sexta-feira, 19 de abril de 2013

PAI NOSSO, MAS NÃO DE TODOS


“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!”
(Mateus 6.9-13)

A “Oração do Pai Nosso” é uma das mais difundidas entre seguidores das mais diversas religiões. Independente de qual seja a crença, lá estará sempre alguém “rezando” um “Pai Nosso...” Mas qual seria o problema disso? Bom, em primeiro lugar devemos dizer que esta é uma oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, e tanto Mateus quanto Lucas deixa isso bem claro.

Mateus coloca a oração no contexto do ensino de Jesus no Sermão do Monte aos seus discípulos (Mateus 5.1-2). Lucas nos diz que Jesus ensinou essa oração a pedido de um dos seus discípulos (Lucas 11:1). Fazemos bem em chamar a Oração do Senhor, porque foi ele mesmo que nos ensinou. Mas essa expressão só faz sentido para quem reconhece Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador da sua vida!

Os três primeiros pedidos da oração exaltam a soberania de Deus. Isto é, você deve começar a orar dando a Deus o lugar supremo que merece. Só após pode-se considerar as necessidades pessoais. Apenas quando se dá a Deus o seu primeiro lugar em nossas vidas, o restante pode ser considerado no lugar que achamos que merece. A oração nunca deve ser uma tentativa de forçar a vontade de Deus para os nossos desejos, mas sim (e sempre) uma tentativa de submeter os nossos desejos à vontade do Senhor.

Na segunda parte da oração, que trata de nossas necessidades, há uma unidade muito bem definida.  Primeiro pedir pão. Precisamos de sustento para só então colocar as necessidades do presente diante do trono de Deus. Quem é o nosso provedor? O Pai. É Ele que sustenta graciosamente os seus filhos queridos!

O segundo pedido é por perdão. Fazendo isso colocamos o nosso passado na presença de Deus, ou seja, tudo aquilo que foi feito por nós que desagrada ao Senhor. Logo após lembramos a obra de Jesus, aquele que deu a sua vida para remissão dos nossos pecados.

Finalmente pedimos ajuda para nos livrar das tentações. Assim colocamos o nosso futuro nas mãos de Deus. Sem dúvida é o Espírito Santo que nos dá essa sensibilidade, nos ensina, nos fortalece e nos livra das tentações desse mundo, que jaz no Maligno.

Nesses três pedidos curtos somos ensinados a colocar o passado, presente e futuro no contexto da graça de Deus. E ainda que a oração seja dirigida ao Pai, nela está certamente envolvida a Trindade, com o Filho e o Espírito Santo. Portanto essa bela oração só tem sentido na boca do verdadeiro filho de Deus, sabedor que Deus é o PAI NOSSO, MAS NÃO DE TODOS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO