terça-feira, 24 de novembro de 2015

A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO

“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”
 (Efésios 4.1-3)

O crescimento saudável da igreja exige o esforço de todos os seus membros. O texto mais amplo da passagem acima, em Efésios 4.1-16, expressa claramente essa necessidade. Encontramos nele os princípios que norteiam a união, mantêm o funcionamento e fazem crescer o corpo de Cristo. Nos versículos de 1 a 6, Paulo faz um apelo aos efésios pedindo que zelem pela integridade daquela igreja, destacando os sete elementos da fé e da vida cristã que preservam “a unidade do Espírito”. Em sequência, os versículos 7 a 16 detalham os procedimentos para a construção e crescimento da igreja. Nessa análise, focaremos apenas a primeira parte da passagem.

A tensão gerada pela diversidade cultural entre judeus e gentios foi o grande desafio da igreja no primeiro século. E isso não é muito diferente nos dias atuais. As diferenças de mentalidade, estilo e padrão de comportamento ainda colocam grupos de pessoas em lados opostos, como naquela época. Nesse cenário de diversidade, o apóstolo Paulo ensina que, espiritualmente, todos desfrutam de uma mesma posição em relação ao divino. Para convencê-los, então, ele apela ao mais puro dos sentimentos - o amor -  e os faz pensar na coerência da sublime vocação dada por Deus a cada um de nós.

Independente do contexto e época, a igreja sempre enfrentará esse tipo de tensão. Preservar a unidade da igreja é resultado do esforço de cada um dos seus membros e, por essa razão, deve-se ter sempre isso em mente como prioridade. A unidade da igreja exige de nós suportarmos uns aos outros num esforço diligente, ou seja, fazendo isso de forma consciente e consistente. O valor maior resultante desse trabalho diligente é a união entre os irmãos, que só em Cristo é possível alcançar. A paz no coração é o que ao fim conecta a todos nós, como elos de uma corrente, garantindo A UNIDADE DO CORPO DE CRISTO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A FONTE DE TODO O BEM

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão que penosamente granjeastes; aos seus amados ele o dá enquanto dormem”.
(Salmo 127.1-2)

A dinâmica da vida envolve questões importantes do cotidiano como a família, o lugar onde moramos e o nosso trabalho. Em tudo, porém, precisamos da ajuda do Senhor, pois sem Cristo todos os nossos esforços serão inúteis na busca pelo sucesso.

Este Salmo destaca a teologia da esperança em Deus, onde todo esforço humano só encontra sentido se o Senhor fizer parte dos seus projetos. Toda inspiração pessoal e comunitária será inútil sem a boa mão do Pai. Apenas frustração será o fruto colhido por aqueles que, mesmo bem-intencionados, não têm em Deus o seu projeto de vida.

Por outro lado, se antes buscarmos o Pai, obtemos confiança e segurança, elementos fundamentais para uma vida plena e feliz. Isso não significa prescindir de esforço para nossas conquistas, pois a preguiça não é uma virtude cristã. Quer dizer apenas que seremos livres das preocupações excessivas com os resultados.

A mensagem clara do Salmo é: não importa se as pessoas se levantam cedo e trabalham até tarde da noite, não é isso que garante o sucesso. Todo êxito vem de Deus, que dará o sono repousante e o bom descanso àqueles que respondem positivamente à sua vontade. Somente o nosso Pai Todo Poderoso é A FONTE DE TODO O BEM.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A OPORTUNIDADE DE VIDA

“Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.
(Lucas 13.1-4)

O termo “oportunidade” está relacionado à expressão ob portus, que quer dizer “para o porto”, originalmente um termo utilizado no âmbito da navegação, significando a possibilidade de uma embarcação chegar a determinado porto. Na vida alguns acontecimentos têm potencial para melhorar o estado das coisas, bastando apenas que esses momentos sejam identificados como tal e, assim, aproveitados adequadamente.

O texto em questão mostra algumas pessoas expondo a Jesus uma das tragédias que haviam acontecido recentemente. Coisas horríveis tinham sucedido aos galileus. Primeiramente, o governador romano Pilatos havia matado alguns e misturado o sangue deles ao de seus sacrifícios. Depois, uma torre cai e mata dezoito de uma única vez. Será que a causa desses males foi por merecimento de suas vítimas?

A resposta de Jesus é um enfático “Não”! Aqueles galileus não haviam sido selecionados para uma punição especial. Eles não eram mais culpados do que quaisquer outros, como inclusive nós nos dias de hoje. Os eventos sucedidos, segundo o Mestre, deviam ser entendidos como um aviso de que todos iremos morrer um dia. A questão, assim, se resume a como aproveitamos as boas oportunidades oferecidas por Deus ao longo dessa vida.

Ao contar a seguir a parábola da figueira estéril – vv. 6-9 de Lucas 13 – Jesus ilustra bem essa situação. Uma figueira havia sido plantada em um lugar especial, no meio da vinha. Apesar de sua situação privilegiada, não produzia os frutos esperados. Pela misericórdia do seu dono, mais um tempo lhe foi dado antes de ser cortada. Se depois disso não reagisse, seria removida para dar lugar a outra que não desprezasse A OPORTUNIDADE DE VIDA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

AS ARMADILHAS DO PECADO

“Então, ela o pegou pelas vestes e lhe disse: Deita-te comigo; ele, porém, deixando as vestes nas mãos dela, saiu, fugindo para fora.”
(Gênesis 39.12)

Quando avaliamos mais detidamente os nossos jovens de hoje, percebemos o incrível potencial que invariavelmente todos possuem. À princípio, eles têm tudo para ser bem-sucedidos na vida. Porém, há algo que precisam desde logo aprender: a renunciar as coisas pequenas e fáceis de obter, para ganhar aquelas que de fato valem a pena. A fase da juventude é a que apresenta os maiores prazeres na vida, mas certamente também os maiores perigos. Assim, para ter sucesso é preciso aprender inicialmente algumas coisas, em especial que devemos depositar nossa esperança somente em Deus, que nos reserva sempre o melhor nessa vida.

Há uma grande possibilidade de sermos tentados a trocar o melhor de Deus pelo que é apenas bom nesse mundo. Os planos de Deus para José eram que ele se tornasse governador do Egito, mas não faltou em seu caminho a persuasão desse mundo. O texto nos informa que em certa ocasião a mulher de Potifar, seu senhor, sugere que ele fosse seu amante. José poderia ter simplesmente aceitado, vivendo na mediocridade do pecado. Mas havia algo muito melhor para ele.

A confiança de José em Deus fez com que tomasse uma decisão radical em face da tentação: fugir, pois sabia que não haveria uma maneira fácil de sair daquela situação. Escolheu o caminho que o levou à prisão, sendo fiel a Deus, em lugar do caminho fácil que o levava ao pecado. Assim como José, precisamos renunciar às coisas pequenas e fáceis da vida, para conquistar as realmente grandes, embora por caminhos mais difíceis. Sozinhos, porém, não conseguimos ter sucesso. Mas em Cristo, certamente, teremos como identificar e evitar AS ARMADILHAS DO PECADO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

TEMPESTADES DO BEM

“Logo a seguir, compeliu Jesus os discípulos a embarcar e passar adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia as multidões. E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só. Entretanto, o barco já estava longe, a muitos estádios da terra, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário. Na quarta vigília da noite, foi Jesus ter com eles, andando por sobre o mar.”
(Mateus 14.22-25)


Enfrentar as grandes tribulações da vida nunca é fácil, até mesmo para pessoas mais experimentadas. Quando se esgotam todas as forças interiores, resta somente esperar por socorro externo. Com o passar do tempo de aflição aumenta a incerteza, e a insegurança vai tomando conta da pouca fé que ainda podemos ter. A passagem bíblica de hoje mostra que em muitas situações é o próprio Deus quem nos coloca no meio da tempestade. Surge então a pergunta: mas qual é, afinal, o divino propósito nisso?

Aprofundando um pouco o estudo desse texto, percebemos que o principal fruto das tribulações é o restabelecimento da nossa visão espiritual. Nos momentos que antecedem a decisão de Jesus, quando “compeliu” seus discípulos a embarcar e seguir em outra direção, percebemos que esses estavam equivocados ao concordar com a multidão em proclamar Jesus como Rei de Israel. O verbo grego utilizado no texto original – προαγω (PROAGO) – traduz o ato de tirar alguém de um lugar onde tinha a sua visão ocultada.

No evangelho de João vemos nessa mesma passagem que, depois da multiplicação do pão, a multidão eufórica queria proclamar Jesus como Rei dos Judeus: “Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte” (João 6.15). Em lugar de ajudar o Mestre a dissuadir o povo, seus discípulos estavam mais dispostos a fazer prevalecer os seus próprios desejos. Jesus então os obriga a embarcar e se fazer ao mar, para enfrentar uma terrível tempestade.

Vemos, ao final, que o propósito de Deus foi plenamente cumprido. Os discípulos aprenderam que as aflições e perplexidades surgem na vida quando, a partir de motivos egoístas e tolos, nos opomos à vontade de Cristo Jesus. Eles entenderam, afinal, que agir contrariamente à sua vontade, em qualquer tempo e situação, logo se transforma em uma grande angústia. Foi nesse momento desesperador que eles puderam experimentar o divino benefício do cuidado de Deus, em nos fazer passar por TEMPESTADES DO BEM.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

DEUS NOS DÁ A VITÓRIA LUTANDO EM NÓS!

“Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda agora para o combate, tanto para sair a ele como para voltar. Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia, pois, naquele dia, ouviste que lá estavam os anaquins e grandes e fortes cidades; o Senhor, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu.”
(Josué 14.11-12)

A experiência mostra que existem pessoas diferenciadas em cada geração. Apesar de inseridas no mesmo contexto que seus contemporâneos, conseguem fazer a diferença. Essas pessoas são verdadeiros exemplos de que podemos vencer qualquer desafio quando confiamos nas promessas de Deus.

No texto de hoje ouvimos de Calebe, um personagem bíblico que pela sua determinação nos inspira um interesse especial. Este homem não permitiu que os seus sonhos envelhecessem juntamente com os seus ossos. Pelo contrário, aos 85 anos mostrava ainda um vigor surpreendente!

O segredo para o manter firme em seus propósitos pode ser deduzido do próprio texto: alguém que estava resolvido em relação ao passado, dispunha de muita determinação no presente, e uma coragem suficiente para enfrentar os desafios futuros.

Não vemos nele remorso pela desobediência dos seus pares, que levou o povo a peregrinar 40 anos no deserto, retardando a benção que Deus tinha prometido: “Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá” (Números 14.24). Pelo contrário, o que vemos nele é um coração grato ao Senhor por tê-lo preservado com vida para tomar posse da sua herança.

O exemplo de alguém aos 85 anos ter um espírito tão forte até hoje impressiona. É como se o tempo tivesse parado durante a trajetória árida do deserto. Ao contrário dos que morreram e foram sepultados no deserto, ele se manteve vivo, com a mesma disposição de seus 40 anos de idade. A força do tempo não foi capaz de vencê-lo, pois sua força interior estava firmada no Deus da promessa!

Vemos em Calebe um exemplo de coragem impressionante para enfrentar os desafios do futuro. Ele tem consciência dos gigantes, mas diz: "o Senhor, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu" (v. 12). Ele está certo que o mesmo Deus que o preservou até aquele momento é quem vai dar a sua vitória. Mas sabe que é preciso lutar, pois DEUS NOS DÁ A VITÓRIA LUTANDO EM NÓS!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

INTIMIDADE COM DEUS

“Se eu pensara em falar tais palavras, já aí teria traído a geração de teus filhos. Em só refletir para compreender isso, achei mui pesada tarefa para mim; até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles.”
(Salmo 73.15-17)


Em momentos de crise nos tornamos mais frágeis e passíveis de alimentar sentimentos de revolta, que certamente tornarão o nosso sofrimento ainda maior. Podemos, assim, olhando para aqueles afortunados que não temem a Deus, concluir equivocadamente que a vida deles é melhor do que a nossa.

É exatamente esse sentimento que tira a paz do salmista acima, em sua crise pessoal. Ao olhar para os ímpios, ele conclui que esses aparentemente tinham uma vida mais agradável e fácil do que a sua, como homem justo. Essa experiência triste do salmista nos ensina algumas lições úteis para enfrentar momentos difíceis como o dele.

Embora as dúvidas façam parte da nossa humanidade, devemos ter sabedoria para discernir com quem compartilhar as nossas angústias. O salmista, sem compreender o seu sofrimento, é tentado a falar de suas aflições. Mas, ao refletir e constatar que o seu testemunho não contribuiria para as gerações seguintes, resolve então não mais compartilhar a sua ansiedade.

A prosperidade do ímpio pode ser, ou não, breve e incerta, mas não nos cabe julgar e nem falar sobre isso, é soberania de Deus! Inicialmente foi difícil para o salmista compreender como podiam aqueles que não temiam a Deus terem sua vida aparentemente melhor do que a dele. Essa ansiedade perdurou até que ele entrou no Santuário do Senhor.

Ao ter contato com as Sagradas Escrituras, ele enfim compreende que os ímpios eram dignos de misericórdia, e não da sua angústia: Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus” (Romanos 2.5). Quando não somos precipitados, buscamos a Palavra e confessamos nossas ansiedades diante de Jesus Cristo – o Filho de Deus – sentimos uma paz imensa no coração, que só têm aqueles que alcançam INTIMIDADE COM DEUS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 2 de julho de 2015

MAIS DO QUE UM SIMPLES GESTO

“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim andai nele, nele radicados, e edificados, e confirmados na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de graças.”
(Colossenses 2.6-7)

Não é necessário realizar uma pesquisa mais aprofundada para constatar que muitas pessoas, autodenominadas cristãs, não levam a sério o seu relacionamento com o Cristo que professam. Na realidade, é muito possível que a maioria não tenha ultrapassado o ato de “aceitar” Jesus com simples palavras, no momento da sua “conversão”. Mas nós sabemos que só isso não basta, não é suficiente para produzir os frutos que demonstram a experiência íntima de um relacionamento pessoal com Deus, em Cristo Jesus.

Nesses casos, o problema começa já no início da pretensa caminhada. O termo “aceitar” Jesus, como utilizado por muitas igrejas, não é o que melhor define o ato da conversão à doutrina cristã. A palavra “receber”, utilizada por Paulo no versículo em evidência, procede da palavra grega παραλαμβάνω (transliterado como paralambano), que significa: “tomar a, levar consigo, associá-lo consigo”. Portanto, todo aquele que é alcançado por Jesus, muito mais do que apenas “aceitar”, deve estar bem consciente da sua nova condição de submissão a Cristo.  

O apóstolo Paulo já havia tido uma grande decepção anteriormente, ao perceber como algumas pessoas “convertidas” passavam a viver um evangelho diferente daquele ensinado por Jesus. Na sua mente ainda pairava a lembrança dos Gálatas, que haviam se afastado da graça, passando rapidamente “para outro evangelho” (Gálatas 1:6). Assim, ele exorta os irmãos de Colossos, após receberem a Cristo Jesus como o Senhor, para que vivessem como tal.

Infelizmente a nossa realidade atual não é diferente daquele tempo. Para muitos, ainda hoje, a conversão não passa de um ato da vontade pessoal, do simples levantar de mãos. Mais do que nunca, precisamos da exortação de Paulo em nossa igreja. Suas palavras nos desafiam a viver uma vida com Jesus, enraizada nele, construída nele. Para crescer na graça de Deus, em Cristo Jesus, é preciso muito MAIS DO QUE UM SIMPLES GESTO.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 17 de junho de 2015

AMOR E OBEDIÊNCIA

“Guardai, pois, todos os mandamentos que hoje vos ordeno, para que sejais fortes, e entreis, e possuais a terra para onde vos dirigis; para que prolongueis os dias na terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a vossos pais e à sua descendência, terra que mana leite e mel. (...) Se diligentemente obedecerdes a meus mandamentos que hoje vos ordeno, de amar o Senhor, vosso Deus, e de o servir de todo o vosso coração e de toda a vossa alma, darei as chuvas da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso cereal, e o vosso vinho, e o vosso azeite.”
(Deuteronômio 11:8-9, 13-14)

A cada etapa da realização do projeto de Deus em nossas vidas devemos aproveitar para refletir sobre como anda o nosso relacionamento com Ele. Para dar um novo passo nessa caminhada é importante estarmos conscientes do que é preciso fazer, se pretendemos vencer os desafios que certamente virão pela frente.

No texto em referência, Moisés apresenta resumidamente os princípios que orientam aqueles que têm uma aliança com Deus. O relacionamento do crente com o Senhor é caracterizado basicamente por dois aspectos: amor e obediência. Aqueles que amam e obedecem a Deus certamente desfrutarão das suas bênçãos.

Munidos desses princípios básicos podemos seguir sempre em segurança, ainda que haja caminhos desconhecidos à nossa frente: “mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales: da chuva dos céus beberão as águas; terra de que cuida o Senhor vosso Deus; os olhos do Senhor, vosso, Deus estão sobre ela continuamente, desde o princípio até ao fim do ano.” (versículos 11 e 12).  

Sabendo, portanto, que pela frente não teremos só caminhos planos, mas também uma “terra de montes e de vales”, devemos seguir em frente confiando no Senhor. Os anos, assim, passarão com um misto de “facilidades e dificuldades” (ou “montes e vales”), mas podemos descansar, se firmados no amor e na obediência a Deus.  Que a nossa querida IGREJA PRESBITERIANA VILA TELEBRASÍLIA, que completa 14 anos de existência como congregação cristã, mantenha sempre o seu relacionamento com Deus pautado em AMOR E OBEDIÊNCIA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O PERIGO DE GANHAR PERDENDO

“Viram-na os príncipes de Faraó e gabaram-na junto dele; e a mulher foi levada para a casa de Faraó. Este, por causa dela, tratou bem a Abrão, o qual veio a ter ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos. Porém o Senhor puniu Faraó e a sua casa com grandes pragas, por causa de Sarai, mulher de Abrão.”
(Gênesis 12.15-17)

Há uma tendência natural do ser humano em fugir do desconforto, buscando encontrar uma situação que lhe seja mais confortável. Essa busca, em si mesma, não é errada. Mas um problema pode ocorrer quando não elegemos adequadamente as nossas prioridades. Um bom exemplo, que bem ilustra essa questão, está na saída de Abraão de Canaã para o Egito, a fim de fugir da fome na região onde habitava.

Nesse mesmo capitulo de Gênesis (12) encontra-se a primeira referência ao Egito na Bíblia: “Havia fome naquela terra; desceu, pois, Abrão ao Egito, para aí ficar, porquanto era grande a fome na terra” (v. 10). Assim somos informados de que Abrão e Sarai optam por sair de Canaã, sem antes ter buscado adequadamente a orientação do Senhor.

O Egito, como registrado em referências posteriores nas Escrituras, significa uma ameaça constante ao povo de Deus. Assim diz o profeta Isaías sobre essa terra: “Ai dos que descem ao Egito em busca de socorro e se estribam em cavalos; que confiam em carros, porque são muitos, e em cavaleiros, porque são mui fortes, mas não atentam para o Santo de Israel, nem buscam ao Senhor!” (Isaías 31.1).

Infelizmente Abrão fez o que todos nós normalmente estamos propensos a fazer em situações de crise: procurar alívio rápido para as nossas necessidades, sem antes buscar a orientação de Deus. Desse modo, tomamos de imediato as decisões que julgamos as mais confortáveis. Por certo, enquanto ia adquirindo ”ovelhas, bois, jumentos, escravos e escravas, jumentas e camelos”, Abraão nem se dava conta de que já não tinha mais a esposa ao seu lado.

Precisamos ter todo cuidado, quando estamos focados unicamente em nossas conquistas pessoais, para não perder a quem amamos. Enquanto lhe aumentavam os bens, Abraão parece nem ter sentido a falta de Sarai. Alienado com a situação, nem percebia O PERIGO DE GANHAR PERDENDO. Foi preciso a intervenção de Deus para que ele tivesse a sua esposa de volta!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 20 de maio de 2015

VIDAS INCOMPLETAS

“Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos, que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós! Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados. Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.”
(Lucas 17.12-16)

Para muitos de nós o maior problema não é exatamente a falta de fé, mas sim, e principalmente, a falta de gratidão a Deus. Por certo todos tinham fé na cura feita por Jesus nos dez leprosos. Mas só um deles teve gratidão, sendo este o único a retornar, prostrar-se em agradecimento e desfrutar da presença plena do Senhor em sua vida. Pessoas ingratas sempre terão uma vida incompleta, mesmo que tenham muita fé.

A iniciativa daqueles homens foi extremamente louvável e digna de nota. Movidos por sua fé eles buscaram reverentemente a presença de Jesus, mas “ficaram de longe” (v.13), conscientes da gravidade da sua doença. Humildemente, assim, clamam pela misericórdia e são abençoados pelo Mestre. Ora, se todos tinham fé, o que faltou então aos nove que não voltaram? Faltou-lhes a gratidão a Deus!

O pecado da ingratidão é mais comum do que podemos imaginar, estando presente inclusive entre aqueles que têm fé. Mas Deus descortina o nosso coração: “Então, Jesus lhe perguntou: Não eram dez os que foram curados? Onde estão os nove? (v.18). Nesse “grupo dos nove” estão todos os que, mesmo recebendo livramentos, não glorificam ao Deus que pode fazer muito mais por cada um de nós. Por isso tendem a permanecer com suas VIDAS INCOMPLETAS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 5 de maio de 2015

QUEM PODE FAZER TODA A DIFERENÇA?

“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda. É certo que não dormita, nem dorme o guarda de Israel.”
(Salmos 121.1-4)

Passamos grande parte do tempo olhando para nós mesmos e para as nossas queixas mesquinhas. Esse olhar para próprio umbigo impede que venhamos a enxergar aquele que é poderoso para mudar o rumo de qualquer situação desconfortável na vida. Como alguém já registrou um dia, geralmente a nossa maior dificuldade não está na grandeza dos problemas, mas na pequenez do nosso espírito, que só nos faz queixosos e descontentes.

O salmista ressalta a esperança e a segurança que garante diuturnamente a proteção divina, para todos nós que confiamos no Deus Pai Todo Poderoso. A imagem da montanha, nesse sentido, é muito sugestiva. Um pássaro em perigo precisa voar para os seus altos, a fim de encontrar segurança. Nós devemos ir além, até aquele que não só fez a montanha, mas também os céus e a terra!

Quanto mais enxergamos a majestade de Deus, e entendemos a sua grandeza, mais temos força em nossas lutas do dia-a-dia. “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre” (v.8): esta é a referência bíblica para a segurança em nossas atividades diárias, como sair de casa e, apesar de qualquer coisa, voltar em segurança. Uma certeza não só para o dia de hoje ou amanhã, mas para todo o sempre. Essa promessa é para todos que olham e confiam realmente em QUEM PODE FAZER TODA A DIFERENÇA!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 23 de abril de 2015

O PERIGO DA INDIFERENÇA

Esposo
Abre-me, minha irmã, querida minha, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, os meus cabelos, das gotas da noite.
Esposa
Já despi a minha túnica, hei de vesti-la outra vez? Já lavei os pés, tornarei a sujá-los?
O meu amado meteu a mão por uma fresta, e o meu coração se comoveu por amor dele.
Levantei-me para abrir ao meu amado; as minhas mãos destilavam mirra, e os meus dedos mirra preciosa sobre a maçaneta do ferrolho.
Abri ao meu amado, mas já ele se retirara e tinha ido embora; a minha alma se derreteu quando, antes, ele me falou; busquei-o e não o achei; chamei-o, e não me respondeu.
Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, se encontrardes o meu amado, que lhe direis? Que desfaleço de amor.
(Cântico dos Cânticos 5.2b-6, 8)

Entre quem se ama o relacionamento conjugal pode ser prejudicado por algum tipo de indiferença, mesmo que involuntária. Quando isso ocorre, é preciso agir rápido para reparar o dano causado e evitar um mal maior. Sem perceber – por motivo de cansaço, sono ou mesmo preguiça – podemos deixar de dar a atenção devida à pessoa amada, gerando algum desconforto e até um desgaste maior no relacionamento.

Esse tipo de situação torna-se mais comum com o passar dos anos, na medida em que aumenta a familiaridade entre o casal. É nesse ponto que a união fica passível de perder o seu brilho original: os elogios já não produzem a mesma emoção que antes, cedendo lugar a desculpas cada vez mais constantes.

Esse processo pouco a pouco vai esfriando o relacionamento, podendo levar ao extremo da indiferença mútua. Para evitar isso, o casal precisa identificar as causas e agir rápido na renovação do relacionamento. Falar do amor sincero de um pelo outro pode ser um bom começo, lembrando os bons momentos passados juntos e o compromisso assumido diante do Senhor. Se necessário, não hesitar em buscar ajuda. Nessas horas difíceis um bom aconselhamento pode ser essencial na prevenção contra O PERIGO DA INDIFERENÇA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

segunda-feira, 13 de abril de 2015

ATITUDES IRRACIONAIS

“Peço-te, pois, ó Senhor, tira-me a vida,  porque melhor me é morrer do que viver. E disse o Senhor: É razoável essa tua ira?”
(Jonas 4.3-4)

Algumas pessoas têm dificuldades em lidar com a contrariedade. Quando as coisas não saem como elas querem, ficam muito chateadas e acabam tomando decisões irracionais. Isso normalmente acontece com quem tem temperamento forte, que muitas vezes não aceitam ver os seus planos contrariados.

No contexto do versículo citado, vemos que Jonas não ficou nada satisfeito com a decisão que o Senhor havia tomado em relação aos assírios, e a sua reação foi de irritação e raiva. Assim, pediu para Deus lhe tirar vida. Como podemos perceber, foi uma decisão extremada para um problema básico: não aceitar alternativas que contrariem as suas próprias convicções.

A irritação do profeta é bem clara, e Deus, em sua misericórdia, se propõe ao diálogo. A principal questão em sua pergunta em tom amoroso é: existe uma boa razão para sua indignação pela libertação de Nínive? Sem responder, Jonas sai da cidade, a ver o que vai acontecer: “Então, Jonas saiu da cidade, e assentou-se ao oriente da mesma, e ali fez uma enramada, e repousou debaixo dela, à sombra, até ver o que aconteceria à cidade” (v.5).

A história de Jonas é um alerta àqueles que se colocam como donos da verdade, como senhores da situação e não servos diante de Deus. Sempre que ficarmos irritados por algo não ter saído como planejamos devemos fazer essa pergunta a nós mesmos: “É razoável essa tua ira?”. Ser flexível é estar atento à vontade do Senhor. Um coração duro se torna obstinado, e invariavelmente nos leva a tomar ATITUDES IRRACIONAIS diante de Deus.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 27 de março de 2015

O DEUS QUE RENOVA

“Calai-vos perante mim, ó ilhas,  e os povos renovem as suas forças; cheguem-se e, então, falem; cheguemo-nos e pleiteemos juntos.”
(Isaías 41.1)

Embora não se perceba tão claramente, existe a necessidade da renovação contínua de toda criação no universo. Na verdade, tudo o que foi criado um dia precisa ser renovado para poder ser mantido, e é o próprio Deus a fonte desse processo de manutenção. Ele é quem cria e também quem produz a renovação da criação sobre a face da terra, conforme atesta o salmista: “Envias o teu Espírito, eles são criados, e, assim, renovas a face da terra” (Salmos 104.30).

A renovação não se limita a necessidades biológicas, como água e comida, mas envolve todo o nosso ser. A complexidade e a amplitude dessa carência exige uma fonte inesgotável em Espírito. Esta só pode ser encontrada naquele que “(...) está assentado sobre a redondeza da terra (...)”, e que do seu trono se compadece dos pequenos, dando “(...) forças ao que não tem nenhum vigor.” (Isaías 40:22, 29).

O efeito dessa renovação é para aqueles que esperam no Senhor. A esses, a promessa de um Deus que não somente cria, mas que também cuida: “mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Isaías 40.31).

Nesse mundo corrompido pelo pecado, talvez você não sinta claramente o efeito do desgaste, mas certamente precisa de constante renovação. Assim não percamos tempo: “cheguemo-nos e pleiteemos juntos”, diz o Senhor. Somente ele pode, de fato e de direito, restabelecer em Espírito a sua criação, porque só ele é O DEUS QUE RENOVA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 18 de março de 2015

O CRESCIMENTO VEM DE DEUS

“Eu plantei, Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus. De modo que nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento”.
(1 Coríntios 3.6-7)

Sem sombra de dúvida este é um momento muito especial para todos nós da Vila Telebrasília: nossa congregação presbiteriana, enfim, se torna uma igreja local! Nessa trajetória de luta e perseverança, muitas mãos cooperaram para alcançar a vitória. Na realidade, porém, cada um de nós foi capaz apenas de “plantar e regar”, mas quem de fato fez crescer o projeto foi o próprio Deus.

Reconhecer isso é muito libertador, pois toda a glória recai sobre quem de direito, e não há o risco de ser injusto com ninguém. Para cada nome mencionado nessa memória fica subtendido o empenho de muitos outros envolvidos: esposas, filhos, seminaristas, irmãos queridos incansáveis, alguns inclusive que apoiam até hoje esse ministério. A todos o nosso agradecimento sincero e eterna gratidão.

Em 2001 a Igreja Presbiteriana Nacional (IPN), por intermédio da União Presbiteriana de Adolescentes (UPA), então sob a coordenação do Rev. WALTER PEREIRA DE MELLO, com anuência do Conselho da Igreja, lança sementes no campo do Senhor na localidade Vila Telebrasília, a cerca de 8 km da sua sede, na quadra 906 Sul. A “Praça da Resistência” testemunhou as primeiras ações de evangelismo público, feitas em cima de um caminhão, com a participação maciça da criançada da “Vila”.

No dia 30 de junho daquele mesmo ano, com a intensificação das atividades, foi inaugurado um templo em terreno alugado nas cercanias da localidade. A partir desse núcleo, com o intuito de aproximar mais as pessoas, foram desenvolvidos então alguns projetos como escolinha de futebol, alfabetização de adultos, aulas de informática e reforço escolar, entre outras atividades de integração.

Sem muito espaço para bem acomodar todos que ali passaram a congregar, em pouco tempo o local se tornou pequeno. Foi então que, em 23 de dezembro de 2006, já sob a direção do Rev. FÁBIO RIBAS, pela graça de Deus, a congregação foi transferida para uma excelente sede própria adquirida pela IPN na comunidade, na qual se encontra até hoje.

Em meados de 2008 o Rev. FÁBIO foi chamado por Deus para um trabalho missionário transcultural, e a congregação retornou ao pastoreio do Rev. WALTER. Em 2010 o Rev. WALTER foi designado para uma missão especial no Haiti, como capelão militar do Exército Brasileiro, e os trabalhos passaram para a responsabilidade do Rev. GERALDO FERREIRA DA SILVA, que permaneceu até o final daquele ano.

No início de 2011 o Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO assumiu a Congregação, ainda como pastor Licenciado. Nesse ano foi ativado um gabinete odontológico, aberto à comunidade, assim como concretizada uma parceria para alfabetização de adultos. Com o apoio de lideranças locais, e anuência do Conselho da IPN, o projeto evoluiu para sua organização como “igreja local”. O parecer favorável do Presbitério de Brasília (PBSA) foi exarado em reunião ordinária no final de 2014, tudo sob a inesgotável graça de Deus.

Como testemunho do cuidado do Senhor com a Vila Telebrasília, pessoas comprometidas têm sido enviadas desde então para auxiliar no pastoreio da Igreja. Isso confirma a verdade de que, quando nos mantemos firmes e comprometidos, temos certeza de que o trabalho consagrado ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo jamais será em vão, porque O CRESCIMENTO VEM DE DEUS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 4 de março de 2015

VITÓRIA COM SABOR DE VITÓRIA

“Chegando Davi aos duzentos homens que, de cansados que estavam, não o puderam seguir e ficaram no ribeiro de Besor, estes saíram ao encontro de Davi e do povo que com ele vinha; Davi, aproximando-se destes, os saudou cordialmente.”
(1 Samuel 30.21)

Às vezes ficamos aborrecidos com quem não se dispõe a nos acompanhar nas lutas diárias da vida. Com isso, apesar de vencer as batalhas, ficamos magoados, perdendo um pouco do sabor da vitória. Para que isso não aconteça, precisamos aprender com Davi e, assim, desfrutar da benção completa que somente Deus proporciona.

Ao retornar para Ziclague, Davi se depara com um cenário de destruição e tristeza naquela sua base à época, que o texto bíblico informa ter sido fruto de um ataque do povo amalequita. Queimaram a cidade e levaram cativas suas mulheres e crianças. Todos se indignam com a situação, querendo saber quem fora o agressor. Como Davi faz isso?

Primeiramente “Davi se reanimou no Senhor, (...)” (v.6), dizendo ao sacerdote Abiatar que lhe trouxesse a estola sacerdotal para falar com “(...) seu Deus”. Foi consultando antes a vontade do Senhor que Davi começou a virada para a sua vitória. Após a aprovação de Deus, ele sai em resgate das mulheres e crianças, sem ainda nem saber quem iria enfrentar.

Em segundo lugar Davi confia na providência divina ao longo da sua empreitada. Ele consegue informações sobre o inimigo de um escravo egípcio, abandonado pelos amalequitas, que com toda certeza foi o próprio Deus que colocou em seu caminho. De acordo com o relato bíblico, enquanto todas as fontes de conhecimento estão fechadas para Saul, o caminho de Davi está repleto de orientações sobrenaturais que o levam ao sucesso.

Por fim, reconhecendo que é Deus quem provê todas as coisas, Davi não discrimina quem não o acompanhou na luta. Generosamente distribuiu os despojos tanto aos que foram com ele ao combate como àqueles que, por seus motivos, ficaram para trás. Com o exemplo de Davi é possível aprender a conquistar uma VITÓRIA SABOR DE VITÓRIA


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A CAPACIDADE DE DIZER NÃO

“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.”
(Salmo 1.1-2)

Enquanto o primeiro versículo dos Salmos da Bíblia Sagrada afirma que feliz é quem recusa o mal, sabendo quando deve dizer “não” – NÃO anda no conselho dos ímpios, NÃO se detém no caminho dos pecadores, NÃO se assenta na roda dos escarnecedores – a propaganda de uma conhecida marca de cerveja disse exatamente o contrário em sua campanha publicitária para esse carnaval: “ESQUECI O NÃO EM CASA”!

Ora, pensando bem, como seria esse ato de deixar em casa a nossa capacidade de dizer “não”? Seria talvez para que disséssemos sempre SIM a tudo – drogas, prostituição, álcool, prazer, violências – propostas mais efusivas nesse período do ano? A campanha foi tão absurda que gerou revolta pela internet, culminando com a substituição da frase infeliz.

Não foi por acaso essa reação. O direito de dizer NÃO pode ser às vezes uma questão de vida ou morte, de bênção ou maldição! Conhecer o caminho certo na vida evita que tomemos aqueles que conduzem à miséria e ruína. O equilíbrio da felicidade está em nossa capacidade de dizer SIM e NÃO. O medo de dizer NÃO desequilibra o processo da felicidade.

Essa combinação balanceada de SIM e NÃO, entretanto, nem todos conseguem fazer: Os ímpios não são assim...” (v.4a), é declarado a seguir pelo salmista. Aqueles que não meditam na Lei do Senhor não conseguem dizer NÃO quando necessário. Sem a sábia instrução da Palavra de Deus somos levados por apologias falsas que, afinal, levam ao caminho da infelicidade. Somos mais felizes mantendo sempre conosco A CAPACIDADE DE DIZER NÃO.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO