"Gostaria,
pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses
e por quantos não me viram face a face; para que o coração deles seja
confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da
forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de
Deus, Cristo"
(Colossenses 2.1-2)
Ser responsável pelo rebanho de Deus não é uma tarefa
simples. O compromisso assumido não envolve somente a pregação do Evangelho,
mas principalmente todos e cada um dos destinatários dessa mensagem. A
indiferença com os irmãos e irmãs não pode nunca ser uma opção ou estilo de
vida ministerial. A responsabilidade que tem um pastor o transporta da esfera
pessoal para a coletiva, e isso corresponde a um envolvimento contínuo com tudo
o que ocorre a sua volta.
Na passagem em destaque, e sem entrar em maiores detalhes,
Paulo deixa claro que está envolvido numa intensa batalha pelas igrejas que
plantou. Como apóstolo de Jesus, ele já havia enfrentado fome, prisão,
espancamentos e naufrágios. Mas nesse texto se refere a outro tipo de luta, aquela
que é travada em Espírito. Desse modo deixa claro o peso da responsabilidade
que tem, para que os irmãos soubessem que eles eram o seu alvo!
Paulo estava lutando por todos aqueles que não podia ver
diretamente. Separado pelas distâncias e as circunstâncias do seu destino, ele não
podia estar com todos quantos o Senhor havia colocado sob a sua
responsabilidade. Nessa condição, a única coisa que lhe restava fazer era orar
pelas suas igrejas (há muitos momentos em nossas vidas em que somente nos resta
orar).
Sua luta era em favor daqueles que tinham os olhos em
Deus, mas também no seu pastor, como um modelo a ser seguido, e assim foi registrado:
“Sede
meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). Mas
Paulo era humano, como todos nós. Ele estava preso, esperando julgamento e
tendo como provável a sua sentença de morte. Sabia, porém, que o desfecho da
sua sorte teria consequências para a Igreja. Sob os seus ombros pesava a
responsabilidade de glorificar o nome de Cristo sob toda e qualquer condição.
Essa é A LUTA PESSOAL DOS PASTORES, que todos devemos conhecer para respeitar e
valorizar.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO