pode-se considerar
as necessidades pessoais. Apenas quando se dá a Deus o seu primeiro lugar em
nossas vidas, o restante pode ser considerado no lugar que achamos que merece.
A oração nunca deve ser uma tentativa de forçar a vontade de Deus para os
nossos desejos, mas sim (e sempre) uma tentativa de submeter os nossos desejos
à vontade do Senhor.
Na
segunda parte da oração, que trata de nossas necessidades, há uma unidade muito
bem definida. Primeiro pedir pão. Precisamos
de sustento para só então colocar as necessidades do presente diante do
trono de Deus. Quem é o nosso provedor? O Pai. É Ele que sustenta graciosamente
os seus filhos queridos!
O
segundo pedido é por perdão. Fazendo isso colocamos o nosso passado na
presença de Deus, ou seja, tudo aquilo que foi feito por nós que desagrada ao Senhor. Logo após lembramos a obra de
Jesus, aquele que deu a sua vida para remissão dos nossos pecados.
Finalmente
pedimos ajuda para nos livrar das tentações. Assim colocamos o nosso futuro
nas mãos de Deus. Sem dúvida é o Espírito Santo que nos dá essa sensibilidade, nos
ensina, nos fortalece e nos livra das tentações desse mundo, que jaz no Maligno.
Nesses
três pedidos curtos somos ensinados a colocar o passado, presente e futuro no
contexto da graça de Deus. E ainda que a oração seja dirigida ao Pai, nela está
certamente envolvida a Trindade, com o Filho e o Espírito Santo. Portanto essa
bela oração só tem sentido na boca do verdadeiro filho de Deus, sabedor que
Deus é o PAI NOSSO, MAS NÃO DE TODOS.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO