“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno
da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente
por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”
(Efésios
4.1-3)
O crescimento saudável da igreja
exige o esforço de todos os seus membros. O texto mais amplo da passagem acima,
em Efésios 4.1-16, expressa claramente essa necessidade. Encontramos nele os princípios
que norteiam a união, mantêm o funcionamento e fazem crescer o corpo de Cristo.
Nos versículos de 1 a 6, Paulo faz um apelo aos efésios pedindo que zelem pela
integridade daquela igreja, destacando os sete elementos da fé e da vida cristã
que preservam “a unidade do Espírito”. Em sequência, os versículos 7 a 16
detalham os procedimentos para a construção e crescimento da igreja. Nessa
análise, focaremos apenas a primeira parte da passagem.
A tensão gerada pela diversidade
cultural entre judeus e gentios foi o grande desafio da igreja no primeiro século.
E isso não é muito diferente nos dias atuais. As diferenças de mentalidade,
estilo e padrão de comportamento ainda colocam grupos de pessoas em lados
opostos, como naquela época. Nesse cenário de diversidade, o apóstolo Paulo
ensina que, espiritualmente, todos desfrutam de uma mesma posição em relação ao
divino. Para convencê-los, então, ele apela ao mais puro dos sentimentos - o
amor - e os faz pensar na coerência da
sublime vocação dada por Deus a cada um de nós.
Independente do contexto e época,
a igreja sempre enfrentará esse tipo de tensão. Preservar a unidade da igreja é
resultado do esforço de cada um dos seus membros e, por essa razão, deve-se ter
sempre isso em mente como prioridade. A unidade da igreja exige de nós suportarmos
uns aos outros num esforço diligente, ou seja, fazendo isso de forma consciente
e consistente. O valor maior resultante desse trabalho diligente é a união
entre os irmãos, que só em Cristo é possível alcançar. A paz no coração é o que
ao fim conecta a todos nós, como elos de uma corrente, garantindo A UNIDADE DO
CORPO DE CRISTO.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO