quinta-feira, 27 de setembro de 2012

DEUS QUE PERDOA, RESTAURA E ABENÇOA


“As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo. Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros.”
(Joel 2.24-25)

A vida nem sempre é feita só de vitórias; muitas vezes perdemos algumas lutas também. E as nossas vitórias acontecem não por nossos próprios méritos, mas sim porque temos um Deus soberano, que não nos deixa perder. Ao não sermos vencidos nas lutas da vida, assim acontece pela grandeza de nosso Deus, e não por nossa própria grandeza.

O texto de hoje marca o limite entre a derrota e a vitória. As palavras do profeta Joel são a certeza da intervenção de Deus em um tempo de dor e sofrimento. A mensagem trouxe esperança às pessoas que sofreram perdas e muitas provações: uma guerra depois da outra, agressões sistemáticas, inimigos de todos os tipos, cidades continuamente destruídas, saques constantes, calamidades naturais, falta de chuva e ainda pragas de gafanhotos. Esse cenário de destruição, com perdas por todos os lados, tira toda esperança do povo.

Em tempos de crise, no entanto, o importante é pensar que perdemos muito mais do que apenas coisas materiais. No contexto dessa passagem, Israel tinha tido perdas materiais, espirituais e emocionais. O que vemos nesses versículos é reflexo de algo maior: – quando Deus nos fala em restituição há que ser considerado esses três aspectos.

A restituição material é descrita como a renovação da fertilidade do solo e o retorno das chuvas na medida certa: Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia (v. 23). Com isso Ele supre, com fartura, a necessidade de alimentos  do povo: “e, respondendo, lhe disse: Eis que vos envio o cereal, e o vinho, e o óleo, e deles sereis fartos, e vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações” (v. 19).

A restituição espiritual acontece por intermédio da genuína conversão. Assim, o povo recebe o perdão de Deus: Então, o Senhor se mostrou zeloso da sua terra, compadeceu-se do seu povo” (v. 18). Ou seja, fica marcado o reinício de um relacionamento justo e correto com o Senhor, com base no cancelamento de todos os débitos por pecados. Poderiam agora tê-lo como seu único Deus verdadeiro, recebendo os benefícios da sua comunhão plena, como nunca antes experimentado: Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado” (v. 27).

Finalizando o processo, a restituição da paz e da segurança. O Senhor Todo-Poderoso promete devolver a paz e a segurança para o seu povo, intervindo diretamente contra os inimigos de Israel: Mas o exército que vem do Norte, eu o removerei para longe de vós, lançá-lo-ei em uma terra seca e deserta; lançarei a sua vanguarda para o mar oriental, e a sua retaguarda, para o mar ocidental; subirá o seu mau cheiro, e subirá a sua podridão; porque agiu poderosamente” (v. 20). Só o Senhor pode dar paz e segurança ao nosso coração. Portanto, quando pensarmos em restituição, não devemos focar apenas nas coisas materiais, mas sim lembrar que cremos no DEUS QUE PERDOA, RESTAURA E ABENÇOA.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAUJO