segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

DEUS TEM SEMPRE O MELHOR PARA NÓS

“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo.”
(Mateus 1.18)

Passamos boa parte da nossa vida fazendo planos, e muitos aproveitam a virada do ano para fixar seus novos desejos e metas: casar, comprar a casa própria, fazer regime, pagar todas as dívidas, entre outros compromissos, apenas para citar alguns exemplos mais comuns.

Assim como nós, José e Maria também tinham seus planos e metas. Eles sonhavam casar e ser felizes, ter filhos e educá-los na Lei de Deus. Embora o versículo bíblico em destaque não entre em maiores detalhes, o noivado (traduzido por “desposada”) já representava um forte compromisso para o casamento futuro. É exatamente nesse ponto que algo inesperado acontece: Maria fica grávida, e tudo muda drasticamente na vida do jovem casal.

O dilema de José e Maria pode ser vivenciado por nós ainda hoje. Nem sempre as coisas saem da forma que planejamos, e nunca devemos esquecer a possibilidade do inesperado acontecer. É como afirma e nos ensina a sabedoria bíblica – “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Provérbios 16.1).

Devemos saber que é praticamente impossível ao ser humano prever tudo o que pode acontecer na vida, mesmo tendo intimidade com Deus como tinha Maria. A gravidez inesperada foi a pior coisa que poderia acontecer naquele momento em sua vida. Não há dúvida que o casal se amava, mas surgiu uma barreira muito sensível entre eles, que poderia inclusive levar à morte de Maria, segundo a Lei judaica.

A situação assim descrita pode dar a entender que a essência da vida é de uma total insegurança quanto ao futuro. Mas não foi essa a conclusão desse relato, pois Deus sempre está no controle de todas as coisas. O que parecia ser uma desgraça total revelou-se na maior graça de toda a história da humanidade. Maria sabia de suas dificuldades, mas estava feliz. Ela seria a mãe do Messias, o Salvador de todos os povos! Quando as coisas não saem como prevemos, não devemos desanimar, pois DEUS TEM SEMPRE O MELHOR PARA NÓS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

FELICIDADE, ORAÇÃO E GRATIDÃO

“Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.”
(1 Tessalonicenses 5.16-18)

A gratidão deve ser uma característica marcante na vida cristã. Ao contrário do ímpio, que não reconhece nem muito menos agradece o cuidado diário de Deus (como o Paulo deixa claro em Romanos 1.18-21), o verdadeiro cristão está sempre agradecido, haja o que houver, porque tem a convicção de que tudo na vida provém da vontade de Deus.

O apóstolo Paulo ressalta ainda, na sua primeira carta aos Tessalonicenses, entre outros conselhos, que esse necessário reconhecimento diário, a ser experimentado na vida de todo cristão, deve ser baseado o tripé: FELICIDADE, ORAÇÃO E GRATIDÃO.

Todos os demais aconselhamentos do apóstolo dependem desse tripé, havendo ainda uma interdependência entre eles. Ou seja: por ser grato, eu sou feliz; por ser feliz, eu sou grato; e o que possibilita tudo isso é uma vida de oração.

UMA IGREJA FELIZ - Quando vivemos o verdadeiro cristianismo podemos desfrutar todos os benefícios que a alegria da comunhão nos traz. Em uma atmosfera feliz, os irmãos encontram um ambiente ideal para o seu pleno desenvolvimento, tanto físico quanto emocional.

UMA IGREJA QUE ORA – A ligação entre a felicidade e a gratidão é a oração. A saúde emocional de qualquer pessoa depende de sua atitude mental e, muitas vezes, mesmo que involuntariamente, nossas mentes iniciam atividades indesejadas. Esses lapsos nocivos precisam ser neutralizados com o antídoto da oração.

UMA IGREJA EM AÇÃO DE GRAÇAS - Quando entendemos que as circunstâncias (fruto do momento) não devem ser determinantes para a nossa felicidade (fruto do Espírito), encontramos sempre motivos para agradecer.

A nossa maior motivação na vida cristã deve estar centrada na pessoa de Cristo. Quando Jesus passa a ser uma realidade constante em nossas atividades diárias, tudo se transforma em FELICIDADE, ORAÇÃO E GRATIDÃO.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ÁGUA EM TERRA SECA

“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.”
(Salmos 84.5-6)

Nesse mundo estamos expostos a muitos problemas, e essa é uma realidade experimentada por cada um de nós, sem exceção. Assim, por certo a pessoa relatada pelo salmista também enfrentava as mesmas lutas de todos nós. Fica claro que o segredo da felicidade não deve estar baseado nas circunstâncias temporais da vida, mas sim no nível de intimidade que temos permanentemente com Deus.

Para o salmista o vale árido representa os momentos de sofrimento e angústia, que não temos como evitar. O cenário de aridez traduz desesperança diante da perspectiva de improdutividade. No entanto, quem busca sua força no Senhor transforma as circunstâncias de morte em tempo produtivo, de vida em abundância. Quando não há mais esperança nesse mundo é possível esperar de Deus as bênçãos das suas promessas em Cristo Jesus.

Nossa peregrinação nesse mundo muitas vezes passa pelo vale árido da desesperança, gerando muitas lágrimas de tristeza. Esses momentos difíceis são uma boa oportunidade para reforçar a fé daqueles que têm no Senhor a sua força. Quem anda com Deus verá na própria adversidade uma oportunidade de vivenciar a sua fidelidade na própria vida.

Portanto, se realmente confiamos em Deus, e temos seguido os seus preceitos em nossa caminhada, não há o que temer. Em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo seremos capazes de transformar lugares secos em fontes de água viva. Assim, nossas tristezas e sofrimentos se tornarão em alegrias e bênçãos. Quando, pela fé, vemos oportunidades em nossas dificuldades, somos capazes até de encontrar ÁGUA EM TERRA SECA!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ESPERANÇA QUE É A PROMESSA

“A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida.”
(Provérbios 13.12)

Embora sem que possamos perceber, a esperança tem um papel fundamental em nossas vidas. Por isso, não é errado esperar por dias melhores. Isso é bom, saudável e dá ânimo para continuar vivendo e lutando. Na verdade, para termos uma experiência completa com Cristo é preciso vivenciar essa dimensão na vida - a de ter e alimentar esperança no seu retorno. Por essa razão o apóstolo Paulo nos exorta a vivenciar essa experiência iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1.18).

No entanto, quando não estamos em perfeita sintonia com Deus, podemos estar depositando nossa esperança em algo que não vai se realizar. Essa espera que nunca se realiza vai, por certo, adoecer o nosso coração por meio de muitas frustrações. A falta de uma plena intimidade com Deus faz com que sejamos alimentados com falsas esperanças! Muitas pessoas buscam hoje nas igrejas promessas materiais que são vazias, por não ser aquilo que Deus preparou para elas. Essas pessoas, como diz o provérbio, acabarão doentes.

O que se pode concluir disso é muito simples: não devemos negligenciar o elemento valioso da esperança como parte da graça de Deus em nossas vidas. Para muitos, o que ainda lhes resta é a esperança. Contudo, é preciso estar desprovido de falsas ilusões. Só uma vida em plena sintonia com o Evangelho de Cristo Jesus pode se firmar na verdadeira ESPERANÇA QUE É A PROMESSA de Deus!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O DEUS DO IMPOSSÍVEL!

“Então, se virou o Senhor para ele e disse: Vai nessa tua força e livra Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu! Com que livrarei Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.”
(Juízes 6.14-15)

Situando essa citação bíblica no contexto histórico, os midianitas haviam dominado Israel com um poderoso exército, subjugando completamente o povo de Deus. Com a sua terra e o seu gado mantidos sobre domínio estrangeiro, os israelenses nesse momento estavam muito desmoralizados e sem esperança alguma.

Apesar desse contexto de humilhação e desesperança, Gideão continuava o seu trabalho mantendo sua fé no Todo Poderoso. Em meio a essa situação, ele recebe uma visita muito especial, anunciando uma proposta aparentemente absurda: que aquele servo de Deus, um homem desconhecido e pobre, iria por fim ao sofrimento do seu povo.

Num cenário solitário, em meio a uma situação permeada de medos e ansiedades, o Senhor apresenta a Gideão o seu projeto, algo aparentemente impossível de ser realizado apenas com os atributos humanos. Porém, nunca nada que possa parecer estranho aos nossos olhos é impossível aos olhos de Deus.

Quando analisamos a trajetória do povo de Israel, os principais acontecimentos da sua história foram sempre realizados sob a ótica do impossível, e não daquilo que era possível nas circunstâncias vivenciadas. Do mesmo modo, os feitos de Deus continuam dirigindo a nossa vida hoje em dia. Contudo, muitas vezes o nosso orgulho não permite que admitamos isso.

Mas é exatamente quando nos sentimos completamente incapazes diante de um desafio é que somos testados na fé. Precisamos ultrapassar a barreira humana de nossas limitações para trilhar um novo caminho, confiantes na misericórdia de Cristo Jesus. Nessa hora reconhecemos que não podemos confiar em nossas próprias forças, nem na inteligência e muito menos nos recursos disponíveis, que por si só não podem garantir vitória alguma.

Somente assim, quando estamos desprovidos de todos os acessórios e de tudo que julgamos importante aos nossos olhos humanos diante de uma determinada situação, é que podemos experimentar essa rica experiência de depender unicamente do Senhor, O DEUS DO IMPOSSÍVEL!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

domingo, 14 de setembro de 2014

TODAS AS COISAS... TODOS OS DIAS...

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
(Mateus 28.19-20)

Cristo tem sido usado como amuleto de proteção e segurança por vários segmentos e manifestações religiosas diversas. De uma forma ou de outra, apesar de não se considerarem cristãos, um grande número de pessoas têm por certo que podem tirar algum tipo de vantagem própria reconhecendo, para isso, que Jesus tem poder.

Essas pessoas esquecem, no entanto, que antes de Jesus Cristo prometer estar conosco todos os dias, primeiro nos ordenou que guardássemos todas as coisas por ele ensinadas! Infelizmente, muitos querem sua presença todos os dias, mas não querem guardar todas as coisas que ele nos ensinou.

A unidade mística no Corpo de Cristo – a Igreja – vai muito além da informação ou do mero conhecimento da pessoa de Jesus. Ao contrário, quando estudamos com o devido cuidado os Evangelhos, percebemos que os ensinamentos de Cristo nunca tiveram como objetivo ficar limitados apenas aos seus seguidores mais próximos.

Encontramos um bom exemplo dessa afirmação, quando os discípulos querem saber qual seria o tempo da restauração do reino de Israel. Em lugar de responder objetivamente, Jesus passa a dar instruções sobre como eles deveriam se comportar como testemunhas do Reino de Deus: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra” (Atos 1.8). Essa instrução foi para produzir neles o sentimento de obediência aos mandamentos de Deus.

A prática cristã é um ponto muito importante a observar em nossa vida. Tiago nos adverte sobre o perigo de cristãos que se tornam apenas ouvintes, e não praticantes, quando nos diz: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tiago 1.22). Somente aquele que persevera na palavra, completa mais adiante, “(...) será bem-aventurado no que realizar” (v.25). Assim, não esqueçamos que a ordenança de Jesus a ser seguida é: TODAS AS COISAS... ("que vos tenho ordenado") TODOS OS DIAS ("até a consumação do século").

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

NÃO EXISTE VAZIO DE PODER

“Foram, certa vez, as árvores ungir para si um rei e disseram à oliveira: Reina sobre nós. Porém a oliveira lhes respondeu: Deixaria eu o meu óleo, que Deus e os homens em mim prezam, e iria pairar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à figueira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a figueira lhes respondeu: Deixaria eu a minha doçura, o meu bom fruto e iria pairar sobre as árvores? Então, disseram as árvores à videira: Vem tu e reina sobre nós. Porém a videira lhes respondeu: Deixaria eu o meu vinho, que agrada a Deus e aos homens, e iria pairar sobre as árvores? Então, todas as árvores disseram ao espinheiro: Vem tu e reina sobre nós. Respondeu o espinheiro às árvores: Se, deveras, me ungis rei sobre vós, vinde e refugiai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não, saia do espinheiro fogo que consuma os cedros do Líbano.”
(Juízes 9.8-15)

Na grande maioria, todos desejam um bom governo para conduzir os rumos da nossa sociedade, por intermédio do qual venhamos a ter estabilidade e segurança. É bem certo que, ultimamente, em época de eleições, não tem sido uma tarefa das mais fáceis encontrar bons candidatos à liderança política, em todos os níveis. Na falta de boas opções, corremos o risco muito grande de não eleger os melhores representantes.

A passagem bíblica acima bem ilustra essa situação, de forma alegórica, com um conjunto de árvores buscando um bom rei para governar sobre elas, subentendendo essa tão sonhada segurança e estabilidade. Para isso, saem diligentemente à procura do candidato adequado para assumir o cargo.

Nas três primeiras abordagens, os respectivos candidatos convidados consideram suas atuais responsabilidades muito mais relevantes e úteis do que servir como rei. Decepcionadas pela recusa, e na falta de outras opções, aquele conjunto árvores se vê obrigado a convidar um espinheiro, mesmo sendo este naturalmente um incômodo para praticamente todas elas.

E o espinheiro ainda responde, aceitando o convite, em um tom de ameaça: “Se, deveras, me ungis rei sobre vós, vinde e refugiai-vos debaixo de minha sombra; mas, se não, saia do espinheiro fogo que consuma os cedros do Líbano” (v15).

A lição é muito clara: eleger um líder impróprio, simplesmente por falta de opção, pode levar à destruição até mesmo do mais forte segmento da sociedade, no caso “cedros do Líbano”. Portanto, nunca devemos esquecer que NÃO EXISTE VAZIO DE PODER: se os bons não se apresentam, os maus acabam governando em seu lugar, e os resultados disso são imprevisíveis.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 26 de agosto de 2014

EM NOME DO AMOR

“Pois bem, ainda que eu sinta plena liberdade em Cristo para te ordenar o que convém, prefiro, todavia, solicitar em nome do amor, sendo o que sou, Paulo, o velho e, agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim, solicito-te em favor de meu filho Onésimo, que gerei entre algemas.”
(Filemon 1.8-10)
               
Há muitas pessoas que se respaldam na sua autoridade (e muitas vezes até abusam dela), quando querem fazer prevalecer os seus interesses. O autoritarismo, assim, passa a ser o caminho mais curto para conseguir aquilo que querem. Em nome de si mesmas, agem como se fossem donas do mundo, sobre o qual pensam ter algum poder.

Na contramão desse modo de agir vemos o exemplo do apóstolo Paulo, que se coloca de forma bastante humilde em relação à autoridade que lhe foi conferida. Na posição em que Deus o colocou poderia ter exigido o que desejava naquele momento e situação. Mas preferiu humildemente pedir, em lugar de exigir.

A característica mais marcante de um presente está exatamente no fato de ser algo dado livremente, sem obrigação por parte de quem dá. Se, ao contrário, o presente for dado por uma obrigação devida, deixa de ser presente, por definição. Quando aquilo que recebemos obedece ao critério de ser fruto de um pedido, as nossas conquistas passam a ter um significado muito mais especial, com toda certeza.

O modelo de liderança utilizado por Paulo é simples. Porém, até por isso mesmo, seja difícil para muitos de nós. Isso é devido à pré-disposição da nossa carne em querer se impor em suas vontades. Por essa razão, o que prevalece na maioria das vezes é o modo autoritário. Ao agir pelo Espírito, Paulo reverte essa situação. Ele faz uma abordagem diplomática, cautelosa e com muito amor em suas palavras.

O que podemos concluir desse belíssimo exemplo? Que existem formas diferentes da autoritária para conseguirmos aquilo que queremos. Porém, apenas uma só dessas formas é investida de valor que excede ao objeto das nossas conquistas. Essa forma não é truculenta e nem autoritária, mas acima de tudo é feita EM NOME DO AMOR.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

TER PACIÊNCIA COM ESSE MUNDO IMPACIENTE

“Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus;  sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra.”
(Salmo 46.10)
               
O mundo sempre foi um desafio para a paciência humana. Em geral, ninguém gosta de esperar, e isso tem suas consequências. Há muitas pessoas que sofrem porque não sabem esperar. Desde os tempos bíblicos essa inquietação já era um fato, como atesta o versículo em evidência. Certo dessa realidade, o próprio salmista já dá a receita para acalmar corações e mentes, controlando esses impulsos inquietantes que, algumas vezes, podem levar ao desespero: “(...) sabei que eu sou Deus”!

Com esse conhecimento e direção, podemos aplicar essa maravilhosa verdade também nos dias atuais, obtendo calma em tempos de angústia. Em geral, estamos vivendo momentos difíceis! Grandes mudanças estão acontecendo ao mesmo tempo, e isso tem um efeito direto sobre todos nós. Hoje temos contato quase que instantâneo com os problemas de todo o mundo. O efeito disso pode ser devastador em nossas almas, se não estivermos bem ancorados na verdade maior de que tudo está sob o controle de Deus.

Mesmo sem perceber, invariavelmente começamos a desenvolver um sentimento de desagrado contra os governos e o sistema ao qual estamos submetidos, incorporando os problemas que são noticiados na mídia diariamente. Na medida em que essas informações são atualizadas dia após dia, cada vez mais sensível fica essa inquietação interna, e o nosso descontentamento passa a ser perceptível ao próximo.

É claro que a ansiedade gerada em nossos corações nos faz mal e, por isso mesmo, precisamos fazer alguma coisa. Como que contrariando a nossa própria lógica impaciente, ouvimos dizer apenas “aquietai-vos...”! E essa é, na realidade, a única receita eficaz: é preciso saber esperar! Mas claro está que essa não é uma espera qualquer. É um tempo de confiança em nosso Deus Todo-Poderoso, que no tempo certo porá fim a toda injustiça. Assim, o nosso segredo, como povo cristão, é TER PACIÊNCIA COM ESSE MUNDO IMPACIENTE!
               
Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 25 de julho de 2014

FIRMES PARA SEMPRE

“Os que confiam no Senhor são como o monte Sião, que não se abala, firme para sempre. Como em redor de Jerusalém estão os montes, assim o Senhor, em derredor do seu povo, desde agora e para sempre. O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda a mão à iniquidade”.
(Salmos 125.1-3)

Em meio às grandes lutas da vida, existem pessoas que permanecem firmes, apesar de grandes abalos que venham a acontecer ao seu redor. Nessa passagem bíblica, esse grupo de pessoas é identificado pelo salmista como Os que confiam no Senhor (...)” (v.1), sendo eles justos mediante a justiça de Deus: O cetro dos ímpios não permanecerá sobre a sorte dos justos (...)” (v.3).

Esse salmo de confiança tem por contexto a dominação estrangeira sobre o povo de Deus, levando esses peregrinos, exilados em terra estrangeira (como a todos nós, cristãos, nesse mundo caído), a refletir sobre os perigos do ambiente hostil que os (nos) cerca. Seriam eles e seríamos nós totalmente vulneráveis, não fosse o proteger ininterrupto de Deus, que nos envolve sempre, como uma montanha impenetrável...

Mas então, como devemos proceder quando o inesperado acontece? O Salmo nos dá a resposta: precisamos confiar! Quanto maior for a nossa fé em Deus, maior será a certeza de que ele virá em nosso socorro. Com essa atitude, esses momentos adversos não transcorrerão sob uma espera ansiosa, que por vezes nos privam até de viver. Pelo contrário, mediante a fé nos tornamos produtivos, mesmo em circunstâncias adversas, pois mantemos a nossa esperança na justiça divina!

Como nos ensina a Palavra de Deus: “Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10.13). Firmados nessa confiança inabalável em Deus, podemos estar certos de que o cetro da impiedade não vai permanecer para sempre sobre os justos. Juntamente com as provações, o Senhor proverá também o livramento, de modo que possamos nos manter FIRMES PARA SEMPRE.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 8 de julho de 2014

A LUTA PESSOAL DOS PASTORES

"Gostaria, pois, que soubésseis quão grande luta venho mantendo por vós, pelos laodicenses e por quantos não me viram face a face; para que o coração deles seja confortado e vinculado juntamente em amor, e eles tenham toda a riqueza da forte convicção do entendimento, para compreenderem plenamente o mistério de Deus, Cristo"
(Colossenses 2.1-2)

Ser responsável pelo rebanho de Deus não é uma tarefa simples. O compromisso assumido não envolve somente a pregação do Evangelho, mas principalmente todos e cada um dos destinatários dessa mensagem. A indiferença com os irmãos e irmãs não pode nunca ser uma opção ou estilo de vida ministerial. A responsabilidade que tem um pastor o transporta da esfera pessoal para a coletiva, e isso corresponde a um envolvimento contínuo com tudo o que ocorre a sua volta.

Na passagem em destaque, e sem entrar em maiores detalhes, Paulo deixa claro que está envolvido numa intensa batalha pelas igrejas que plantou. Como apóstolo de Jesus, ele já havia enfrentado fome, prisão, espancamentos e naufrágios. Mas nesse texto se refere a outro tipo de luta, aquela que é travada em Espírito. Desse modo deixa claro o peso da responsabilidade que tem, para que os irmãos soubessem que eles eram o seu alvo!

Paulo estava lutando por todos aqueles que não podia ver diretamente. Separado pelas distâncias e as circunstâncias do seu destino, ele não podia estar com todos quantos o Senhor havia colocado sob a sua responsabilidade. Nessa condição, a única coisa que lhe restava fazer era orar pelas suas igrejas (há muitos momentos em nossas vidas em que somente nos resta orar).

Sua luta era em favor daqueles que tinham os olhos em Deus, mas também no seu pastor, como um modelo a ser seguido, e assim foi registrado: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). Mas Paulo era humano, como todos nós. Ele estava preso, esperando julgamento e tendo como provável a sua sentença de morte. Sabia, porém, que o desfecho da sua sorte teria consequências para a Igreja. Sob os seus ombros pesava a responsabilidade de glorificar o nome de Cristo sob toda e qualquer condição. Essa é A LUTA PESSOAL DOS PASTORES, que todos devemos conhecer para respeitar e valorizar.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 3 de julho de 2014

CÚMPLICES NA GRAÇA E NO CASTIGO

“Prevaricaram os filhos de Israel nas coisas condenadas; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zera, da tribo de Judá, tomou das coisas condenadas. A ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.”
(Josué 7.1)

Algumas pessoas pensam, e vivem, como se os seus erros não tenham implicações na vida das outras pessoas do seu convívio. Muitos pensam desse modo porque o mundo desconhece adequadamente a ideia bíblica de cumplicidade. Por esse conceito, entendemos que fomos prejudicados pelo erro de um só homem, Adão, assim como pelos méritos de um só outro, Cristo Jesus, nós recebemos de volta os benefícios da graça de Deus. A esse pensamento doutrinário a teologia denomina de cumplicidade.

A passagem supracitada torna explícito esse princípio, ao estender o pecado de um homem para toda nação de Israel. Embora tenha sido uma única pessoa a cometer aquele pecado, a Palavra de Deus registra que foram os filhos de Israel que prevaricaram. A nação inteira sofreu as consequências do pecado de Acã, como um de seus membros.

Na continuidade do texto vemos como é importante levar a sério esse conceito bíblico. Logo após a extraordinária vitória dada pelo Senhor aos Israelitas em Jericó, vemos Israel derrotado e humilhado por um adversário insignificante. Qual é a única explicação para tamanha derrota? A resposta é que o pecado de uma pessoa inverteu drasticamente a bênção de Deus sobre toda a nação. Simples assim.

Essa mensagem deve servir como um alerta para cada um de nós, que fazemos parte do Corpo de Cristo. Nossas ações individuais, para o bem e para o mal, têm implicações sobre a vida de toda a Igreja. Portanto, devemos proceder no dia-a-dia como ensina o autor da carta aos Hebreus, atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15).

A história apresenta uma evidência convincente de que não existe pecado individual, quando fazemos parte de uma comunidade cristã. Todo pecado é uma ofensa a Deus e ao seu povo, tendo assim consequências que vão muito além do que possamos imaginar. Quando a Igreja está sofrendo reveses, provavelmente há pecado não confessado em seu meio. Se um dos membros sofre repreensão, os demais também ficam sujeitos à ira de Deus. Também conhecido como solidariedade da raça, esse conceito bíblico implica em que os cristãos que vivem em comunidade não devem nunca esquecer de que são CÚMPLICES NA GRAÇA E NO CASTIGO, e sempre vigiem, orando uns pelos outros.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 11 de junho de 2014

UMA IGREJA DE DISCÍPULOS

“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
(Mateus 28.18-20)


Na vida em sociedade as pessoas podem se agrupar de várias maneiras, tais como associações, agremiações, filiação a partidos políticos, entre outras, e em igrejas, como é comum para um grupo de crentes. No entanto, para fazer parte da Igreja do Senhor Jesus é preciso assumir compromissos que vão além do exigido nas designações anteriores, é preciso ser um discípulo de Cristo. Quando não se entende desse modo, temos uma Igreja de adeptos do cristianismo, mas de pouco comprometimento com o Reino de Deus.

Um discípulo significa muito mais do que ser simplesmente crente. Enquanto esse pode traduzir uma atitude pessoal pela fé, talvez decorrente de atividade puramente intelectual, ser discípulo traduz aquele que aprende de Jesus, buscando ser cada vez mais parecido com o Mestre. Além disso, submetido ao poder transformador do Espírito Santo em suas vidas, comprometem-se em fazer novos discípulos, obedecendo a Palavra de Deus!

A tarefa de pregar o Evangelho tem como meta todas as nações do Mundo. Nenhuma outra tarefa é tão nobre e tão importante como essa.  Para vencer os desafios dessa grande missão Jesus nos dá o seu poder em garantia. Ele deixa bem claro nossa missão, prometendo estar conosco todos os dias até o fim dos tempos.

Infelizmente muitos vivem na Igreja como crentes, sem serem discípulos de Cristo. Um discípulo não nasce pronto, ele é fruto de uma determinação missionária: “(...) fazei discípulos de todas as nações (...)”. Uma vez formado, ele se sente na obrigação de fazer outros discípulos. Somente com essa mentalidade é que a Igreja do Senhor Jesus deixa de ser composta apenas por um grupo de crentes, passando a ser UMA IGREJA DE DISCÍPULOS!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 22 de maio de 2014

E VOCÊS, IRMÃOS, QUEM PENSAM QUE É JESUS?

“Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe, perguntou a seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias;  e outros: Jeremias ou algum dos profetas. Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
(Mateus 16.13-15)

A quantidade de informações que temos sobre Jesus hoje é impressionante! Pode ser, porém, que se aprenda muito sobre ele, mas ainda assim não ser cristão. O cristianismo, muito mais do que apenas saber a respeito de Jesus, significa conhecer a sua pessoa, ter uma experiência pessoal com ele. Tudo o que se pensa sobre Jesus deve ser decidido individualmente, no interior do coreção. Então, é preciso que cada um tome a sua própria decisão, revelendo o que pensa sinceramente acerca de Cristo.

Por certo, essa decisão individual não pode invalidar todo o conhecimento que tem sido trazido até hoje através dos séculos. Embora existam algumas pessoas que, procurando inovar em suas ideias, desvirtuam os ensinos de Cristo, há também um grande número de teólogos e gente séria que têm se esforçado para manter claro o ensino das Escrituras. No entanto, pouca utilidade terá esse conhecimento se cada um de nós hoje, pessoalmente, não tiver a sua experiência pessoal e conhecer o caráter de Jesus.
               
No contexto em foco, Jesus entendeu que chegara o momento dos seus discípulos tomarem uma decisão pessoal, mediante confissão pública. O ponto de partida foi não apenas saber o que os outros pensavam a seu respeito, mas o que eles mesmos pensavam a respeito de Cristo!

Portanto Simão Pedro, possivelmente o porta-voz do grupo, tomou a palavra, dizendo: “Tu és o Cristo (...)”, que significa o Messias, o Ungido, aquele que foi profetizado no Antigo Testamento. E mais, “(...) o Filho do Deus vivo”!  Assim como respondeu o apóstolo Pedro, todos nós, individualmente, também temos que responder hoje a mesma pergunta feita naquela oportunidade: E VOCÊS, IRMÃOS, QUEM PENSAM QUE É JESUS?

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sábado, 3 de maio de 2014

VIVER SEM VER O COLORIDO DA VIDA

“Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo.”
(Provérbios 15.15)

Esse provérbio contrasta o estado de espírito de pessoas felizes, com o daquelas que são infelizes. Quem já conviveu com uma pessoa depressiva sabe como são difíceis os seus dias. Sem alegria no coração é impossível enxergar a beleza ao seu redor, o banquete contínuo de Deus em nossa vida. Infelizmente, nem todos entendem a depressão, o que só piora a situação dos que convivem com ela. Em lugar de ajudar em conforto, oração e oferecimento do ombro amigo, na maioria das vezes o que prevalece na relação são as críticas, que aumentam ainda mais a dor de almas de antemão fragilizadas.

Quem convive com essas pessoas precisa entender que o aflito não consegue enxergar o lado colorido da vida, um manancial de felicidade possível. Não importam as circunstâncias em que se encontram, elas vão sempre reclamar de alguma coisa. Seus lamentos estarão presentes em cada comentário de cada conversa. Não é tarefa fácil conviver nessa situação, pois o pessimismo de um acaba contagiando todo o ambiente, removendo rapidamente qualquer manifestação potencial de alegria.

Mudar essa condição é mais uma questão de atitude do que de vontade. O certo é que não podemos decidir o que vai acontecer, mas podemos decidir que atitude tomar em cada situação. Um bom exercício para o depressivo é procurar encher a mente com bons pensamentos, como ensina o apóstolo Paulo: Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses 4.8). Em grande parte, uma mente saudável depende daquilo que por ela é armazenado.

Assim, cabe orientar pessoas depressivas no entendimento de que a alegria da vida não depende do que se tem, ou do que está acontecendo em sua volta, mas da graça de Deus no seu coração! Recorrer a esses fatores externos favoráveis como argumento de que tudo está bem, e que não há motivos para tristeza, normalmente não ajuda a melhorar a situação. Em geral, a depressão não permite enxergar a beleza ao derredor, submetendo a um VIVER SEM VER O COLORIDO DA VIDA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 17 de abril de 2014

BUSCANDO JESUS DE MODO ERRADO

“Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia (...)”.
(Lucas 24.5-6)

O texto de hoje refere-se a pessoas que realmente amavam sinceramente a Cristo, mas o procuravam em contexto equivocado. Sobre o Jesus verdadeiro a morte não teve poder! A pergunta feita pelos anjos revela o erro teológico daquela busca insensata: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia (...)”.

Reconhecemos que existem hoje muitas pessoas que amam o Senhor Jesus, e fariam qualquer coisa para demonstrar o seu amor por ele. No entanto, encontrá-lo de verdade é uma realidade que pode estar mais além do nosso esforço pessoal. Muitas pessoas imaginam ter encontrado o verdadeiro Jesus, mas de fato podem ter sido frustradas em suas buscas.

Sem dúvida, os anjos fazem, assim, uma boa pergunta, e não só para as mulheres que então buscavam o corpo de Jesus, pois Pedro e João também foram até o túmulo. O mais interessante é o fato de que essa pergunta ainda serve para cada um de nós atualmente! Temos buscado o Deus vivo, ou outro ser sobre quem a destruição tem poder? Temos procurado Cristo entre os vivos, ou entre mortos na cruz? Em suas crenças, muitos imaginam já ter encontrado a Cristo, mas na verdade encontraram qualquer outra coisa, que nada tem a ver com Jesus de Nazaré, o Filho de Deus ressurreto.

Sem negar o amor que sentiam por Jesus, e a honestidade em seus corações, aquelas pessoas estavam buscando um Jesus morto, mas não ao Deus Vivo! Da mesma forma, sem negar a sinceridade nos seus propósitos, essa pergunta ainda é perfeitamente válida para a Igreja dos dias atuais. Muitos acreditam, equivocadamente, que a obra redentora de Jesus se completou na cruz do calvário.

Considerando a importância ímpar de cada uma das fases da vida de Jesus, do nascimento até o momento da sua morte na cruz, nunca devemos esquecer de que ele ressucitou, subiu ao Céu e está a destra do Pai! O entendimento integral da obra de Cristo é a única forma que temos de corrigir o erro teológico daqueles que estão BUSCANDO JESUS DE MODO ERRADO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 3 de abril de 2014

AJUSTE DE CONTAS COM DEUS

“Alegra-te, jovem, na tua juventude, e recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade; anda pelos caminhos que satisfazem ao teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas Deus te pedirá contas.”
(Eclesiastes 11.9)

Cada um de nós, por certo, conhece inúmeros casos de pessoas que sofrem na vida, porque fizeram escolhas erradas quando ainda jovem. Mas o curioso é que, na maioria das vezes, essas constatações não são suficientes para impedir que se cometam novamente os mesmos erros, principalmente na juventude. O certo, porém, é que ter uma fase adulta tranquila depende, em grande parte, das decisões que tomamos no início da vida.

A juventude pode se tornar vazia, e até perigosa, se não for vivenciada de modo adequado. Na ânsia de viver intensamente essa fase, muitos jovens tomam decisões que irão marcar negativamente suas vidas para sempre. Ainda hoje, como no caso do filho pródigo (parábola proposta por Jesus em Lucas 15.11-32), muitos jovens optam por ter uma vida aparentemente melhor longe do olhar dos pais, mas as consequências são invariavelmente desastrosas.

É normal a tendência da juventude em decidir pelo que julga mais importante no momento, principalmente quando traz satisfação imediata. No entanto, com o decorrer dos anos, percebe-se que aquilo que parecia mais importante, na verdade não era tão importante assim. Para a grande maioria, porém, essa constatação chega quando já é tarde demais. Há um tempo em que não dá mais para mudar a história, uma vida construída com base em decisões equivocadas no passado.

Com plena consciência de tais consequências, o autor do Livro de Eclesiastes alerta aos mais jovens em relação a esse perigo. Sua intenção é clara: mostrar que, se vamos um dia prestar contas de nossas decisões, por que não decidir hoje por algo que não venhamos a nos arrepender? Sendo positivo ou negativo o saldo das decisões na vida, todos nós um dia teremos, individualmente, o nosso AJUSTE DE CONTAS COM DEUS!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 14 de março de 2014

BATALHAS SOLITÁRIAS DA VIDA

“Respondeu Davi a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei.”
(1 Samuel 17.34-35)

Normalmente temos uma visão negativa das lutas que passamos na vida, principalmente aquelas sem testemunhas, ou seja, as que travamos na solidão do “deserto”. No entanto, são essas lutas solitárias da nossa história que melhor nos preparam para as conquistas públicas que teremos adiante.

O texto bíblico em destaque nos chama atenção para esse aspecto da vida. Davi, ao decidir enfrentar o desafio de lutar contra o gigante Golias, em um combate público, primeiramente convenceu o rei Saul de que seria capaz de tamanha proeza, baseando seu argumento nas lutas pessoais que já havia travado e vencido solitariamente.

Ele já havia sido vitorioso antes em dois combates de vida ou morte: um contra um leão, e outro contra um urso que ameaçavam suas ovelhas. Em ambos os casos ele não fugiu das feras, mesmo sem haver nenhum publico presente. Nesses combates solitários havia apenas Davi, o adversário e, com toda certeza, Deus, materializado na sua fé e confiança inabaláveis.

No argumento de Davi encontramos um importante princípio a ser considerado. Antes de enfrentar a sua luta decisiva, perante dois exércitos que aguardavam um desfecho favorável, ele já havia vencido batalhas significativas em completa solidão. Em síntese, o desafio proposto para vir a público não era nenhuma novidade na sua vida, pois ele já havia sido vitorioso em outros tão difíceis como esse, ocorridos na mais completa solidão de um pastor de ovelhas.

Enfim, as lutas enfrentadas (e vencidas) nos momentos de solidão da vida são como um treinamento para as vitórias que teremos nos desafios públicos. O temor do fracasso em batalhas da vida privada traduz uma dificuldade em travar os combates em público. Normalmente os vitoriosos publicamente na vida são aqueles que, anteriormente, venceram suas próprias BATALHAS SOLITÁRIAS DA VIDA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

DOCE E AMARGO

“Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo!”
(Isaías 5.20)

Podemos perceber hoje, em nossa sociedade pós-moderna, uma tentativa deliberada de confundir a cabeça das pessoas, principalmente por parte de alguns meios de comunicação de massa. Um bom exemplo dessa tendência aconteceu recentemente na telenovela “Amor a Vida”, da dramaturgia produzida pela Rede Globo de televisão.

No contexto que estamos abordando, o personagem Félix da novela deve ser visto como uma pessoa boa ou má? Afinal de contas, como pode alguém que na maior parte da trama maquina o mal, inclusive lançando uma criança recém-nascida no lixo, acabar como referência a ser imitada? Mas, infelizmente, essa foi a mensagem subliminar passada.

A tentativa de substituir os padrões instituídos por Deus, por valores de uma geração sem Deus, vem se tornando cada vez mais uma constante nos dias de hoje. De acordo com o texto bíblico em destaque, essa inversão de valores - somada à ganância, hedonismo, rebelião, imoralidade e injustiça que permeiam a mídia atualmente - compõe o quadro de coisas abomináveis segundo a Bíblia, conforme preconizam os “Ais”, de Isaías 5.8-23.

Essa indefinição de valores, produzida por uma sociedade sem Deus, confunde as pessoas, invertendo os padrões da tradição judaico-cristã. Ao construir mentes cauterizadas pela massificação dessas informações equivocadas, o pecado acaba tornando-se uma forma aceitável de vida.

No texto em destaque, o profeta mostra que esse problema pode afetar tanto a moralidade pública (“luz e trevas”, que são questões comuns a todos) como a moralidade privada (“amargo e doce”, que são nuances inerentes ao gosto pessoal).

Sem ter seus valores bem definidos, a própria sociedade se torna vítima de suas escolhas e práticas equivocadas. O padrão de família é alterado, assim como do casamento, da criação de filhos e assim por diante.

Ao final, todos acabam pagando um alto preço por isso. A responsabilidade maior, porém, será daqueles influenciados por essa cosmovisão distorcida: “Ai dos que...”, como decreta o profeta Isaías! Acompanhando os telejornais percebemos como as consequências de tudo isso são alarmantes, fruto de uma sociedade que não sabe mais distinguir entre DOCE E AMARGO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

PRISIONEIROS DA INFÂNCIA ESPIRITUAL

“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido.”
(Hebreus 5.12)

O crescimento é algo normal e intrínseco à natureza. O pai não precisa dizer a cada dia: “filho, cresça mais um centímetro!”. Não, isso não é necessário. Estando com saúde, os filhos crescerão a cada dia, quer queiram, quer não. Da mesma forma, o crescimento espiritual deve ocorrer naturalmente com o passar do tempo na vida cristã.

Mas, infelizmente, alguns irmãos não crescem na sua fé, ficando presos no que podemos chamar de infância espiritual. Existem alguns que, apesar do tempo de permanência em uma igreja, convivendo com outros irmãos em franco crescimento cristão, ainda permanecem crianças na fé. E o mais grave: muitos, como crianças mimadas, estão sempre querendo mais para si mesmos, quando já poderiam estar se dedicando no serviço ao próximo e na realização de suas próprias necessidades espirituais.

Essas “crianças grandes” são bem caracterizadas como aquelas que ficam apáticas ao conhecimento da Palavra. Normalmente não fazem questão de alcançar maior sabedoria, que careça um pouco mais de esforço e dedicação para ser apreendida. Como crianças, gostam de cantar, pular, dançar e se divertir, junto com outras crianças. Tentam, assim, dar a impressão de um conteúdo mais sólido à sua vida cristã. Mas, com sua hipocrisia, na maioria das vezes apenas transformam algo saudável numa atividade desagradável aos olhos de Deus.

Essas “crianças grandes” nunca crescerão no comportamento e na estatura espiritual. Como crianças, só querem receber a “graça” que acham ser merecedoras. Por isso, escolhem igrejas que prometem tudo que venha a satisfazer de imediato, principalmente sob o ponto de vista material. Para essas “crianças”, o lugar ideal não é aquele que elas tenham que servir ao Senhor e ao próximo, mas aquele que lhes prometa maior retorno imediato. Também como as crianças, ficam facilmente “emburradas”, ao terem contrariadas as suas expectativas de prazer e reconhecimento.

Assim, como Ministro da Palavra, tal qual o autor da carta aos hebreus, resta desafiar a nossa comunidade a buscar cada um a sua maturidade espiritual. Do contrário, teremos que lidar com uma Igreja que nunca sairá da sua infância espiritual, convivendo em um mundo muito perigoso, pois jaz no Maligno. Com certeza, um de nossos maiores desafios hoje é sensibilizar e resgatar os irmãos que ainda são PRISIONEIROS DA INFÂNCIA ESPIRITUAL.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

VALE DA SOMBRA DA MORTE

“Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.”
(Salmos 23.4)

Vivemos hoje uma sensação de insegurança geral, provocada por assaltos, assassinatos e ainda agora manifestações descontroladas de baderneiros, onde o quebra-quebra com violência desferida contra os espaços públicos e privados vem tomando conta da população. Há em nossos corações a nítida impressão de que não existe mais um lugar seguro para ficar.

Andar pelo “vale da sombra da morte” já não é mais uma realidade distante, mas pode significar a simples experiência de estar na rua, num banco, num shopping ou em qualquer outro lugar do dia-a-dia. Os espaços que antes eram considerados seguros tornaram-se vulneráveis no contexto da conturbação social em que vivemos.

Mas, afinal, o que poderia nos dar segurança psicológica diante dessa realidade, onde a possibilidade do perigo é real, como expressado pelo salmista em “Ainda que eu ande (...)”? Ou seja, aonde buscar segurança, ainda que tenhamos que passar por tais situações hoje, quando podemos ter a falsa sensação de que coisas ruins só acontecem com os outros? Essa resposta é obvia para o cristão: só em Deus temos total segurança!

A segurança em que o salmista descansa não está amparada na possibilidade de que as coisas venham a melhorar, e muito menos na ideia de que podemos viver sem complicações ou dificuldades que nos alcancem. A sua segurança está na certeza inabalável de que o Senhor é o seu Grande Pastor, e assim cuidará dele em toda e qualquer situação.

Essa Palavra soa como um consolo para o crente, em sua experiência com o cuidado do Grande Pastor, o Redentor e Preservador de todas as coisas. Não fomos deixados à própria sorte no imenso universo em que vivemos. Deus sempre cuida sempre dos seus. Aleluia!

O mundo caído nunca poderá nos dar os “pastos verdejantes" nem "as águas de descanso" (v.2) de que a nossa alma carece. Com pastos quase secos e águas que não saciam a sede, esse mundo segue o seu caminho de violência. Para alcançar a paz, é necessário seguir o Supremo Pastor, pois só ele nos conduz nessa condição. Os que assim fazem estarão seguros, mesmo quando tiverem que passar por algum VALE DA SOMBRA DA MORTE.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO