“Quem
dera que eles tivessem tal coração, que me temessem e guardassem em todo o
tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus
filhos, para sempre!”
(Deuteronômio 5.29)
A
revelação da vontade de Deus na Bíblia é a chave preciosa para a nossa
felicidade. A manifestação da sua vontade é sempre para o nosso próprio bem. Eis
a razão pela qual devemos ficar atentos à sua Palavra.
Encontramos
no versículo acima uma das mais emocionantes passagens do Livro de
Deuteronômio. Podemos, nesse texto, sentir exatamente aquilo que está no
coração do próprio Deus, expressão clara da sua vontade para o nosso bem. Seu
desejo é que nosso relacionamento com Ele não seja obrigatório quando
diz: "Quem dera que eles tivessem
tal coração, que me temessem e guardassem (...)”; e também que seja contínuo,
"(...) em todo o tempo todos os meus mandamentos (...)”. Finalmente que
possa ser uma benção duradora para todas as gerações, “(...)
para que
bem lhes fosse a eles e a seus filhos, para sempre!”.
Tudo
é muito exato nessa passagem, quanto ao que precisamos para uma vida bem
sucedida. Quando mantemos a obediência fiel à Lei de Deus asseguramos o nosso
bem-estar. Esse estado de espírito abençoado não é algo provisório, mas
permanente e duradouro, trazendo tranquilidade não só individualmente, mas também
para toda a nossa família. Qual, porém, é a dificuldade em cumprir esse ideal? A
chave do desafio está logo ao início do versículo: por meio de uma obediência
voluntária e prosseguindo em obediência continuada.
A
falta de disposição prévia para cumprir a Lei de Deus constitui o verdadeiro pecado
do homem. Deus sabe que, como humanos, somos incapazes de seguir fielmente as
suas ordenanças, mas espera de nós a voluntária vontade para tal. É, portanto,
desse pecado – da deslealdade – que os homens são chamados a se arrepender: “Portanto, eu vos
julgarei, a cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor
Deus. Convertei-vos e desviai-vos de todas as vossas transgressões; e a iniqüidade
não vos servirá de tropeço” (Ezequiel 18.30).
Deus,
em seu infinito e misericordioso amor, oferece ao transgressor da sua Lei, se
arrependido, gracioso perdão, permitindo a continuidade dessa benção quando diz
por meio do apóstolo de Jesus – “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em
nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do
Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para
todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus,
chamar” (Atos 2.38-39).
Ao sermos perdoados recebemos nova vida. O poder do Espírito Santo reestabelece e restaura a nossa
natureza desorganizada pelo pecado. É a partir dessa nova vida que vamos
desfrutar das bênçãos prometidas nessa passagem. Somos vitoriosos não apenas
por nossas práticas religiosas, mas principalmente porque fomos transformados
por Deus. Portanto, precisamos ser humildes, tomar consciência das nossas
limitações e suplicar a sua graça. No mais, é seguir em obediência voluntária
e contínua, sob a força de Cristo, que cancela toda a culpa do passado, criando
uma nova vida que agora tem A CHAVE PARA UMA VIDA VITORIOSA.
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAUJO