terça-feira, 31 de dezembro de 2013

NÃO FOSSE O SENHOR DEUS...

“Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio.”
(Salmos 94.17)

Após mais um ano de muitas lutas e tantas vitórias, é possível fazer um balanço de tudo o que se passou. Ao mesmo tempo em que idealizamos os nossos projetos para o ano que se aproxima, devemos refletir sobre o papel que atribuímos a Deus em nossas vidas no ano que se encerra. Se esse balanço for feito a partir de uma reflexão sincera, tal como o salmista no texto em evidência, vamos certamente concluir que, não fosse o auxílio do Senhor, tudo teria sido muito diferente.

Não fosse o Senhor, como enfrentar as enfermidades persistentes, sem saber quando virá uma cura definitiva? Nessas horas de incertezas, o auxílio de Deus nos mantém firme na posição, em decorrência da confiança absoluta nas suas promessas de vitória.

Não fosse o Senhor, em seu auxílio constante na preparação de cada mensagem pastoral, cada planejamento de eventos e cada reunião de coordenação, como ter uma Igreja cada vez mais vibrante, acolhedora e parecida com Jesus? Reconhecemos claramente a sua mão, agindo poderosamente, em auxílio providencial a cada gesto em todas as ações que empreendemos no ano que termina.

Não fosse o Senhor, nos momentos de saudades da família, que mora tão distante, como manter o espírito alegre, em comunhão fraternal, longe da presença dos entes queridos? Em tudo isso, a mão invisível de Deus foi suficiente e poderosa, mantendo o nosso foco firme todo o tempo no cumprimento da nossa missão.

Enfim, temos que ser sinceros em reconhecer o auxílio de Deus em nossa vida, suprindo tudo aquilo do que precisamos no ano que se passou. Temos a certeza de que, NÃO FOSSE O SENHOR DEUS, a nossa história teria sido muito diferente.

Desejamos a todos um Ano Novo pleno da presença abençoadora do Senhor, a fim de que possamos seguir adiante na sua obra em 2014. Amém!


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NINGUÉM ESCAPA AO SEU ALCANCE

"Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor.”
(Lucas 2.8-11)

Inadvertidamente, detendo-se naquilo que lhe é secundário, às vezes é comum não dar a importância devida à mensagem principal de um texto. Alguns intérpretes, por exemplo, prendem-se ao fato do nascimento de Jesus ter ocorrido no auge do inverno, estação na qual os pastores não teriam saído à noite com seus rebanhos. No entanto, certamente esse não é o objeto principal desse texto. Ao ler com atenção o relato do nascimento do Cristo, vemos que o interesse do escritor é mostrar como a vinda de Jesus alcançaria toda a humanidade.

Realmente, o fato mais extraordinário da História afetou, desde logo, a tudo e a todos, como por exemplo: a política de César, que parecia inabalável em sua estrutura; o ministério dos anjos, que vieram a terra para prestar seu louvor; e as atividades dos homens comuns, como os pastores, que se encontravam nos campos a cuidar de seus rebanhos. Sobre a política controladora de César, vale ressaltar o pequeno relato contido no versículo inicial desse capítulo: Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se.” Mas essa também não seria a principal notícia daquele dia singular. Outros aspectos do contexto ressaltam a mensagem que seria definitivamente a mais importante.

Em lugar do trono de César, uma manjedoura surge no cenário, e nela repousa tranquilamente o verdadeiro Rei. A simplicidade daquele cenário contrasta com os cânticos de louvor e as manifestações de alegria que ressoaram nas colinas de Belém.  Longe do olhar das multidões, uma celebração celestial estava ocorrendo. Como que incapaz de conter a boa nova, um anjo brada: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (vv. 10-12).

Em vez de poderosos do reino da terra, entram em cena pastores de ovelhas. A grande notícia foi primeiramente dada a pessoas simples, e não a sacerdotes ou príncipes, ou muito menos a escribas e fariseus. O anjo proclamou: "Não temais; eis aqui vos trago boa-nova (...)” (v. 10), e eles não duvidaram! Indo a Belém, lá encontraram tudo exatamente como lhes tinha sido dito. Pela fé, receberam a rica recompensa e o especialíssimo privilégio de ver o Messias. Como muitos outros até hoje, os poderosos da época, ao contrário dos pastores, rejeitaram a vinda do Cristo Jesus. Mas isso não significa que não tenham sido (e ainda hoje sejam) afetados por seu nascimento, pois NINGUÉM ESCAPA AO SEU ALCANCE.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

FIEL ESCUDEIRO

“Sucedeu que, um dia, disse Jônatas, filho de Saul, ao seu jovem escudeiro: Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está do outro lado. Porém não o fez saber a seu pai.”
(1 Samuel 14.1)

Mais um fim de ano se aproxima rapidamente, chegando aquele momento de saber com quantos podemos realmente contar nas batalhas do ano vindouro.  Na maioria das vezes, os desafios são inversamente proporcionais ao número de pessoas efetivamente comprometidas com a Igreja. Essa realidade, no entanto, não impede que a obra de Deus continue crescendo mais e mais, para honra e glória do seu Reino.

No texto de hoje não há apenas os dois personagens descritos - Jônatas e o seu escudeiro - mas também, e principalmente, o real protagonista de todo a História: o Senhor dos Exércitos! No contexto da situação descrita, um grande desafio: os filisteus. Enquanto esse povo detinha o monopólio da fabricação de espadas, os israelitas já não dispunham mais de armas para enfrentar o inimigo. Ameaçado, Israel está aparentemente encurralado, sem saída. Em meio ao impasse, Jônatas toma a iniciativa de atacar, levando consigo não apenas a espada e seu fiel escudeiro, mas também a firme convicção de que Deus lhe daria a vitória.

A identidade do herói escudeiro não é revelada, mas podemos conhecê-lo um pouco mais pelo papel que sua classe desempenhava nas batalhas. Geralmente eram jovens, inexperientes em matéria de combate, cuja principal responsabilidade era transportar as armas do guerreiro a quem estavam às ordens. A tarefa de apoio como coadjuvante nas batalhas acabava sendo, por vezes, fundamental para o sucesso nas campanhas. Essa participação, com humildade, nos ensina ao menos duas lições significativas, muito importantes para aqueles que querem alcançar vitórias ao lado do Senhor.

Primeiro: devemos entender como escudeiro todo aquele que, humildemente, está disposto a fazer qualquer coisa que lhe seja atribuído. Sua fidelidade incondicional é o que prevalece na hora da convocação. Ele atende ao chamado, mesmo que as perspectivas sejam desfavoráveis no momento.  Ele não tem nome, nem reconhecimento, nem fama... Apenas o fervoroso e incondicional desejo de servir ao seu senhor.

