sexta-feira, 25 de julho de 2014

FIRMES PARA SEMPRE

“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre. O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade”.
(Salmos 125.1-3)

Em meio às grandes lutas da vida, existem pessoas que permanecem firmes, apesar de grandes abalos que venham a acontecer ao seu redor. Nessa passagem bíblica, esse grupo de pessoas é identificado pelo salmista como Os que confiam no Senhor (...)” (v.1), sendo eles justos mediante a justiça de Deus: O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos (...)” (v.3).

Esse salmo de confiança tem por contexto a dominação estrangeira sobre o povo de Deus, levando esses peregrinos, exilados em terra estrangeira (como a todos nós, cristãos, nesse mundo caído), a refletir sobre os perigos do ambiente hostil que os (nos) cerca. Seriam eles e seríamos nós totalmente vulneráveis, não fosse o proteger ininterrupto de Deus, que nos envolve sempre, como uma montanha impenetrável...

Mas então, como devemos proceder quando o inesperado acontece? O Salmo nos dá a resposta: precisamos confiar! Quanto maior for a nossa fé em Deus, maior será a certeza de que ele virá em nosso socorro. Com essa atitude, esses momentos adversos não transcorrerão sob uma espera ansiosa, que por vezes nos privam até de viver. Pelo contrário, mediante a fé nos tornamos produtivos, mesmo em circunstâncias adversas, pois mantemos a nossa esperança na justiça divina!

Como nos ensina a Palavra de Deus: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10.13). Firmados nessa confiança inabalável em Deus, podemos estar certos de que o cetro da impiedade não vai permanecer para sempre sobre os justos. Juntamente com as provações, o Senhor proverá também o livramento, de modo que possamos nos manter FIRMES PARA SEMPRE.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 8 de julho de 2014

A LUTA PESSOAL DOS PASTORES

"Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo"
(Colossenses 2.1-2)

Ser responsável pelo rebanho de Deus não é uma tarefa simples. O compromisso assumido não envolve somente a pregação do Evangelho, mas principalmente todos e cada um dos destinatários dessa mensagem. A indiferença com os irmãos e irmãs não pode nunca ser uma opção ou estilo de vida ministerial. A responsabilidade que tem um pastor o transporta da esfera pessoal para a coletiva, e isso corresponde a um envolvimento contínuo com tudo o que ocorre a sua volta.

Na passagem em destaque, e sem entrar em maiores detalhes, Paulo deixa claro que está envolvido numa intensa batalha pelas igrejas que plantou. Como apóstolo de Jesus, ele já havia enfrentado fome, prisão, espancamentos e naufrágios. Mas nesse texto se refere a outro tipo de luta, aquela que é travada em Espírito. Desse modo deixa claro o peso da responsabilidade que tem, para que os irmãos soubessem que eles eram o seu alvo!

Paulo estava lutando por todos aqueles que não podia ver diretamente. Separado pelas distâncias e as circunstâncias do seu destino, ele não podia estar com todos quantos o Senhor havia colocado sob a sua responsabilidade. Nessa condição, a única coisa que lhe restava fazer era orar pelas suas igrejas (há muitos momentos em nossas vidas em que somente nos resta orar).

Sua luta era em favor daqueles que tinham os olhos em Deus, mas também no seu pastor, como um modelo a ser seguido, e assim foi registrado: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). Mas Paulo era humano, como todos nós. Ele estava preso, esperando julgamento e tendo como provável a sua sentença de morte. Sabia, porém, que o desfecho da sua sorte teria consequências para a Igreja. Sob os seus ombros pesava a responsabilidade de glorificar o nome de Cristo sob toda e qualquer condição. Essa é A LUTA PESSOAL DOS PASTORES, que todos devemos conhecer para respeitar e valorizar.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 3 de julho de 2014

CÚMPLICES NA GRAÇA E NO CASTIGO

“Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.”
(Josué 7.1)

Algumas pessoas pensam, e vivem, como se os seus erros não tenham implicações na vida das outras pessoas do seu convívio. Muitos pensam desse modo porque o mundo desconhece adequadamente a ideia bíblica de cumplicidade. Por esse conceito, entendemos que fomos prejudicados pelo erro de um só homem, Adão, assim como pelos méritos de um só outro, Cristo Jesus, nós recebemos de volta os benefícios da graça de Deus. A esse pensamento doutrinário a teologia denomina de cumplicidade.

A passagem supracitada torna explícito esse princípio, ao estender o pecado de um homem para toda nação de Israel. Embora tenha sido uma única pessoa a cometer aquele pecado, a Palavra de Deus registra que foram os filhos de Israel que prevaricaram. A nação inteira sofreu as consequências do pecado de Acã, como um de seus membros.

Na continuidade do texto vemos como é importante levar a sério esse conceito bíblico. Logo após a extraordinária vitória dada pelo Senhor aos Israelitas em Jericó, vemos Israel derrotado e humilhado por um adversário insignificante. Qual é a única explicação para tamanha derrota? A resposta é que o pecado de uma pessoa inverteu drasticamente a bênção de Deus sobre toda a nação. Simples assim.

Essa mensagem deve servir como um alerta para cada um de nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo. Nossas ações individuais, para o bem e para o mal, têm implicações sobre a vida de toda a Igreja. Portanto, devemos proceder no dia-a-dia como ensina o autor da carta aos Hebreus, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15).

A história apresenta uma evidência convincente de que não existe pecado individual, quando fazemos parte de uma comunidade cristã. Todo pecado é uma ofensa a Deus e ao seu povo, tendo assim consequências que vão muito além do que possamos imaginar. Quando a Igreja está sofrendo reveses, provavelmente há pecado não confessado em seu meio. Se um dos membros sofre repreensão, os demais também ficam sujeitos à ira de Deus. Também conhecido como solidariedade da raça, esse conceito bíblico implica em que os cristãos que vivem em comunidade não devem nunca esquecer de que são CÚMPLICES NA GRAÇA E NO CASTIGO, e sempre vigiem, orando uns pelos outros.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO