sexta-feira, 19 de abril de 2013

UM “SE” QUE FAZ TODA A DIFERENÇA


“E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé.”
(1 Coríntios 15.14)

Como pode um aparentemente insignificante “se” ser capaz de mudar todo o contexto da história! Você crê nisso? O crer ou não crer na ressurreição de Jesus, como fato real da história, tem implicações nesta e em nossa outra vida. Não crer na ressurreição torna nulo tudo o que se refere a Cristo e, consequentemente, vã a nossa fé. Mas quando se crê nisso, tem-se diante de si algo que dá sentido à nossa existência, nesta e na outra vida que virá. Discorrendo sobre esse tema, William Barclay destaca alguns pontos importantes que a ressurreição de Jesus comprova.

Primeiro, que a verdade é mais forte do que a mentira. Referindo-se aos seus inimigos, Jesus disse: “Mas agora procurais matar-me, a mim que vos tenho falado à verdade que ouvi de Deus; assim não procedeu Abraão” (João 8.40). Jesus sempre esteve comprometido com a verdade. Seus inimigos queriam a sua morte porque não desejavam abandonar o seu modo de vida centrada no erro e no engano. Eles queriam se livrar da verdade para continuar na mentira desse mundo. Se de fato eles tivessem conseguido se livrar de Jesus, a mentira teria sido mais forte do que a verdade.

Segundo, a ressurreição prova que o bem é mais forte do que o mal. Ainda citando o Evangelho de João: “Vós sois do diabo, que é vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos. Ele foi homicida desde o princípio e jamais se firmou na verdade, porque nele não há verdade. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8.44). Se Jesus de fato não tivesse ressuscitado, o mal teria triunfado, e não poderíamos ter a absoluta certeza de que o bem é mais forte do que o mal.

Terceiro, a ressurreição prova que o amor é mais forte do que o ódio. Jesus é a encarnação do amor de Deus. No desejo de matar Jesus, vemos o conflito entre o amor e o ódio. O Livro dos Cânticos de Salomão afirma que “o amor é forte como a morte” (Cantares 8.6). Se Jesus não ressuscitou, então o ódio venceu o amor. Mas a ressurreição de Jesus é a prova definitiva de que o amor é mais forte do que a morte e o ódio juntos.

Por fim, a ressurreição prova que a vida é mais forte do que a morte. Se Jesus tivesse morrido e não tivesse ressuscitado, estaria claro que a morte o teria destruído cruelmente na cruz. Mas a ressurreição é a prova definitiva de que a vida é mais forte do que a morte. As palavras de Paulo em epígrafe são claras: se a ressurreição de Jesus não aconteceu de fato, o Evangelho seria baseado em uma mentira, e os muitos milhares que morreram acreditando nessa esperança teriam se perdido para sempre, porque não haveria nada após a morte. Portanto, quanto à nossa fé na ressurreição de Jesus Cristo como Senhor e Salvador, estamos diante de UM “SE” QUE FAZ TODA A DIFERENÇA.

Rev. João Figueiredo de Araújo