Aprendemos ainda que é sempre possível realizar grandes coisas na vida, quando a ação de Deus trabalha em proveito do servo fiel. Convencido de que o Senhor estava com ele, Jônatas entrou no acampamento dos filisteus, acompanhado apenas do seu escudeiro, e obteve uma significativa vitória. Embora possa ser difícil nos dias atuais contar com muitas pessoas, podemos ter a convicção, como Jônatas, de que haverá sempre em Cristo Jesus um FIEL ESCUDEIRO em nosso favor. Ele e somente ele nos garante a certeza da vitória nas batalhas da vida, sob toda e qualquer circunstância adversa.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A VERDADEIRA PROSPERIDADE ESTÁ NO FRUTO DO ESPÍRITO

“Ele é como árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha; e tudo quanto ele faz será bem-sucedido.”
(Salmos 1.3)

Há um forte desejo no coração dos homens em serem prósperos nas diversas áreas de suas vidas. Sonhos de ter um casamento feliz, uma carreira profissional cheia de sucesso, de alcançar o equilíbrio financeiro, de concluir os estudos, passar em concursos públicos... E nada disso é errado! No entanto, os sonhos não devem tornar-se um propósito em si mesmo, mas sim algo que exceda o mero desejo do homem. No plano de Deus, para que se alcance uma vida próspera é necessário observar algumas exigências.

Inicialmente, a prosperidade depende da água que está em nossa volta. Frutos abundantes e permanência de folhas verdes nas árvores são resultados de sua proximidade a corrente de águas. A vitalidade de uma árvore, assim, não se encerra em si mesma, mas está fora dela. Como podemos observar no texto em evidência, essa fonte de vitalidade está na corrente de águas à sua volta, e não nela mesma. O humanismo ensina que há força própria dentro das pessoas, que podem ser utilizadas em seu favor. Mas a Palavras de Deus nos ensina que a verdadeira energia que necessitamos só pode ser encontrada por intermédio de Jesus Cristo.

A verdadeira prosperidade advém do conhecimento e da permanência na Palavra de Deus, aqui descrita metaforicamente como corrente de águas. Nenhuma árvore recém-plantada dá frutos imediatamente. Este vem no devido tempo, e não no tempo que queremos. Promessas instantâneas de prosperidade devem ser repensadas à luz da Bíblia. O que temos presenciado nos dias de hoje é que muitos querem desfrutar das bênçãos da prosperidade, sem manter, no entanto, o necessário compromisso com o que diz a Palavra de Deus.

Finalmente, a prosperidade é um processo natural na vida do crente, que surge em decorrência do tempo de dedicação às coisas de Deus. Aqueles que têm o seu prazer na Lei do Senhor, e nela meditam de dia e de noite, receberão os seus benefícios. Seu principal fruto revela-se na qualidade de vida: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Fruto do Espírito, em Gálatas 5.22-23). Se alcançarmos prosperidade nesses aspectos, já é um bom começo, pois A VERDADEIRA PROSPERIDADE ESTÁ NO FRUTO DO ESPÍRITO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A BENÇÃO DA COMUNHÃO FRATERNAL

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes. É como o orvalho do Hermom, que desce sobre os montes de Sião. Ali, ordena o Senhor a sua bênção e a vida para sempre.”
(Salmos 133)

Nossa peregrinação na terra pode ser muito mais agradável se desfrutarmos do bálsamo da união fraternal. O Salmo 133, em evidência, traduz o prazer que temos em caminhar alegremente com outras pessoas. É um tipo de benção que não temos como desfrutar sozinhos. É preciso estar na companhia de outros para vivenciar a experiência por completo.

O salmista apresenta essa união coletiva como um sacerdote a ungir a família, e todos em sua volta, com o óleo perfumado que simbolizava paz, saúde e alegria. O Monte Hermon, permanentemente coberto de neve, é uma fonte de água e orvalho abundante, representando a perenidade das bênçãos sucessivas na vida das pessoas. Vejamos, então, como o salmista apresenta essas bênçãos da união.

A união fraternal é boa e agradável. Infelizmente nem tudo que é bom é agradável, e nem tudo que é agradável é bom. Mas aqui temos essa combinação perfeita do que é bom e agradável ao mesmo tempo. Os benefícios de algo totalmente bom são evidentes. Primeiro para nós mesmos, que desfrutamos do prazer da harmonia; segundo, pelo exemplo que transmitimos para o mundo, atraindo as pessoas para perto de nós; e terceiro, pela cooperação que naturalmente surge quando estamos unidos.

A união fraternal tem um preço. O óleo utilizado na unção era especialmente preparado para esse fim, tinha alto valor, e era caro. A unidade exige esforço, dedicação e mostra, de fato, a nossa disposição em pagar um preço para servir a Deus e ao próximo, com todo o nosso coração. A comunhão não é algo que surge naturalmente, mas depende da dedicação e esforço de cada um. Pessoas podem ser difíceis no relacionamento, mas são indispensáveis para alcançarmos essa benção. Por isso a fraternidade humana tem um preço.

A união fraternal se espalha. Assim como o óleo não se detinha apenas na cabeça do sacerdote, descendo pela gola e pela sua veste, também é assim com os benefícios da comunhão. Estes se propagam por toda a sua vida, na vida da sua família e de toda a Igreja de Cristo. Esse “contágio santo” se torna atraente pelo agradável perfume que é sentido por quem chega e logo percebe A BENÇÃO DA COMUNHÃO FRATERNAL.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

“ACADEMIA DA GRAÇA”

Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.”
(2 Timóteo 2.1-2)

Numa sociedade moderna onde o padrão de beleza física e de intelectualidade são os corpos “sarados” e as mentes “brilhantes”, parece não haver lugar para pessoas frágeis. Mas, na verdade, ninguém é forte o suficiente, física e intelectualmente, que não possa eventualmente se abater. O desânimo e a tristeza podem alcançar qualquer um, independente do seu biótipo.

Muitos poderiam ter dito para Timóteo, discípulo de Paulo: “Seja forte física e emocionalmente, faça exercícios, pare de ser fraco!” mas ele disse: “Fortifica-te na Graça!” Assim, pois, se por acaso você se sentir abatido emocionalmente, lembre-se da Graça de Deus! É nela que obtemos a cura, não pelo que façamos ou deixemos de fazer, mas simplesmente pelo que realmente somos diante do Senhor.

A Doutrina da Graça de Deus segue uma dinâmica baseada em dois tempos subsequentes: o receber e o transmitir a graça recebida. A constatação da graça é então observada de duas formas: no servo de Deus, que recebe e transmite a Mensagem, e na confirmação de suas testemunhas. Paulo e Timóteo ouviram a verdade da fé cristã, e o Evangelho que ouviram foi confirmado pelo testemunho de muitos!

Essa mesma Graça de Deus é real e acontece conosco ainda nos dias de hoje, podendo ser confirmada pelo nosso próprio testemunho de vida. Muitos certamente não têm o dom de pregar, mas todos podem ensinar através do seu exemplo. Não devemos nos limitar ao privilégio de receber a Graça de Deus, mas temos o dever de testemunhar essa graça em nosso proceder.

Todo cristão deve ser um elo de influência positiva entre a sua geração e as gerações que virão do seu testemunho. Timóteo foi preparado por Paulo para ser um elo importante entre a era dos apóstolos e a sua geração de homens fiéis e idôneos. Ele iria ser o responsável por transmitir a Mensagem recebida! Como transmissor da Verdade não precisava de novidades religiosas, mas apenas lealdade e compromisso com o Evangelho. Paulo esperava dele um envolvimento ativo na formação da futura geração de servo de Senhor.

Portanto, devemos guardar esse ensino para sempre em nossos corações e mentes: Deus elege pessoas que carecem da sua graça, e essa graça é a soma das bênçãos que alguém recebe, mesmo sem merecer. Isso está além dos nossos talentos, devoção ou piedade: é simplesmente graça! Cabe a nós tão somente receber e transmitir o Evangelho para as outras pessoas, afim de que também participem das mesmas bênçãos que desfrutamos. É assim como professores e mestres fazendo parte da abençoada “ACADEMIA DA GRAÇA”.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sábado, 12 de outubro de 2013

RESULTADOS SÃO PROPORCIONAIS À DISPONIBILIDADE DE CADA UM

“E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.”
(Mateus 9.37-38)

Martinho Lutero tinha um amigo, também frade da Igreja Católica romana no início do século 16, que compartilhava com ele sobre a inadiável necessidade de reformulação na fé cristã então professada. E eles chegaram assim a um acordo: Lutero sairia para realizar a Reforma na prática, enquanto seu amigo ficaria dando cobertura em oração no mosteiro.  Assim começaram sua importante obra, que gerou o movimento cristão protestante, do qual a Igreja Presbiteriana do Brasil herdou a doutrina original.

Durante um sonho, esse frade amigo de Lutero viu um imenso campo de trigo, tão grande quanto o próprio mundo. E havia apenas um homem tentando fazer a colheita, numa tarefa claramente impossível e desencorajadora. Adiante ele viu o rosto do ceifeiro solitário, e era o seu amigo reformador. Ele entendeu então uma realidade: seu trabalho seria muito mais útil junto a Lutero, no campo, do que orando sozinho no mosteiro.

Uma das verdades mais surpreendentes da Bíblia é que Deus, na sua absoluta soberania sobre a história da humanidade, encarrega um grupo eleito de pessoas para realizar a sua obra. É um tanto paradoxal pensar como um Deus todo poderoso precise de algo. Mas é exatamente isso que encontramos nas Escrituras Sagradas. Essa verdade demonstra o princípio claro de que não se faz sozinho uma colheita. Nosso Deus soberano, movido por sua própria vontade, decidiu que seriam pessoas como eu e você que levariam a todos os rincões do mundo as Boas Novas da salvação pelo Evangelho de Cristo.

A pregação de Jesus Cristo teria ficado restrita à Palestina, não fossem os seus discípulos. A sua ordenança é que todos devem ouvir a seu Evangelho, e que isso seja feito por intermédio daqueles que já ouviram e nele crêem. Primeiramente precisamos aceitar essa diretiva, entendendo que o campo é grande, sendo necessário muitos para dar conta do imenso trabalho. Depois devemos orar para que o dono do campo envie trabalhadores, sendo nós mesmos os primeiros voluntários, assim como fez o profeta Isaias: Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim” (Isaías 6.8).

É curioso, e até irônico, ter Jesus evidenciado a falta de trabalhadores, quando havia tantos líderes religiosos nas sinagogas de Israel naquela época. E isso se reflete também na realidade dos tempos atuais, com diversas denominações ditas cristãs e tantas pessoas em igrejas, mas ainda um trabalho imenso por fazer. A grande verdade é que existe uma diferença entre ser religioso e ser um trabalhador da ceara do Senhor!

Muitos estão na Igreja sem nenhuma preocupação com a extensão do Reino de Deus. A falta de trabalhadores não é devido à falta de direcionamento de Deus para o chamado, mas a falta de vontade dos homens em ouvir e obedecer. Muitos esperam e até oram por uma Igreja grande. Mas não atentam para o fato de que os RESULTADOS SÃO PROPORCIONAIS À DISPONIBILIDADE DE CADA UM.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sábado, 28 de setembro de 2013

O VALOR DE UMA BOA AMIZADE

“O homem que tem muitos amigos sai perdendo; mas há amigo mais chegado do que um irmão.”
(Provérbios 18.24)

Os atrativos das grandes cidades, o casamento, a faculdade, o trabalho ou até mesmo a convívio em família, com irmãos de sangue, às vezes não são suficientes para resolver o problema da solidão humana. Infelizmente muitas pessoas hoje sés sentem isoladas, ou separadas umas das outras, mesmo quando estão em grupo.

Estar em meio a outras pessoas apenas leva alguns a constatar seu profundo isolamento pessoal. Isso é o que podemos chamar de solidão acompanhada.  A solução para esse mal começa com a terapia das boas amizades.

O versículo em destaque poderia ser traduzido, de uma forma não literal, da seguinte maneira: Às vezes até mesmo certos amigos podem prejudicar uns aos outros, mas há um tipo de amigo que ama mais do que um irmão. Fica evidente que a solução não são os amigos, mas sim os bons amigos.

É melhor ter poucos amigos que sejam verdadeiros, do que ter muitos que sejam falsos. Antes de querer encontrar um amigo de verdade, porém, você mesmo precisa ser um amigo verdadeiro. Há pessoas que necessitam e esperam a sua amizade. Com a ajuda de Deus podemos ser o verdadeiro amigo que outros estão esperando.

Todos nós precisamos de amigos que estejam perto de nós. Amigos que nos ouçam, amigos que se preocupem conosco e prestem assistência quando necessário. Amigos que estejam do nosso lado não só nos bons momentos, mas principalmente nos difíceis.

Não desconsiderando a eventual necessidade de acompanhamento médico em alguns casos crônicos, a solução para o problema da solidão humana passa pelo desenvolvimento de boas amizades.

As Escrituras dizem que as boas amizades são um grande tesouro, e felizes são aqueles que descobrem O VALOR DE UMA BOA AMIZADE.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

LUTAR COM A ARMA DA VITÓRIA

“Então, Simão Pedro puxou da espada que trazia e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita; e o nome do servo era Malco. Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?”
(João 18.10-11)

Todos nós temos problemas na vida, quer seja em maior ou menor escala, e isso não é novidade para ninguém. Mas o ponto focal, que difere a situação em cada caso, está na maneira como tentamos administrar as questões e, principalmente, que instrumento é utilizado por cada um na busca de soluções.

O texto de hoje descreve uma situação bíblica bastante delicada: Jesus está prestes a ser preso injustamente, como um malfeitor, na frente dos seus discípulos; Pedro toma a iniciativa da sua defesa, empunha uma espada e fere o servo do sumo sacerdote. É muito comum que as pessoas ajam exatamente assim também nos dias de hoje, e podemos tirar algumas lições dessa passagem.

Primeiro, percebendo que existem aqueles que agem sem pensar nas consequências. Pedro, desconsiderando tudo o que poderia acontecer depois, decepa a orelha de um mensageiro comissionado, e com toda autoridade, para efetuar a prisão de Jesus. A própria citação do seu nome – Malco – sugere que ele era uma pessoa importante, o que agravava ainda mais a situação.

As intenções de Pedro em defender Jesus eram nobres, mas ele agiu por conta própria, sem consultar o Senhor. Assim, vemos que não basta ter boas intenções, é preciso fazer as coisas de modo sensato e corretamente. Agir no calor das emoções geralmente não traz bons resultados.

Segundo, entendendo que, para alguém que age assim, só resta a misericórdia de Deus. Da passagem vemos que, rapidamente, Jesus concerta a besteira que Pedro fez: ele toma a orelha do servo, a recoloca no lugar, e o milagre acontece. Se você hoje está sofrendo por conta de algum ato impensado, peça ao Senhor que conserte o que foi feito de errado. Só Deus pode reparar todos os nossos erros. Pedir perdão é um bom recomeço, e Jesus restaura os corações quebrantados.

Por fim, aceitando a repreensão do Senhor: recolha suas armas à insignificância humana, e é assim que deve ser. O mundo sempre guerreou em busca de vitória usando espadas, lanças, fuzis, metralhadoras e até a bomba atômica. Mas a verdadeira vitória só virá por intermédio daquele que deu a sua vida por nós na cruz.

A conquista mais significativa não vem da superioridade, mas do sacrifício; não é decorrente da morte, mas de possibilitar a vida, e vida em abundância. Muitas vezes perdemos nossas batalhas por estarmos usando as armas erradas. Assim, se houver algo a conquistar, que demanda uma luta pessoal, é bem melhor fazer a opção por LUTAR COM A ARMA DA VITÓRIA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

PRECISAMOS DA AJUDA DE DEUS

Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro?  O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra.
(Salmos 121.1-2)

O homem moderno tem alimentado a ilusão da autossuficiência. Esse mito nos leva a pensar que podemos ser os senhores do nosso próprio destino. No entanto, um simples vírus de gripe pode nos derrubar. O caminho para não cair em tais ilusões está num simples entendimento: PRECISAMOS DE AJUDA SUPERIOR! Ou seja, devemos admitir a necessidade de pedir a alguém algo que está além de nós mesmos, como afirma o salmista, desconstruindo esse mito do mundo moderno.

Levantando os olhos e contemplando a transcendência de Deus, percebemos que existe muito mais do que a pequena terra onde habitamos. Há alguém, em algum lugar, que trouxe a existência tudo o que nos rodeia. Nós somos apenas uma ínfima parte desse complexo sistema. Partindo desse pressuposto, saímos da esfera limitada dos recursos humanos para entrar em outra esfera, absolutamente ilimitada.

Assim crendo, passamos a depender de alguém muito maior do que nós mesmos. Passamos, então, a reconhecer nossa impotência, e responder ao questionamento sobre onde podemos encontrar ajuda superior. Os conceitos de “ajuda” e “Deus” passam a fazer parte do nosso ideário. Quem antes pensava ser autossuficiente, reconhece agora que não é capaz de dar conta da maior parte dos seus mais simples problemas na vida.

Essa nova abordagem pessoal representa uma mudança radical no estilo vida. Sabemos, então, que toda a ajuda que necessitamos está no Senhor. Como tem sido difícil ao homem moderno entender e submeter-se a essa realidade! O avanço da tecnologia gera a ilusão de que somos autossuficientes. Parece que tudo o que precisamos pode ser encontrado nas prateleiras dos supermercados.

Achamos, por exemplo, que a medicina tem a solução para todo o tipo de doenças, ou que o dinheiro vai suprir tudo o que necessitamos. Essa citação do livro dos Salmos, portanto, sendo bem entendida e incorporada ao nosso dia a dia, é uma verdadeira libertação dos paradigmas modernos equivocados, levando cada um de nós ao reconhecimento sincero de que realmente PRECISAMOS DA AJUDA DE DEUS!

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

UMA VIDA MELHOR

“Aconselhe que não falem mal de ninguém, mas que sejam calmos e pacíficos e tratem todos com educação.”
 (Tito 3.2 NTLH)

A experiência do cotidiano nos mostra como é desagradável lidar com pessoas mal educadas. Ao contrário, quando estamos em contato com pessoas cordiais nos sentimos muito melhor, e o resultado psicológico no convívio é imediato. Todos nós, em maior ou menor grau, temos consciência disso, mas infelizmente alguns não observam as melhores condutas no contato diário e, assim, todos perdem. Nossa vida poderia ser muito mais agradável se tivéssemos sempre em mente a recomendação do versículo bíblico em destaque. Ao tratar da relação com o próximo, o apóstolo Paulo nos aponta três regras básicas para manter boas relações interpessoais.

Primeiro: não fale mal dos outros. Muito dos aborrecimentos enfrentados têm relação com as palavras “mal ditas”: a língua desenfreada produz estragos irremediáveis. Portanto, é preciso aprender a se comunicar de forma correta. O verdadeiro crente deve abster-se de fomentar fofocas e outras formas de crítica, que invariavelmente podem ferir as pessoas.

Segundo: pare de querer ser superior. Agredir o próximo, seja com palavras ou fisicamente, é algo extremamente abominável. Atitude como essa não é apropriada para um servo de Deus. Essa exortação é especialmente relevante para líderes, mas se extende também a todas as pessoas que querem ter comunhão com o próximo. O cristão que quiser ser “o valentão” dará um péssimo testemunho do Evangelho de Cristo.

Terceiro: seja sempre educado. Quando falamos de educação não nos refirimos necessariamente a estudos, mas a uma forma amável de relacionamento com os outros. Devemos ser conhecidos pela nossa conversa criteriosa e responsável, porém sempre cordial. Um discípulo de Jesus deve ser exemplo de justiça, bondade, humildade e mansidão.

A prática dessas virtudes melhora a qualidade de vida de todos e, principalmente, revela a transformação realizada por Cristo em nossas vidas. Alguém pode até rejeitar a pregação da Palavra, mas é impossível negar a transformação de caráter que Deus faz na vida daqueles que seguem as suas ordenanças. Que a cada dia possamos ser mais amáveis com as outras pessoas, contribuindo para UMA VIDA MELHOR em nossas famílias, na Igreja e em sociedade.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 12 de julho de 2013

MENTES CONFUSAS COM VISÕES INVERTIDAS

“Este, recobrando a vista, respondeu: Vejo os homens, porque como árvores os vejo, andando.”
(Marcos 8.24)

Algumas pessoas não conseguem ver as coisas como elas de fato são.  Os meios de comunicação e a mídia induzem a pensarem que, por exemplo, estão acima do peso normal, pois é assim que elas se imaginam. Esse grupo se recusa a comer porque todos se sentem gordos. Já outros, mesmo nascidos com sexo definido anatomicamente, se sentem como se fossem do sexo oposto. Nesse caso, muitos têm optado até pela mudança de sexo por intervenção cirúrgica. Mas o que tudo isso tem a ver com o personagem subentendido do texto bíblico? Pessoas desorientadas não enxergam as coisas como de fato são, e as suas mentes desfiguram a realidade. Como o problema daquele que era cego foi então resolvido? Algumas pessoas o levaram até Jesus!

Diferentemente de outros cegos da história bíblica, esse não expressava fé suficiente para ir até Jesus por si mesmo. O que vemos então é o esforço conjunto de pessoas que lutam pela solução do seu mal. Eles suplicam para que Jesus o toque (v.22). A oração é atendida e Jesus o toma pela mão e o leva para fora da Aldeia (v. 23). Algumas lições podem ser tiradas desse relato.

Nem sempre as pessoas buscam ajuda para as suas mazelas, mesmo sabendo da existência de cura! Este homem, envolto em trevas, já havia se acomodado à sua condição. Pessoas como essa precisam de ajuda. Foi pela disposição de um grupo de outras pessoas, que o amavam, que O seu problema foi resolvido. Nosso desafio é levar pessoas até Jesus. Ele fará o que precisa ser feito.

Quando Jesus cura, ele o faz completamente, nunca deixando nada pela metade. Primeiramente Jesus tomou o cego pela mão e o levou para fora da aldeia. Passou então saliva nos seus olhos e pôs as mãos por cima: "Pode ver alguma coisa agora?" perguntou-lhe Jesus. O homem olhou em volta e disse: "Sim!", disse ele, "Vejo homens! Mas não posso vê-los claramente; eles parecem troncos de árvores andando de um lado para o outro!" Então Jesus colocou novamente as mãos em cima dos olhos do homem e, quando ele olhou bem, a sua vista estava completamente recuperada. Agora ele via tudo claramente (v. 25).

Aprendemos, assim, que algumas curas são graduais, e devemos ter paciência até que sejam completadas. No primeiro momento o homem passou a ver. Já era um grande passo, mas ainda faltava muito. No segundo momento vemos a cura definitiva. Agora ele via as coisas como elas realmente eram. Quantas pessoas hoje sofrem desse mal! Não podemos ignorá-las. Devemos fazer todo esforço necessário para que cheguem a Cristo e possam ser curadas. Só o toque de Jesus poderá curar a cegueira espiritual; só o Senhor pode curar MENTES CONFUSAS COM VISÕES INVERTIDAS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

DEUS É A CONSOLAÇÃO DOS ABATIDOS

“Porém Deus, que conforta os abatidos, nos consolou com a chegada de Tito.”
(2 Coríntios 7.6)

Todos os relacionamentos podem sofrer desgastes, e então a dor é inevitável. Sofremos nos dois sentidos: quando magoamos e quando somos magoados. Depois de uma crise de relacionamento faz-se necessária uma oportunidade para a reconciliação. Só assim é possível restabelecer a alegria no convívio. No contexto citado, Paulo retoma 2 Coríntios 6.13 tornando a pedir: “Dai-nos espaço”! Espaço em vossos corações, e ele traduz isso dizendo: Acolhei-nos em vosso coração” (2 Coríntios 7:2a).

O apelo foi para que houvesse reconciliação entre aqueles irmãos, que eles voltassem ao companheirismo de antes, particularmente em função da sua visita, que se aproximava. Porém, para que isso fosse possível, ele precisava de “espaço”. Na primeira parte de sua carta Paulo se refere às aflições que vinha passando desde que saíra de Éfeso. Aquela situação entre ele e a Igreja em Corinto lhe tirava a paz.

Qual foi, então, a solução para o problema? A chegada de um irmão! Que maravilha! Depois de semanas de aflição, finalmente Tito chegou. Por mais atribulados que possamos estar jamais devemos perder a esperança. No momento certo, Deus vai providenciar a solução. Nunca nos esqueçamos disso! O “Tito” pode ser alguém da nossa família, um membro da igreja, um colega de trabalho, um amigo ou até o vizinho, que você nunca o vê. Pode ser aquela pessoa que você jamais imaginou que tivesse algo a oferecer. Mas uma coisa é certa: o “Tito” virá de algum lugar.

Quando Paulo estava sendo passado pelo “espremedor de frutas divino”, abatido tanto emocional como fisicamente, ele recebe uma consolação diretamente da mão de Deus. Observe a sua visão centrada no Senhor, espelhada na expressão Porém Deus...”, que aparece no início do versículo. O nosso Deus é Pai misericordioso, que traz a consolação necessária aos abatidos que nele confiam. Na sua imensa graça, não cabe a nós determinar os seus métodos para o alívio da nossa dor. Ele pode e irá usar quem e o que quiser. Naquela situação não foi Paulo, mas um discípulo dele. As consolações de Deus surgem de onde menos esperamos.

É evidente que a consolação não se limitou a chegada de Tito, mas as notícias que ele trouxe de Corinto. Ou seja, as boas notícias foram uma chave para resolver a aflição de Paulo. Se ele houvesse regressado de Corinto sem novidades, e também deprimido, Paulo não teria recebido nenhuma ajuda decisiva. No entanto, o próprio Tito havia sido alvo das consolações do Senhor: “não somente com a sua chegada, mas também pelo conforto que recebeu de vós” (v.7).  Somente pessoas que são objeto de conforto do Senhor podem, de fato, confortar o próximo. Em momentos de angústia não devemos nos desesperar. O Senhor enviará um “Tito”, e nossa situação de tristeza se converterá em alegria. Por isso a certeza de que DEUS É A CONSOLAÇÃO DOS ABATIDOS.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 3 de julho de 2013

CHAMADOS PARA SERVIR

“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.”
(Atos 6.1-3)

Na medida em que a Igreja cresce novos desafios surgem, exigindo a contrapartida de uma resposta rápida, direta e eficaz na solução dos problemas. Uma desavença entre os membros da Igreja de Jerusalém foi assim sabiamente tratada e resolvida. A solução para o impasse foi selecionar pessoas dispostas e capacitadas para servir a Deus, configurando o fato como a primeira escolha de diáconos (servos) na Bíblia.

Esses homens escolhidos devem ter algumas características para exercer suas funções. A primeira delas é integridade. A reputação do diácono valida o seu trabalho. A comunidade sente paz quando pode recorrer a verdadeiros homens de Deus. A segunda qualidade é piedade. Homens cheios do Espírito Santo percebem a necessidade do próximo, e não hesitam em socorrer. Pelo poder do Espírito Santo, são totalmente livres da tentação da cobiça ao lidarem com o dinheiro que é depositado na Casa do Senhor. A gestão dos recursos financeiros requer esta bênção do Senhor. Por fim, sabedoria. Na Casa de Deus tudo deve ser feito com bom entendimento, muito tato (habilidade) e a mais pura das intenções.

Vemos, no decorrer deste texto bíblico, que sete homens preencheram os requisitos para as novas funções. Foram eles: Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau (v.5). Duas particularidades devem ser destacadas nessa passagem. Primeiramente que Estêvão era, de fato, um homem cheio do Espírito Santo, mostrando que alguns irmãos se destacam em relação a outros, mesmo tendo sido escolhidos pelos mesmos parâmetros. Segundo, que eram todos gregos, demonstrando que devemos reconhecer a capacidade das pessoas independente da sua procedência, e sabemos que isso, principalmente para o judeu, é uma questão complicada.

Amados! As lutas que surgem na medida em que a Igreja cresce não são carnais, mas espirituais. Em todo tempo somos confrontados com o Diabo e seus emissários. O Maligno usa estratégias variadas para afetar a Igreja. No texto de hoje vimos como o murmúrio das viúvas começou a gerar descontentamento dentro da Casa do Senhor. Ora, se o problema é espiritual, a solução deve estar ao encargo de pessoas espiritualizadas. Homens cheios do Espírito Santo neutralizaram o intento de Satanás na ocasião. O serviço é um ótimo antídoto contra as obras do Mal. No dia 9 de julho comemoramos o Dia do Diácono. Aqui então, ficam a nossa singela homenagem e os sinceros cumprimentos aos valorosos irmãos em Cristo Jesus que, pelo poder do Espírito Santo, na graça de Deus, foram CHAMADOS PARA SERVIR.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 26 de junho de 2013

SUA OBRA NUNCA TERÁ SIDO EM VÃO

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.”
(1 Coríntios 15.58)

No ano de 2001, a IGREJA PRESBITERIANA NACIONAL (IPN), por intermédio da UNIÃO PRESBITERIANA DE ADOLESCENTES (UPA), sob a coordenação do Rev. WALTER PEREIRA DE MELLO, iniciou um trabalho evangelístico na Vila Telebrasília, a cerca de oito quilômetros da sua sede na 906 Sul. Na “Praça da Resistência”, em cima de um caminhão, foram realizadas as primeiras ações de evangelismo público, com participação maciça da criançada da “Vila”.

No dia 30 de junho daquele mesmo ano, com a intensificação das atividades, foi inaugurado um templo em terreno alugado na comunidade. No intuito de aproximar mais as pessoas, foram desenvolvidos então alguns projetos como escolinha de futebol, alfabetização de adultos, aulas de informática e reforço escolar. Sem muito espaço, em pouco tempo o local se tornou pequeno para bem acomodar todos que ali passaram a adorar ao Senhor.

Com a bênção de Deus, no dia 23 de dezembro de 2006, sob a direção do Rev. FÁBIO RIBAS, a congregação foi transferida para um excelente imóvel próprio. No início de 2008 o Rev. FÁBIO foi chamado para um trabalho missionário, e a congregação retornou ao pastoreio do Rev. WALTER.

Em 2010 o Rev. WALTER foi designado para uma missão especial no Haiti, como capelão militar do Exército Brasileiro. Com isso, os trabalhos passaram para a responsabilidade do Rev. GERALDO FERREIRA DA SILVA, até o final daquele ano.

No início de 2011 o Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO assumiu a Congregação, na época ainda como pastor Licenciado. Foi então ativado o gabinete odontológico e feita a parceria para alfabetização de adultos. Com o apoio de lideranças locais, e anuência do conselho da IPN, o projeto evoluiu para sua organização como “igreja local”, a ser em efetivada muito em breve, contando com a inesgotável graça do Senhor.

Como testemunho do cuidado de Deus com a Vila Telebrasília, pessoas comprometidas têm sido enviadas desde então, para auxiliar na vida pastoral da Igreja. Isso confirma a verdade de que, quando nos mantemos firmes e comprometidos, temos certeza de que o trabalho consagrado ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo jamais será em vão.

O texto de hoje é para nos lembrar dessa verdade. O versículo em evidência é a conclusão do exposto nos versículos anteriores daquela passagem bíblica. Iniciando com as cordiais saudações de "meus amados irmãos", o apóstolo Paulo faz exortação àqueles que labutam na edificação da Igreja de Cristo.

Assim vemos, em primeiro lugar, que devemos nos manter firmes na Verdade que aprendemos na Palavra de Deus. Essa firmeza abrange tanto a fé quanto o comportamento exemplar, que caracteriza todos os que seguem fielmente os passos de Jesus.

Em segundo lugar devemos ser inabaláveis. Ou seja, nada e ninguém podem nos fazer desviar do nosso caminho verdadeiro, ou tirar a gloriosa esperança que há em nós. Esta esperança deve ser a âncora da nossa alma (Hebreus 6.19).

Em terceiro lugar devemos ser abundantes na obra do Senhor. A gloriosa esperança deve estimular vigorosamente o zelo, a perseverança e a paciência em todo o trabalho que realizamos para nosso Deus Todo Poderoso.

Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo Jesus! Essa mensagem pastoral é nossa singela homenagem a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram com seu trabalho, e ainda contribuem com suas orações, para edificação da IGREJA PRESBITERIANA VILA TELEBRASÍLIA (IPVT). Tenham a certeza de que a SUA OBRA NUNCA TERÁ SIDO EM VÃO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quarta-feira, 12 de junho de 2013

BÊNÇÃO NÃO PODE SER COMPRADA

“Vendo, porém, Simão que, pelo fato de imporem os apóstolos as mãos, era concedido o Espírito [Santo], ofereceu-lhes dinheiro, propondo: Concedei-me também a mim este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos receba o Espírito Santo.”
(Atos 8.18-19)

Para compreender o pedido feito por Simão aos apóstolos é necessário, antes de tudo, entender o ambiente à época, assim como as práticas da então igreja primitiva. Foi da vontade de Deus deixar bem evidente a presença do Espírito Santo no mundo, como prometido por Jesus: Mas eu vos digo a verdade: convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” (João 16.7).

Cristo ascendeu aos céus, e a Palavra de Deus foi cumprida. Por essa razão, fenômenos visíveis, e até audíveis, foram associados à presença do Espírito Santo nas pessoas ungidas. Assim, não pairava nenhuma dúvida quanto ao cumprimento da promessa de Jesus. Sinais perceptíveis confirmavam a presença do Espírito Santo, confirmando a comunicação com Deus mediante a imposição de mãos (At 8.17; 19.6).

A imposição das mãos era bastante comum no judaísmo. Acreditava-se que, por meio dessa prática, certas qualidades eram transferidas de uma pessoa para outra. Não devemos pensar, no entanto, que posteriormente ela representaria uma visão materialista da comunicação do Espírito Santo. Mais do que isso, o fato enfatizava o caráter da autoridade dada por Deus aos apóstolos, frente à missão que Jesus lhes havia confiado. Ninguém pode abençoar no Espírito Santo pela imposição de mãos, nem tão pouco receber essa bênção, simplesmente porque a deseja por si mesmo.

Veja como Simão ficou impressionado com os efeitos visíveis da imposição das mãos pelos apóstolos, logo querendo adquirir tal poder por dinheiro. Ainda hoje, esse é um grande perigo para muitos líderes religiosos, que se dizem cristãos: a exaltação do próprio ego. Simão estava mais interessado em seu prestígio pessoal, do que em promover transformação na vida das pessoas.

O que Simão não sabia é que nenhum dom pode ser comprado por dinheiro. Deveria ter entendido que Deus olha o caráter do homem antes de abençoá-lo, e não a sua posição social. Não seria porque ele tinha dinheiro que iria conseguir tudo o que quisesse. Só um homem cheio do Espírito Santo de Deus pode passar a outro a bênção do Espírito Verdadeiro que o inspira. Só uma pessoa necessariamente transformada por Deus, por intermédio de um novo nascimento, é que pode receber o Espírito Santo.

No mundo capitalista em que vivemos hoje, onde os que têm dinheiro imaginam que podem comprar de tudo, inclusive poder sobrenatural, vale essa lição: dinheiro pode comprar muitas coisas, mas a virtude do Espírito Santo é bênção de Deus! E a verdadeira BÊNÇÃO NÃO PODE SER COMPRADA.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

domingo, 2 de junho de 2013

CHAMADOS A DAR EXEMPLO

“Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um.”
(Colossenses 4.5-6)

A responsabilidade de bem representar Jesus, o Filho de Deus, com um comportamento exemplar é dever de todo convertido. Hoje, porém, e infelizmente, por vezes nos deparamos com algumas pessoas que, apresentando-se como cristãos, têm o comportamento de quem ainda não teve a sua vida transformada por Cristo. No texto em epígrafe vemos algumas advertências de como devemos interagir com o mundo fora da Igreja.
               
A primeira advertência é quanto ao comportamento em relação àqueles que ainda não aceitaram a salvação em Cristo Jesus. A Bíblia afirma ser a sabedoria mais preciosa do que as joias: Porque melhor é a sabedoria do que joias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela” (Provérbios 8.11). Aqui constatamos uma referência específica para o relacionamento do crente com os de fora da Igreja. Vemos a importância que existe no testemunho do cristão no seio de um mundo descrente. Devemos estar cientes de que não apenas por palavras, mas principalmente pelo exemplo é que vamos atrair as pessoas para ouvirem o Evangelho de Cristo.

A segunda advertência é quanto a aproveitar as oportunidades. O cristão deve ter sua percepção muito aguçada na rotina diária, para não perder as boas oportunidades que surgem a cada momento. Devemos ser como uma águia, que voa sempre observando o ambiente em terra. Na primeira oportunidade ela desce num voou rasante em direção ao seu alvo. A Igreja é um verdadeiro celeiro de vida. Na Casa do Senhor há oportunidades de ensinar, cantar, visitar, trabalhar para o bem da congregação e tantas outras coisas mais! Infelizmente, muitos não enxergam essas oportunidades, deixando de bem servir a Cristo junto aos seus semelhantes.

Concluindo, devemos nos comunicar verbalmente buscando sempre ser graciosos e simpáticos para com o próximo. Para que isso aconteça, é preciso ter atenção e estar preparado quanto ao saberdes como deveis responder a cada um” (v.6b). A expressão sugere que a forma como nos expressamos deve ser adequada à mentalidade, cultura e a intenção embutida nas interações. Isto exige prontidão em santidade por parte do crente.

Nossas palavras refletem a graça de Deus que, por nosso intermédio, pode estar, também, edificando aqueles que nos ouvem. A expressão “temperada com sal” (v.6b) reflete a noção de equilíbrio, de nem mais nem menos. Ou seja, devemos falar o suficiente para a edificação do próximo, como convém àqueles que foram CHAMADOS A DAR EXEMPLO.


Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 17 de maio de 2013

A DIFÍCIL TAREFA DE LIDAR COM MULTIDÕES


“Depois destas coisas, atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades. Seguia-o numerosa multidão, porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos. Então, subiu Jesus ao monte e assentou-se ali com os seus discípulos. Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima. Então, Jesus, erguendo os olhos e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe: Onde compraremos pães para lhes dar a comer?”
(João 6.1-5)

O interesse pessoal parece ser algo nato aos indivíduos. Cada pessoa procura estar onde, de certa forma, receberá maiores benefícios. Diante dessa realidade, podemos concluir que a grande multidão que seguia Jesus estava ali esperando receber algo pessoal (v.2). Vemos aqui, em um contexto mais amplo, que as grandes multidões seguiam a Cristo não porque intencionavam assumir um compromisso de fé com Jesus, mas por interesse próprio.

Contudo, devemos observar que Jesus não deixou de fazer o bem por isso, mesmo que os interesses fossem questionáveis. Essa passagem nos ensina a manter a calma e a paciência quando as pessoas nos rodeiam em busca de algo. A seriedade é o melhor remédio nessa hora. A pressão da multidão não deve tirar a nossa paz, nem impedir que façamos o bem. Vejamos os três testes que os discípulos tiveram que passar junto à multidão que seguia a Jesus.

O primeiro teste foi o de prover alimentação para todos. Ao ser confrontado com a multidão faminta, Filipe imaginou que a questão pudesse ser o dinheiro para comprar tanto alimento (v.7). Mas André encontrou a saída num rapaz, que disponibilizou o seu pequeno almoço. A solução nem sempre está onde imaginamos. Ao enfrentarmos um problema aparentemente sem solução devemos entregá-lo a Jesus, pois Ele sabe sempre o que fazer: Mas dizia isto para o experimentar; porque ele bem sabia o que estava para fazer” (v.6).

O segundo teste foi afastar-se da multidão. A popularidade de Jesus crescia muito, e os seus discípulos, que haviam participado ativamente na distribuição dos pães, compartilhavam dessa popularidade. A proximidade com Jesus os deixava em uma situação privilegiada. Então, nesse êxtase de glória, Jesus os manda embora, passando da popularidade ao perigo do mar revolto (v.15-21). Jesus sabia que a fama para eles seria mais perigosa do que a tempestade.

O terceiro e último teste foi o de deixar a multidão a refletir (v.22-25). Geralmente se busca ao Senhor para satisfazer carências materiais, e não necessidades espirituais. Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (v.26). Há uma necessidade maior no relacionamento com Deus, e as pessoas precisam ser alertadas a esse respeito.

Jesus, então, alerta a multidão dizendo que devemos trabalhar não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual só Ele pode nos dar (v.27). Os discípulos tiveram a oportunidade de usufruir dos benefícios da fama, mas optaram por ficar com Jesus, aprendendo na prática A DIFÍCIL TAREFA DE LIDAR COM MULTIDÕES.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

quinta-feira, 2 de maio de 2013

TARDE DEMAIS PARA REMEDIAR


“No dia seguinte, um espírito maligno, da parte de Deus, se apossou de Saul, que teve uma crise de raiva em casa; e Davi, como nos outros dias, dedilhava a harpa; Saul, porém, trazia na mão uma lança, que arrojou, dizendo: Encravarei a Davi na parede. Porém Davi se desviou dele por duas vezes.”
(1 Samuel 18.10-11)

Se tivessemos que representar o rei Saul, a melhor forma seria com uma lança na mão. Quando lemos a história do primeiro rei de Israel, muitas vezes o encontramos exatamente assim, com uma lança na mão. Ao contrário dele, Davi tem sempre ao alcance das mãos a arma certa para cada situação: uma harpa, um cajado de pastor, uma funda (espécie de estilingue) ou uma espada. Qualquer tarefa que Deus atribuia a ele, Davi a executava com uma arma diferente, apropriada àquela situação específica.

Nossa meditação de hoje recai sobre o homem que quer ter apenas uma arma, um homem com pouca habilidade para lidar com seus sentimentos. No princípio, Saul sente inveja de Davi; em seguida, fica desconfiado, com medo dele; pouco depois sua raiva inunda a alma para, finalmente, tentar tirar a vida de Davi.

Essa imagem merece destaque: enquanto Davi está com uma harpa na mão, em busca de alívio para Saul, este tem na mão uma lança, para matá-lo. Temos aqui o contraste entre a gentileza prestativa daquele que quer fazer o bem, e a brutalidade do perseguidor implacável, tomado de ódio no coração. Davi maneja bem as armas que tem na mão, mas Saul (graças à Deus!) é desajeitado. Enquanto a arma de Davi é inofensiva, a de Saul é mortal!

O texto nos informa que, “(...) como nos outros dias (...)”, Davi tocava sua harpa diante de Saul. Antes do ódio tomar conta da vida do rei, a música de Davi era um remédio para a doença da sua alma. Mas agora que Saul o repugnava de todo o seu coração, a música já não produzia qualquer efeito sobre ele. Devemos ter cuidado para que o ódio não nos domine, tornando ineficaz qualquer remédio que antes surtia efeito. Devemos cuidar para que o rancor não passe a ser o principal alimento da nossa vida.

Pense agora você mesmo, meu irmão, minha irmã, por um breve momento na sua situação atual, no estado da sua alma: existe hoje algum sentimento de raiva em seu coração? Será que esse sentimento já não está se transformando em ódio? Que armas você tem nas mãos para resolver esse problema? Nessa breve reflexão sobre o texto bíblico constatamos que o rei Saul era um homem de uma arma só. Não se deixe tranfornar, como Saul, de modo a perder todas as bênçãos que você já tem, preparadas pelo Senhor para a sua vida!

Por não ter outras habilidades o rei tornou-se um homem reprovável aos olhos de Deus, na voz do profeta: Porém Samuel disse a Saul: Não tornarei contigo; visto que rejeitaste a palavra do Senhor, já ele te rejeitou a ti, para que não sejas rei sobre Israel” (1 Samuel 15.26). O ódio tomou tal proporção na vida do rei Saul que nenhum remédio fazia mais efeito. Foi ele mesmo quem permitiu que a sua loucura chegasse a um estágio irreversível, ao ponto de ser TARDE DEMAIS PARA REMEDIAR.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

sexta-feira, 19 de abril de 2013

PAI NOSSO, MAS NÃO DE TODOS


“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal [pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém]!”
(Mateus 6.9-13)

A “Oração do Pai Nosso” é uma das mais difundidas entre seguidores das mais diversas religiões. Independente de qual seja a crença, lá estará sempre alguém “rezando” um “Pai Nosso...” Mas qual seria o problema disso? Bom, em primeiro lugar devemos dizer que esta é uma oração que Jesus ensinou aos seus discípulos, e tanto Mateus quanto Lucas deixa isso bem claro.

Mateus coloca a oração no contexto do ensino de Jesus no Sermão do Monte aos seus discípulos (Mateus 5.1-2). Lucas nos diz que Jesus ensinou essa oração a pedido de um dos seus discípulos (Lucas 11:1). Fazemos bem em chamar a Oração do Senhor, porque foi ele mesmo que nos ensinou. Mas essa expressão só faz sentido para quem reconhece Jesus Cristo como único e suficiente Senhor e Salvador da sua vida!

Os três primeiros pedidos da oração exaltam a soberania de Deus. Isto é, você deve começar a orar dando a Deus o lugar supremo que merece. Só após pode-se considerar as necessidades pessoais. Apenas quando se dá a Deus o seu primeiro lugar em nossas vidas, o restante pode ser considerado no lugar que achamos que merece. A oração nunca deve ser uma tentativa de forçar a vontade de Deus para os nossos desejos, mas sim (e sempre) uma tentativa de submeter os nossos desejos à vontade do Senhor.

Na segunda parte da oração, que trata de nossas necessidades, há uma unidade muito bem definida.  Primeiro pedir pão. Precisamos de sustento para só então colocar as necessidades do presente diante do trono de Deus. Quem é o nosso provedor? O Pai. É Ele que sustenta graciosamente os seus filhos queridos!

O segundo pedido é por perdão. Fazendo isso colocamos o nosso passado na presença de Deus, ou seja, tudo aquilo que foi feito por nós que desagrada ao Senhor. Logo após lembramos a obra de Jesus, aquele que deu a sua vida para remissão dos nossos pecados.

Finalmente pedimos ajuda para nos livrar das tentações. Assim colocamos o nosso futuro nas mãos de Deus. Sem dúvida é o Espírito Santo que nos dá essa sensibilidade, nos ensina, nos fortalece e nos livra das tentações desse mundo, que jaz no Maligno.

Nesses três pedidos curtos somos ensinados a colocar o passado, presente e futuro no contexto da graça de Deus. E ainda que a oração seja dirigida ao Pai, nela está certamente envolvida a Trindade, com o Filho e o Espírito Santo. Portanto essa bela oração só tem sentido na boca do verdadeiro filho de Deus, sabedor que Deus é o PAI NOSSO, MAS NÃO DE TODOS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO

É IMPOSSÍVEL FUGIR DA PRESENÇA DE DEUS


“Jonas se dispôs, mas para fugir da presença do Senhor, para Társis; e, tendo descido a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem e embarcou nele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do Senhor.
Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar.”
( Jonas 1.3-4)

Você já tentou fugir de Deus? Muito provavelmente sim, mas é claro que não subiu em um barco ou tomou um avião para tentar sair da presença do Altíssimo. Como o salmista, também você e eu podemos exclamar: Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face”? (Salmo 139.7). Todos nós bem sabemos que é impossível escapar da presença do Senhor, pois ele é onipresente, está em toda parte!

Consideremos, no entanto, algumas situações mais específicas do cotidiano, como alguém que não quer ir às reuniões da sua congregação, porque sabe que está em pecado e tem medo de ser confrontado. Ou no caso de uma pessoa que não vai a certo lugar porque sabe que lá encontrará um irmão que não gosta muito. Ou ainda um terceiro que não comparece a determinada reunião, para evitar que receba alguma responsabilidade a mais do que aquelas que já tem.

Em cada um desses casos encontramos pessoas que estão evitando uma determinada situação ou exposição, porque não querem fazer algo que sabem que o Senhor (e não o mundo) exige deles. Mas não tenham dúvida, meus queridos irmãos e irmãs em Cristo:  não é possível permanecer caminhando com Deus sem obedecer aos seus desígnios!

Em última análise, cada um pode tentar fugir da presença de Deus à sua maneira, buscando evitar aquilo que lhes é desagradável. Até o próprio Filho de Deus sentiu o peso da sua responsabilidade, no momento mais difícil do seu ministério.

No Getsêmani, Jesus abriu completamente o seu coração quando orou ao Senhor: "Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!” (Mateus 26.39b).

Nós precisamos entender que esses conflitos são parte do preço que temos que pagar por seguir a Deus. É normal, como seres humanos, tentarmos evitar aquilo que nos é desagradável. Mas o que não podemos fazer é nos deixar dominar por esse desejo, pois se torna um pecado. Não há como fugir da presença e da vontade do Senhor, se de fato você conhece o Deus verdadeiro.

Não podemos adiar o que Deus espera de nós em cada momento. Não podemos deixar de fazer aquilo que Deus colocou em nossas mãos para ser feito. Não adianta tentar se esconder, Ele vai nos encontrar em qualquer lugar que estejamos! A história do profeta Jonas é um exemplo perfeito de que É IMPOSSÍVEL FUGIR DA PRESENÇA DE DEUS.

Rev. JOÃO FIGUEIREDO DE ARAÚJO